Colômbia. A paz, depois de cinquenta anos
Em cerimônia na cidade de Cartagena de Indias, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o número um das Farc (Forças armadas revolucionárias), Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como “Timochenko”, assinaram na segunda-feira, 26 de setembro, o acordo de paz que coloca um fim ao conflito armado que assola o país há meio século. O acordo foi anunciado em 24 de agosto e foi denominado como “um acordo irrevogável e definitivo para a resolução do conflito e pela construção de uma paz duradoura”.
Após 52 anos de guerrilha, que provocou 220 mil mortos, em 2012 em Cuba tiveram início as negociações que levaram a um acordo sobre o entendimento relativo à deposição das armas e a reintegração na vida civil dos 8 mil ex-combatentes. Mas o histórico pacto de Havana deve primeiro ser validado pelo referendum de 2 de outubro.
A paz com as Farc – nascidas como o braço armado do Partido Comunista nos Anos Sessenta e que, nas décadas seguintes, foram culpadas por sequestros, estupros e tráfico de drogas – divide profundamente os colombianos. Muitos permanecem críticos sobre as concessões aos rebeldes, as consequências judiciais e a possibilidade de que eles recebam cargos eletivos.
O presidente Juan Manuel Santos chamou todos à responsabilidade do voto: “Está em suas mãos decidir terminar o longo conflito entre os filhos da mesma nação”. Mesmo a voz do negociador das Farc, Iván Márquez, contribuiu a um abrandamento do clima social: “A guerra com as armas terminou, começa agora o diálogo de ideias”. Em breve, o resultado das urnas.
Credits /
© Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón