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Passos N.124, Março 2011

DESTAQUE - TESTEMUNHO

“No coração de uma experiência
que vai além do que sabemos”

Na Jordânia, aconteceu a primeira diaconia do Oriente Médio. Três dias de convivência, entre perguntas e cânticos em árabe. Para aprofundar a amizade

“É preciso que a liberdade se entregue, que a carne se entregue, para que o Espírito a transforme.” Padre Ambrogio Pisoni acabou de chegar da Jordânia. É visitor das comunidades de CL em todo o Oriente, próximo e distante, e nos conta a experiência de três dias de convivência e trabalho em Amman: a primeira diaconia do Oriente Médio. Um encontro entre alguns amigos italianos e uma dezena de árabes, provenientes de Jerusalém, Beirute, Alexandria do Egito e Doha.

De onde veio a ideia de propor esse encontro?
Até o ano passado, o Movimento no Oriente Médio encontrava-se apenas uma vez, num gesto pensado para todos. Agora, nos pareceu o momento maduro para nos encontrarmos com algumas pessoas de cada comunidade, simplesmente para aprofundar uma amizade que nasce continuamente do carisma de Dom Giussani. E possa ser de ajuda para a vida das várias comunidades.

O que o senhor viu nesses dias?
Um fato inesperado; como sempre, aliás, quando Cristo acontece. Vi a resposta séria e livre de cada um: todos se envolveram, compartilhando com os demais a caminhada de conversão e a vida da própria comunidade. Uma comunhão vivida. Os testemunhos nos mostraram também que o Acontecimento precede sempre o pensamento. Outra vez nos defrontamos com esta evidência: a riqueza da experiência, que é dom do Espírito, que precede e supera sempre a consciência que temos dela. Devemos nos tornar cada vez mais conscientes daquilo que vivemos.

Por isso é preciso encontrarem-se e julgarem juntos?
A Igreja é uma convocatio, uma comunidade de chamados. É preciso que a liberdade se entregue, que a carne se entregue, para que o Espírito a transforme. O encontro ajuda porque o método é a comunhão.

As preces, os cantos e a liturgia eram próprios da tradição árabe. Como árabes eram quase todos os presentes. O que esse fato representa para a vida do Movimento?
É o reconhecimento de que o carisma de Dom Giussani, como todo carisma autenticamente católico, é capaz de englobar e plasmar a originalidade cultural, a tradição de um povo.

A que trabalho esses dias lançaram?
Antes de tudo, deixam um fato que precisamos agradecer. Conse-quentemente, uma razão mais profunda e comovida para continuar a caminhada que estamos fazendo.

Essa amizade julga também o delicado momento histórico vivido pelos cristãos no Oriente Médio?
Julga tudo. E o juízo tem esta face: a emergência de um eu. O estabelecimento dessa amizade despertou a liberdade de cada um de nós para nos tornarmos caminho de trabalho pessoal. A se tornar ela própria.

 
 

Credits / © Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

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