Um grupo de Fraternidade nos Estados Unidos, nascido há dois anos entre algumas famílias que moram no Brooklyn. A fidelidade do coração nas batalhas da vida
A última vez que nos reunimos foi no domingo, dia 9 de abril, na calçada da 86a Avenida, o coração comercial do Brooklyn. Sim, porque a nossa é uma Fraternidade formada por um grupo de pessoas que amam a música e que também fazem parte do belíssimo coral da comunidade de Nova York. Assim, querendo dar a nossa contribuição para promover a Via Sacra sobre a Ponte do Brooklyn, nos reunimos no domingo naquela calçada, junto com o pessoal o coral, que executou peças da Semana Santa enquanto os outros amigos – inclusive nossos filhos – distribuíam panfletos e cartões convidando para a Via Sacra.
Fruto recente
O nosso grupo nasceu há pouco tempo. Tudo é novo nos Estados Unidos e isto vale, sem dúvida, também para a vida do Movimento e os grupos de Fraternidade são, entre nós, o fruto mais recente e ainda verde que esta experiência gerou. O nosso grupo foi o primeiro em Nova York, e nasceu entre famílias que na vida cotidiana já se encontravam e se ajudavam na banda de música Bay Ridge. Agora, temos outros conosco. Para nós, começar um grupo significou colocar Jesus no centro de nossa amizade, de modo simples e preciso, e afirmar de maneira objetiva que as nossas famílias são continuamente geradas por Ele por meio de uma família bem maior: a Fraternidade.
Quem somos? Bem, os Estados Unidos estão sempre em movimento e, desse modo, também o grupo de Fraternidade. Quem somos? Bem, os “fundadores” foram os Maniscalcos, os Fields, os Patricks, os Barletts e os Bardazzis, famílias constituídas de mães, donas de casa, cantores, musicistas, profissionais liberais, jornalistas, bombeiros... em suma, uma notável variedade. Os Baldazzi, nós os “perdemos fisicamente’ (mas, certamente, não espiritualmente) em junho passado quando se mudaram para Washington D.C. porque Marco foi transferido no seu trabalho. Neste ínterim, porém, juntaram-se a nós os O'Neills, Michael, professor de latim, Heather, mãe de quatro crianças, e, ontem à noite conversei longamente com John porque os Ronans também querem participar das nossas reuniões. Uma decisão amadurecida pela dura prova vivida depois de John ter sido diagnosticado com leucemia no último verão. Agora, graças a Deus, ele está se recuperando, mas a companhia e a ajuda que lhe oferecemos foi a centelha que abriu seu coração.
A vida cotidiana
Normalmente, o que fazemos? Com todos os nossos limites e com as dificuldades objetivas de se viver em um lugar como Nova York, fazemos aquilo que acabei de dizer: procuramos nos ajudar a viver a vida cotidiana seguindo o Movimento. Nestes dois anos, a coisa mais significativa – aquela que salva tudo, me disse certa vez Dom Giussani – foi a fidelidade. Fidelidade aos nossos encontros e aos gestos propostos. Nós nos encontramos a cada duas semanas, alternando as casas, e trabalhamos durante uma hora sobre o texto dos Exercícios ou sobre alguma leitura proposta, sempre cantando, jantando juntos e fazendo nossa oração comum, que combinamos rezar todos os dias, o Hino à Virgem, de Dante. E nas próximas férias vamos viajar juntos por uma semana. Isso pode até parecer uma coisa pequena, mas posso garantir que isto é um milagre de Dom Giuss.
Credits /
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© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón