Vai para os conteúdos

Passos N.55, Outubro 2004

CARTAS

Cartas

Cantorias noturnas

Caríssimo padre Giussani, ontem à noite minha filha convidou três amigos do grupo dos colegiais para jantar. Foi agradável estar à mesa com eles, escutá-los falar sobre os acontecimentos do dia, sobre os jogos, seus gostos, as coisas que eles amam... em suma, sobre a vida. Depois, nem bem terminaram de comer, começaram a cantar. Em pleno agosto, ao ar livre, na umidade da noite avançada, pesada e abafada, cantavam Cristo al morir tendea, O bone Jesu, O cor soave, Laudate Dominum, Estote fortes, Egli è... Todos os vizinhos saíram para ver, até as crianças! Quatro jovens simples coloriram a noite com suas vozes cheias de paixão e de pureza. Quatro jovens anjos reacenderam as estrelas e eu entendi, com gratidão, como é grande e bela esta história que o senhor me ensinou a viver, e me apaixonei novamente por Jesus.
Manu

O Bom Pastor

Em outubro de 2003, fui levada ao Pronto Socorro por dois amigos do Movimento. Diagnóstico: miastenia grave, uma doença rara, perigosa e crônica. Com ela o sistema imunológico não reconhece como próprios os impulsos que o cérebro envia aos músculos. O coração é autônomo, mas não os músculos respiratórios, cujo bloqueio me levou a precisar de uma reanimação. Entrei no Getsêmani, mas não sozinha. Os meus amigos da comunidade não dormem. Desde o início tenho o apoio objetivo e concreto deles: de Daniela, que limpa a casa para mim; de Rita, que lava e passa as minhas roupas e conversa com a responsável pelo tratamento; de Gabriela e suas comidas deliciosas. Juntas, cuidam para que não me falte nada, uma vez que moro sozinha. E como não lembrar da proximidade fundamental de todos os outros que vêm me trazer uma contribuição importantíssima: a própria presença. Quanta alegria ver as palavras de padre Giussani saírem das páginas dos livros e se encarnarem nos rostos de padre Francesco, de Giorgio, Egisto, Claudia, padre Severino, Teresa, Achille, Roberto e os outros que se tornam instrumentos da ternura do Pai, do amor do Filho e do conforto do Espírito. Como não perceber a positividade do real? Considero essa provação – a minha doença – um grande dom que me permitiu descobrir como o cristianismo não só é possível, mas está no nosso DNA. O nosso caminho é o reconhecimento desse pertencer fundamental. Desde o primeiro momento o meu medo era de não conseguir ser fiel àquilo que eu encontrei, quer dizer, que a minha grande fragilidade pudesse levar-me a uma revolta. Não foi assim. Nem mesmo o coma arranhou esta certeza total: “Tu és o Bom Pastor e nada me falta”. Depois da reanimação amadureci uma nova consciência dos valores essenciais da vida, que sempre é um dom maravilhoso, desde que o nosso sim seja sem “se” e sem “mas”. Nos momentos em que não conseguia falar, confortava-me o fato de que Deus se serve de nós também na prova e de que Ele valoriza a criatura, mesmo se debilitada, pois até um servo inútil como eu podia ser testemunha de algo grande. Pude experimentar como é possível aceitar tudo com a ajuda daqueles que fazem o mesmo caminho que você, porque há um Outro entre nós a nos guiar com amor, a nos indicar o Caminho, a Verdade e a Vida – Cristianismo como koinonia. O Credo que recito no domingo é algo profundamente sentido, é o reconhecimento do fundamento daquilo que nos foi revelado.
Vicky, Arezzo – Itália

Gratidão

Caríssimos amigos, eu e minha família estamos nos mudando para Portugal. O meu marido, Fernando, já está lá e, agora, é chegada a hora de as crianças e eu nos encontrarmos com ele. Quando o Fernando estava no Brasil sempre sentiu muitas saudades de Portugal – sua terra natal – e quando voltou para lá, da outra vez, morria de saudades do Brasil. Mas desta vez vai ser diferente, pois aprendi com padre Paulo, nosso caro amigo, que saudade é a falta de um bem ausente, mas este bem é Cristo Senhor! Então não importa onde quer que eu vá, sempre sentirei saudade. Não esquecerei de ninguém, porque o mesmo Cristo faz eterna a nossa amizade. É engraçado porque eu, que cheguei há apenas pouco mais de um ano na comunidade, ao mesmo tempo em que vejo vocês como velhos amigos, também os vejo como novos porque meu coração arde, queima com um amor que não sou capaz de me dar. É como se eu tivesse acabado de encontrar um tesouro que busquei a vida inteira. Agora entendo a frase: “quem encontrou um amigo encontrou um tesouro”. E eu encontrei, encontrei Cristo no rosto de vocês. E se torna ainda mais bonito porque o maravilhamento do primeiro encontro ganhou a certeza com o aprofundar-se dos relacionamentos. Graças a Deus, nunca mais me sentirei sozinha; onde quer que eu vá, levo o rosto de cada um de vocês comigo. Tantos nos ajudaram, não tenho nem como citar todos os nomes agora, pois foram realmente muitos, muitos e improváveis. Fui ajudada pelos amigos mais próximos, meus fraternos e também por aqueles com quem quase não tinha contato, para me provar de novo que é como, quando e onde o Senhor quer. Meu Deus! Eu que sempre quis uma vida de aventuras e viver todas as coisas que a vida me dá na sua profundidade, na sua razão última. E eu finalmente encontrei, ou melhor, Ele me encontrou. Ele veio até mim. Como a minha vida mudou depois que o Senhor presenteou-me com o Movimento! Como eu, o Fernando e nossos filhos, fomos acolhidos. Foram tantas as surpresas nesse tempo que passamos juntos, me surpreendi com o pedido do Fernando para entrar na Fraternidade, logo ele que era um tanto arredio em relação à Igreja. Participar dos Exercícios Espirituais em São Lourenço, a unidade de todos, gente que nunca tinha visto, e ver padre Giussani no vídeo foi o ápice! Ah, nada do que eu imaginei, calculei ou planejei, chega aos pés do que o Senhor fez e faz para mim. Deus está sempre a me surpreender. Esta é a minha maior aventura e também o meu maior desafio: entregar nas mãos dEle cada segundo da minha vida. Por isso, peço à Virgem Mãe para ser simples e obediente como Ela. Como eu disse antes, vou ao encontro do amado; os filhos, a Luíza e o Lucas, vão ao encontro do pai, mas me dou conta que todos nós vamos ao encontro do Pai. Os perigos são muitos, mas a parte boa é que nos foi revelado o caminho: Cristo Senhor. Então não há o que temer, desde que estejamos juntos. E eu me sinto em unidade com todos vocês, mesmo indo para o outro lado do oceano. Amo vocês e quando estiver lá em Portugal poderei olhar para todos e para tudo diferente de como olhei antes. Agora posso amar àquele que nunca vi, porque sei que o coração daquele que nunca vi é igual ao meu, é constituído da mesma necessidade que o meu, é feito para Cristo. Hoje posso viver assim por causa desse caminho que me educa. Agora sei realmente quem eu sou, de onde vim e para onde vou. Ele me deu uma identidade. Aprendi que vale a pena viver, vale a pena arriscar uma amizade por Cristo, com Cristo e em Cristo, sempre! Trago no coração uma profunda gratidão pelo abraço recebido da Mãe Igreja, por meio do Movimento, e um pedido ao Senhor e à Virgem que estejam sempre atentos. “O Poderoso fez e m mim maravilhas e Santo é seu nome”, isto é possível porque o “Verbo de Deus se fez carne e nós vimos a sua Glória...”.
Fabiana, Rio de Janeiro – RJ

A ligação com o Mistério

Caro padre Giussani, há muitos anos trabalho como psiquiatra em um Posto de Saúde e cuido dos casos de demências e do mal de Alzheimer, sendo o responsável pelo ambulatório local que faz o diagnóstico e o tratamento desta doença degenerativa. Há algumas semanas atendi uma senhora de cerca de 50 anos, ex-enfermeira, que precisou abandonar o emprego por causa do surgimento e agravamento de uma forma particular e raríssima de demência precoce. Quando o quadro clínico foi diagnosticado definitivamente, o marido pediu a separação, enquanto a única filha, já maior de idade, decidiu ir morar sozinha. Esta senhora não consegue falar direito, anda com dificuldade, cai constantemente e perde, a cada dia, um pouco da sua memória. Entrou no ambulatório e, com muita dificuldade, expôs o seu problema, dizendo que seria melhor que ela morresse logo e que tinha vindo só porque queria ser ajudada a estar mais tranqüila durante a noite. Disse-lhe que conhecia a sua doença e que, por isso, entendia todo o seu drama. Esta minha comunicação fez com que a expressão do seu rosto, antes cético, se tornasse aberto a uma curiosa expectativa de novidade. Um raio de esperança se insinuou na sua consciência e ela começou a me perguntar sobre muitas coisas: terapias, remédios, as últimas novidades terapêuticas de meu conhecimento. E eu era cada vez mais colocado contra a parede porque não podia lhe oferecer absolutamente nada além do que ela já fazia para o tratamento do seu mal. Quando entendeu isto, caiu em profunda prostração. Pedi ajuda a Deus, para que me desse as palavras certas. Nós, psiquiatras, parecemos “formados” para gerenciar situações altamente estressantes e perigosas: mas, ao contrário, via-me extremamente pobre e vazio diante da irredutibilidade do pedido de sentido sobre a saúde, a doença, o sentido de continuar tendo esperança e vivendo. Entendi que devia levar a questão para fora do âmbito cego da medicina e das suas possibilidades. A Escola de Comunidade nos ensinou no terceiro capítulo que “basta uma migalha de tempo vivido com intensidade nos relacionamentos fundamentais que o determinam – consciência do destino e afeição ao mundo nas circunstâncias em que Deus chama – e em proporção a isso um homem vale. Em proporção a isso o homem, diz a tradição, entra no Paraíso” (cf. livro Por que a Igreja, p. 73). Decidi que devia jogar o relacionamento com aquela mulher num plano que lhe oferecesse ao mesmo tempo uma possibilidade de se ligar ao Mistério que faz todas as coisas pela sua vida, pela minha vida e que, de outro lado, salvasse o sentido do meu trabalho e da consciência que eu tenho dele. Disse: “Eu não sei porque isso aconteceu exatamente com a senhora, mas se no último instante da sua vida a senhora compreender o sentido de tudo, então terá valido o sacrifício desta espera e este será o maior dom que a vida lhe terá dado. Coragem, esta espera vale tudo”. Ela começou a chorar, pegou a minha mão e a apertou com a pouca força que lhe restava, mas com uma intensidade que me fez lembrar o afeto da minha mulher e de meus amigos. Levantando-se, com um sorriso, disse: “Obrigada, Deus lhe abençoe”. O cristianismo abre a uma consciência da realidade que toca mesmo quando tendemos a obscurecer os aspectos mais penosos, graves e cansativos. Essa consciência não é um expediente sociológico ou uma dica para viver melhor. É o espelho da nossa natureza de criaturas e é imediatamente verificável porque parte da pessoa e não de um discurso. Só a Igreja educa, hoje, a este realismo saudável e à afeição à realidade e, do meu ponto de vista de psiquiatra, este é o sinal mais evidente da sanidade mental que, com firmeza e simplicidade, devemos afirmar em todos os lugares como antídoto ao desespero no qual querem nos fazer precipitar os sem-esperança e os niilistas de cada época.
Giancarlo, Ragusa – Itália

Aos amigos de Passos
Caríssimos amigos de Passos, quero partilhar com vocês grandes mudanças em minha vida. Nestes três anos, desde que conheci o Movimento, essa positividade que padre Giussani fala tem se tornado cada vez mais palpável em minha vida. Creio que essa positividade sempre esteve em mim, no fundo da minha alma, mas adormecida. Conhecendo vocês tudo isso tem vindo à tona de uma forma belíssima, que me faz viver o melhor de mim. Depois de 22 anos voltei a estudar: estou no 1º ano do ensino médio. Eu jamais poderia imaginar essa possibilidade. É lindo chegar aos 43 anos, com três filhos grandes e retomar os estudos de uma forma que a idade não conta. No mês de agosto nos foi dado um trabalho para fazer na escola. O meu tema era a violência e essa foi uma experiência única. Focalizei a positividade da vida diante da violência e falei da imponência da Presença de Cristo na vida de cada um de nós, da valorização do outro, da amizade que nos comunica Alguém maior, que nos sustenta e que nos toma por inteiro. Naquele momento acontecia algo novo no nosso meio. Minha professora estava atenta e falei um pouco sobre o artigo de Passos que falava da Assembléia de Responsáveis deste ano com Cesana (que minha filha Gabriela participou). Era uma cachoeira de certeza que saía do meu coração, e me senti privilegiada por ter conhecido vocês. Não sei como vai ser, mas me sinto feliz por essa oportunidade. Já estou pensando em fazer faculdade, quem sabe Direito? Muito obrigada pela fidelidade de vocês em tornar possível esse despertar de vida nova, essa alegria em acordar todas as manhãs com a certeza de que a Presença de Cristo nos garante tudo. A revista Passos é um tesouro para mim. Todo mês fico ansiosa para ler. Quando estou um pouco triste gosto de ler na edição de novembro de 2002 o artigo O Homem e Seu Destino e algo novo sempre me renova. Eu me sinto tomada por uma positividade que transcende tudo: qualquer sentimento ou circunstância que estou vivendo. Caríssimos amigos é como os tenho. Estou lendo agora Porque a Igreja e a revista de julho de 2004 tem me ajudado a entender mais o livro. Obrigada por vocês tornarem visível o desejo de Deus por mim. Obrigada a você que escreve os artigos, as cartas ou conta as suas experiências. Mesmo que nunca tenhamos nos visto a sua fidelidade ao seu trabalho torna a minha vida diferente. Obrigada pela aventura de correr o mundo lendo Passos (o colorido da revista também ficou lindo, especial). Obrigada, um grande beijo a todos que de uma forma ou de outra contribuem para que a revista chegue em minhas mãos. Desejo felicidades e que a alegria de Cristo seja nossa força.
Maria Auxiliadora, São Lourenço – MG

A vitória sobre a morte
Há alguns dias, no edifício onde moramos, um vizinho foi barbaramente assassinado e mutilado em seu apartamento. Como todos, fomos marcados pelo horror e pela tristeza do delito e, não menos do que os outros, experimentamos medo e desconfiança. Mas o que mais nos tocou foi reconhecer a evidente verdade da palavra retomada nos Exercícios da Fraternidade, que julga e sustenta as nossas vidas. Assim, quisemos propor um gesto que, mais do que muitas palavras, falasse da vitória de Cristo sobre a morte e sobre a vida. Marcamos uma missa na paróquia e fizemos a proposta a todos os inquilinos do prédio (cristãos, muçulmanos, budistas e agnósticos), batendo de porta em porta e deixando a cada um o convite com as razões do encontro. Todos ficaram surpresos e gratos pela iniciativa e, naquela quinta-feira, alguns compareceram voltando antes do trabalho ou, como é o caso de uma velha senhora, voltando à missa depois de dez anos. Uma outra senhora, doente e impedida de participar, nos disse que desde que o fato aconteceu reza todos os dias pelas mesmas intenções que as nossas e nos deu dinheiro para acendermos uma vela para ela. É realmente verdade que aquilo que nos foi dado é para todos e que esta é a companhia que salva o mundo! Freqüentemente, vivendo no coração da metrópole mais cosmopolita da Europa, sentimos a nossa impotência – com poucos recursos e estratégias –diante da indiferença generalizada e do peso do mal que esmaga o indivíduo e destrói o povo. Porém, sabemos que a fidelidade à história encontrada é para nós a possibilidade concreta de viver como ressuscitados cada circunstância. O terço que rezamos juntos toda quarta-feira à noite nos ajuda a fazer memória da sua indefectível presença, que une e muda as nossas vidas tornando-as espaço de acolhimento e sinal de esperança para quem nos encontra. E assim, por graça de Deus, a nossa companhia se amplia no lugar onde estamos.
Sandro, Margherita, Susanna, Bruxelas – Bélgica

