Vai para os conteúdos

Passos N.60, Abril 2005

JOÃO PAULO II - Encíclicas

Redemptoris missio (7 de dezembro de 1990)

4. A missão universal da Igreja nasce da fé em Jesus Cristo.
No entanto, devido às mudanças dos tempos modernos e à difusão de novas idéias teológicas, alguns se interrogam: ainda é atual a missão entre os não-cristãos? Não estará por acaso substituída pelo diálogo inter-religioso? Não se deverá restringir ao empenho pela promoção humana? O respeito pela consciência e pela liberdade não exclui qualquer proposta de conversão? Não é possível salvar-se em qualquer religião? Portanto, para quê a missão?

7. A urgência da atividade missionária deriva da radical novidade de vida trazida por Cristo e vivida pelos Seus discípulos.

8. O anúncio e o testemunho de Cristo, quando feitos no respeito das consciências, não violam a liberdade. A fé exige a livre adesão do homem, mas tem de ser proposta, já que “as multidões têm o direito de conhecer as riquezas do mistério de Cristo”.

11. Que dizer então das objeções, atrás referidas, relativamente à missão ad gentes? Respeitando todas as crenças e todas as sensibilidades, devemos afirmar antes de mais, com simplicidade, a nossa fé em Cristo, único Salvador do homem – fé que recebemos como um dom do Alto, sem mérito algum da nossa parte.
A tentação hoje é reduzir o cristianismo a uma sabedoria meramente humana, como se fosse a ciência do bom viver. Onde se procura lutar, sem dúvida, pelo homem, mas por um homem dividido ao meio, reduzido unicamente à dimensão horizontal. Nós, pelo contrário, sabemos que Jesus veio trazer a salvação integral, que abrange o homem todo e todos os homens, abrindo-lhes os horizontes admiráveis da filiação divina.

26. Antes ainda da ação, a missão é testemunho e irradiação (cf. Paulo VI, Evangelii nuntiandi, 41-42: l.c., 31-33).

27. No início da Igreja, a missão ad gentes era considerada como o fruto normal da vida cristã, o compromisso de cada crente atuado pelo testemunho pessoal e o anúncio explícito, sempre que possível.

42. O homem contemporâneo acredita mais nas testemunhas do que nos mestres (cf. Paulo VI, Evangelii nuntiandi, 41: 1.c., 31 s), mais na experiência do que na doutrina, mais na vida e nos fatos do que nas teorias. O testemunho da vida cristã é a primeira e insubstituível forma de missão: Cristo, cuja missão nós continuamos, é a “testemunha” por excelência (Ap 1,5; Ap 3,14). (...)
A primeira forma de testemunho é a própria vida do missionário, da família cristã e da comunidade eclesial, que torna visível um novo modo de se comportar.

 
 

Credits / © Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

Volta ao início da página