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Passos N.64, Agosto 2005

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

Não tenham medo!
Em Colônia, com Pedro

por Luca Castellin

Em agosto, na cidade alemã, será realizada a vigésima Jornada Mundial da Juventude. Convidados por João Paulo II, os milhares de jovens serão recebidos por Bento XVI

Há dois mil anos, entrando em Jerusalém depois de um longo caminho, alguns Magos provenientes do Oriente perguntavam a todos: “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela e viemos para adorá-lo” (Mt 2,2).
Guiados pelo sinal, eles chegaram, finalmente, a Belém. Ali, fizeram um encontro que, aparentemente, não tinha nada de extraordinário: viram uma mãe com seu filho. No entanto, os Magos perceberam a diversidade daquele menino e, “prostrando-se, o adoraram” (Mt 2,11). O Mistério, dizia padre Giussani, entrou no mundo quase imperceptivelmente e escolheu comunicar-se ao homem por meio da forma humana, carnal. E aquele menino, quando se tornou adulto, desafiou e atraiu constantemente a liberdade e a razão do homem confiando à Igreja a tarefa de torná-lo encontrável em todas as épocas exatamente por meio do humano.
Este ano será realizada a XX Jornada Mundial da Juventude que terá como tema: “Viemos para adorá-lo” (Mt 2,2). Colônia, onde ainda estão guardadas as relíquias dos Magos, será tomada – de 15 a 21 de agosto – por milhares de jovens que se reunirão na cidade alemã para responder ao convite de João Paulo II. Esperando-os, não estará aquele que durante 25 anos guiou a Igreja, mas seu grande amigo e sucessor, Bento XVI. Joseph Ratzinger é um homem, por personalidade e temperamento, diferente de Karol Wojtyla. No entanto, o laço entre o povo cristão e o Papa não se enfraqueceu, ao contrário, demonstra cada vez mais a sua solidez. Os parceiros do novo pontífice, que estão entre o grande número de peregrinos que chegam até a praça São Pedro para rezar o Angelus, são apenas um entre os sinais evidentes que demonstram a força dessa relação.
Mas de onde nasce um relacionamento assim? As inúmeras análises sociológicas não são capazes de responder a isso. De fato, não é um laço sentimental o que os une, mas – usando uma expressão cara a padre Giussani – um “amor afetivo e efetivo” ao Papa enquanto sucessor de Pedro e sinal de Cristo na história. Uma fidelidade que vai além do Papa em si, dos traços peculiares da sua pessoa, e que tem suas raízes na obediência ao acontecimento cristão.
Antes de mais nada, os jovens irão a Colônia porque o Papa os convidou e porque, por causa da experiência presente e cotidiana do fato de Cristo, nas escolas ou nas universidades, são chamados a fazer sempre experiência deste benefício em suas vidas.
A Jornada Mundial, dada a importância e o horizonte do gesto, é uma ocasião privilegiada para fazer experiência de uma Igreja “viva” e para testemunhar ao mundo que “a vitória de Cristo é o povo cristão”.
João Paulo II, referindo-se aos muitíssimos jovens que encontrou no decorrer dos anos, sussurrou, antes de morrer, a quem cuidava dele: “Busquei-os, agora vieram a mim e por isso lhes agradeço”. Quem for a Colônia procure partir tendo presente o convite que Bento XVI fez no início de seu pontificado: “Não tenham medo de Cristo! Ele não tira nada e doa tudo!”.

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A Rosa Branca

Durante a Jornada Mundial o Movimento Comunhão e Libertação estará realizando em Colônia a mostra intitulada Rosa Branca, com textos em alemão, italiano e inglês. A exposição estará aberta para visitação de 16 a 19 de agosto de 2005, das 10h às 21h na Universidade de Bonn.

 
 

Credits / © Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

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