Vai para os conteúdos

EDITORIAL

A arte de educar

Encontrando-se com jovens missionários em Gênova, na Itália, no final de março, o Papa Francisco demonstrou sua alegria por essa proximidade. Os jovens são uma riqueza. Suas perguntas, buscas e desejos dão vigor às relações, aos ambientes. O Papa falou a eles para viverem com horizonte e coragem, as virtudes dos navegadores, e também fez um apelo: “Fiquem atentos àquilo que vendem a vocês! [É preciso] dar um juízo próprio, sem engolir aquilo que servem”.
Um chamado importante, pois observamos um aumento no número de adolescentes e jovens que perdem o gosto da vida e não desejam mais viver por conta de bullying, tornando-se depois protagonistas de séries televisivas, ou se envolvem com jogos como o da Baleia-Azul. Muitos estudantes também são vítimas de depressão, independente de sua classe social ou nacionalidade. No Brasil, como no resto do mundo, a juventude pede socorro.

Acreditamos que a educação é o modo de “responder ao grito de quem quer aprender a viver”, como diz o título de um dos artigos desta edição. Educar é a possibilidade de abrir os horizontes e não se fechar, como alertava Papa Francisco no referido encontro: “Vocês têm a oportunidade de conhecer todas as novas técnicas, mas estas técnicas de informação nos fazem cair em uma armadilha muitas vezes; porque ao invés de nos informar nos saturam, e quando você está saturado o horizonte se aproxima, se aproxima, e você tem diante de si um muro, você perde a capacidade do horizonte”.

Neste momento histórico marcado pela falta do sentido de viver, Passos traz à luz experiências de como a fé incide na vida, gerando paz e esperança até em situações nas quais pareceria impossível. Exemplo disso são os relatos dos cristãos perseguidos no Iraque, capazes de sorrir e dizer: “Nossa vida não pode ser outra coisa senão confiar em Deus, rezar a Ele”.
São exemplos do que ocorre também na normalidade da vida. Encontros, ações grandes ou pequenas.

Também com relação à grave crise política que estamos vivendo, precisamos nos perguntar: o que é que pode reconstituir as bases para a construção do bem comum? Só um caminho que faça redescobrir um horizonte novo e grande onde realmente esteja no centro a pessoa. Por isso, novamente é preciso paciência e coragem de uma educação renovada.
Queremos, então, começar e aprofundar essas questões e a mostrar exemplos de algo que é possível fazer sem sermos reféns do medo e da falta de esperança.

 
 

Credits / © Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

Volta ao início da página