Misteriosidade da vida
No início de agosto fui surpreendida pela notícia de que Luciano, o noivo da minha irmã, estava doente. Em pouco tempo foi feito o diagnóstico de uma doença grave com limitadas opções de tratamento que nos deixou cheios de perguntas e assustados. Porém, aquilo que mais tem marcado a todos é ver que, dentro de uma circunstância tão negativa, a vida é afirmada a cada dia. Diante do que está acontecendo na vida dele e na nossa, nos comovemos em ver que esta tem sido a ocasião para o acontecimento de tantos milagres. É inegável reconhecer isto quando nos deparamos com o caminho de conversão que ele tem feito, reconhecendo a dependência de um Outro, aderindo com simplicidade àquilo que lhe é proposto e, sobretudo, pedindo; é inegável quando vemos tantos detalhes que nos preocupavam; é inegável diante da intensidade com que ele tem vivido, cada instante, o relacionamento com cada pessoa e, particularmente, com sua família; e é inegável quando vejo o meu desejo de estar perto deles ser respondido concretamente por meio da presença de tantos amigos. Com efeito, a experiência que tem sido pra mim esse tempo é de uma proximidade com Cristo cada vez maior. Entendi que uma experiência meramente interior de relacionamento com Deus no tempo não se sustenta, porque diante do sofrimento, principalmente o daqueles a quem amamos, é como se não houvesse resposta; no fundo é uma grande solidão. De fato, pedir o milagre e reconhecê-lo quando acontece segundo a forma que o Senhor escolhe só é possível porque me foi dada a graça de pertencer a Ele dentro de uma companhia precisa: pessoas com nome, endereço, e-mail, número de telefone, que não me deixam sozinha e me ensinam a ter esperança, a ter paciência e desejar que Cristo venha todos os dias, quaisquer que sejam as circunstâncias e o meu estado de ânimo. É a certeza de que Ele realiza tudo, como me dizia a minha irmã, que nos permite experimentar uma positividade e ver que a dor e o cansaço que este tempo tem implicado são aos poucos arrebatados pela novidade da Sua Presença entre nós.
Raquel, Campinas – SP

Nada de óbvio

Sem dúvida, uma das características mais evidentes do nosso Movimento é o fato de nos reunirmos: pessoas que escutam alguém que conduz a reunião e a quem fazem perguntas. Como é única essa possibilidade: poder perguntar a alguém que está em condições de responder, mas – antes, ainda – que está disponível para nos entender. Como não é óbvio o modo de participar das reuniões: os cantos, alguém que guia, a sala bem organizada, os avisos. As nossas Assembléias são realmente fora do comum porque nos fazem sentir não só mais sustentados na cotidianidade, mas também, mais “alguém”, no sentido que diante dos outros nos damos conta de que não somos invisíveis mecanismos de uma engrenagem, como a lógica do mundo tenta nos convencer, mas que nós somos a engrenagem. Nós – quer sendo secretária, como eu, mãe, costureira ou jornalista – somos os protagonistas.
Paola, Milão – Itália

Drogas

Queria contar algo de que me dei conta nestes dias. Eu fui a uma festa have num domingo, com dois amigos de Campinas. Bom, todos devem saber que hoje em dia o uso de drogas está banalizado. Essa festa, de todas que já fui, foi para mim a pior. O que mais vi foram pessoas consumindo drogas. Eu fiquei muito assustado porque as via em estado de loucura, literalmente se destruindo, e ainda tomavam mais drogas para ficarem mais dopadas. E ao mesmo tempo que via isso eu agradecia a Deus por me manter fiel em não usar nada, pois é muito fácil e muito tentador. Eu agradecia a companhia que me foi dada, pois nela eu aprendo que sem as drogas consigo ser mais feliz do que com elas, que é o contrário do que eu via lá, onde todos diziam para eu usar, pois assim seria mais feliz.
João Paulo, São Paulo – SP

 
 

Credits / © Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

Volta ao início da página