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Passos N.94, Junho 2008

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Passos na Mídia

pela redação

Projetos de alfabetização
Agência FAPESP
Os alfabetizadores de jovens e adultos que atuam em programas organizados pela sociedade civil, em sua maioria, não são formados para a docência e são provenientes de famílias de baixa escolaridade e de alta vulnerabilidade social [segundo estudo da Unicamp].
Segundo Cláudio Vóvio, a autora do estudo, os programas de alfabetização de jovens e adultos criados por iniciativa da sociedade civil – incluindo movimentos sociais, centros comunitários e sindicatos – têm grande relevância, uma vez que o ensino público não tem vagas para absorver toda a demanda potencial por alfabetização. Os dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2006, mostram que o país tinha então 15,5 milhões de analfabetos com mais de 10 anos de idade. [...] Outro fato que mostra a importância dos alfabetizadores é que estes criam uma rede de intercâmbios sociais altamente dinâmica. “Mesmo com condições de trabalho bastante improvisadas, por falta de espaço, material e apoio, eles conseguem gerar alternativas para dar conta de todo o processo de alfabetização”, disse.
(Fábio de Castro, 06.mai.2008)

Bolsa-família enfraquece MST
O Estado de S. Paulo
Diante da dificuldade para arregimentar os pobres na periferia das cidades, as ações do Movimento dos Sem-Terra (MST) são realizadas, sobretudo, por militantes dos assentamentos já existentes. A linha de frente é ocupada por jovens – filhos de assentados.
A direção nacional do movimento já reconhece abertamente a dificuldade. “Não há como negar que nossa capacidade de mobilização tem sido prejudicada por esse programa”, diz José Batista de Oliveira, do grupo de coordenadores nacionais do MST, referindo-se ao Bolsa-Família. “É uma ação paliativa e humanitária. Mas não altera estruturalmente as perspectivas de inserção econômica e social e gera acomodamento.”
(Roldão Arruda, Nacional, 27.abr.2008)

Anglicanos pedem retorno à Roma
Fórum Libertas
"O Colégio dos Bispos da Comunhão Tradicional Anglicana-TAC, reuniu-se em Sessão Plenária em Portsmouth, Inglaterra, na primeira semana de outubro de 2007. Os Bispos e Vigários Gerais unanimemente acordaram o texto de uma carta à Sé Romana buscando a união plena, corporal e sacramental. A carta foi assinada solenemente por todo o Colégio e confiada ao Primaz e a dois Bispos eleitos pelo Colégio, para que seja apresentada na Santa Sé. A carta foi cordialmente recebida pela Congregação para a Doutrina da Fé”.
O Primaz a que se refere o texto é John Hepworth, australiano, Arcebispo da Igreja Católica Anglicana da Austrália, uma denominação anglicana fora da comunhão com a Sé de Canterbury. Na Austrália, conta apenas com 25 paróquias. Porém, como Primaz da TAC, ao entregar em Roma a carta que solicita a união plena, tem em suas mãos o destino espiritual de 400 mil fiéis anglicanos tradicionais em todo o mundo. Agora a bola está nas mãos da Santa Sé, que pode levar algum tempo... Talvez muito tempo. (...)
Em novembro de 2006, o Arcebispo Myers (como delegado dos Bispos católicos norte-americanos) e a Sociedade do Uso Anglicano se reuniram e trataram das possibilidades de se potencializar este uso. Por um lado, ajudará o clero episcopaliano que quer se tornar católico (um clero que muitas vezes é casado e tem filhos, o que implica despesas financeiras); por outro lado, se pede para que o clero provindo do Episcopalianismo seja ordenado para "o uso anglicano", mesmo quando não chega acompanhado por um grupo de fiéis anglicanos, convertidos juntamente com ele. A Sociedade Uso Anglicano acredita que os fiéis chegarão. E que os sacerdotes também. Muitos anglicanos e episcopalianos que olham no sentido de Roma querem fugir do liberalismo moral, da má liturgia, do fideísmo... (...)
Bento XVI e o Vaticano têm demonstrado serem capazes de tratar com grupos tradicionalistas católicos, que têm voltado à união com a Sé de Pedro. Provavelmente, então, veremos nos próximos anos muitas comunidades anglicanas encontrarem o seu lugar dentro da Igreja Católica. E, por meio delas, vale a pena olhar para o restante do mundo protestante. Muitos evangélicos pró-vida e pró-família há anos enxergam Roma como aliada e não como inimiga. Também existem pontes ecumênicas importantes no mundo como a experiência carismática católica e a protestante, as iniciativas de evangelização conjunta, ou do trabalho social contra a pobreza. À medida que a incerteza teológica divide os protestantes em liberais e conservadores, em um Cristianismo fracionado, Roma aparece cada vez mais como a aposta mais clara do desejo de Jesus: "Pai, que todos sejam um”.
(tradução de Carlos Martins Nabeto, maio 2008)

 
 

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© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

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