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Passos N.167, Março 2015

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Acontece

Ela completava 461 anos de idade. Eles eram jovens que queriam mostrar como é importante seguir e acreditar que Cristo é possível hoje. E, com certeza, esse dia 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, foi diferente para todos os que estiveram na Praça das Corujas, na Vila Madalena, um bairro nobre e famoso da cidade. Um Dia de Convivência planejado por um grupo que se reúne para fazer Escola de Comunidade, que tinha a vontade de mostrar Comunhão e Libertação para as pessoas que não conhecem o Movimento, de ter um gesto em praça para ser uma presença pública. A principal proposta era mostrar que a alegria e o prazer do encontro, do estar juntos, pode ser uma resposta às inquietações do mundo após os atentados terroristas e a situação política do nosso País.
Encontro marcado, o grupo se encarregou das músicas e da organização do espaço. Quem chegava ao local, uma praça agradável, cheia de árvores, onde as famílias vão passear com as crianças pequenas e os jovens vão namorar, via o cuidado com a decoração e com o espaço para o almoço comunitário: mesinhas, toalhas na grama onde as pessoas se sentavam, espaços para cadeiras e muitas fitas decorando as árvores e postes da praça. Do outro lado, um lugar reservado para a mostra A noite estrelada de Van Gogh, baseada no famoso quadro do pintor. A pequena mostra, formada por painéis espalhados entre duas arvores, mostrando detalhes do quadro, revelava que, por trás da inspiração do artista, estava a pergunta “O que buscais?”, tema proposto para o dia.
Arthur Pereira é um jovem que conheceu o Movimento na Itália, e que participou da organização do evento. Ele explica como foi sua experiência dizendo: “Queria começar a falar sobre o nosso dia de convivência partindo de uma frase de padre Carrón, responsável mundial por CL: ‘O paraíso se manifesta em singulares e fugazes instantes de plenitude? Ou nalguma coisa duradoura e estável?’, pois ela reflete bem o que aconteceu e o que está acontecendo hoje. Lembro que a primeira coisa que me impactou quando conheci o Movimento (ainda na Itália) foram os momentos com música e eu sempre queria que esses momentos se repetissem mais e mais, que eu pudesse estar na companhia daquelas pessoas. O tempo passou, e agora estou fazendo Escola de Comunidade aqui no Brasil, e o principal motivo para eu ter aceitado a proposta de participar e ajudar com o Dia de Convivência foi essa companhia que se estabeleceu nos últimos meses, essa amizade que cresceu rápido e que tem Cristo como centro. E tem Cristo como centro porque nos ajudamos uns aos outros, porque fazemos um caminho juntos, porque é uma amizade verdadeira e porque, se não fosse por Ele, seria muito improvável que uma história que começou lá na Itália continuasse por aqui. Impressionou-me no dia de início de ano (e nos dias em que nos reunimos para prepará-lo) a nossa unidade, o quanto sacrificamos o nosso tempo para estarmos juntos e prepararmos o evento, os momentos de zoeira e também quando precisávamos levar com seriedade o que fazíamos. Em muitos dos dias, eu estava cansado, mas a vontade de fazer o gesto era grande, e tudo me fazia muito contente. Voltando para a frase do padre Carrón, penso no paraíso como algo duradouro, pois, quando estou na companhia do Movimento (e principalmente nos gestos com música), o impacto é sempre o mesmo do primeiro encontro.”
No final do evento, foi realizada a missa, como o ponto principal de resposta do por que estávamos ali. Para quem esteve na Praça das Corujas neste dia, ficou claro que a pergunta “o que buscais?” está diante de nós a cada dia e sempre podemos encontrar a sua reposta num caminho em companhia.
por Thiago Gonçalves de Andrade

 
 

Credits / © Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

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