Trechos dos discursos do Papa dedicados ao Ano da Fé
ELE ESTÁ TÃO PRÓXIMO, QUE É UM DE NÓS.
CONHECE O HOMEM A PARTIR DE DENTRO
Ninguém pode dizer: tenho a verdade – esta é a objeção que se faz – e, justamente, ninguém pode ter a verdade. É a verdade que nos possui, é algo vivo! Nós não somos os seus detentores, mas somos arrebatados por ela. Se nos deixarmos guiar e mover por ela, permaneceremos nela; se estivermos com ela e nela, se formos peregrinos da verdade, então ela estará em nós e por nós. Penso que devemos aprender de novo este “não-ter-a-verdade”. Como ninguém pode dizer: tenho filhos – não são uma posse nossa, são um dom, e como dádiva de Deus, nos são dados para uma tarefa –, assim não podemos dizer: tenho a verdade, mas foi a verdade que veio a nós e nos impele. Devemos aprender a nos fazer mover por ela, a nos fazer conduzir por ela. E então ela voltará a resplandecer: se ela mesma nos conduzir e nos compenetrar.
Deus tornou-se tão próximo de nós, que Ele mesmo é um homem: isto deve nos desconcertar e surpreender sempre! Ele está tão próximo, que é um de nós. Conhece o ser humano, o “sabor” do ser humano; conhece-o a partir de dentro, provou-o com as suas alegrias e os seus sofrimentos. Como homem, está próximo de mim, perto, “ao alcance da voz” – tão próximo que me ouve e que posso saber: Ele me ouve e me responde, mesmo se talvez não é como eu imagino.
Sim, Ele entra na nossa miséria, o faz com consciência e o faz para nos compenetrar, para nos purificar e para nos renovar a fim de que, através de nós, em nós, a verdade esteja no mundo e se realize a salvação. Peçamos perdão ao Senhor pela nossa indiferença, pela nossa miséria que nos faz pensar unicamente em nós mesmos, pelo nosso egoísmo que não procura a verdade, mas que segue o próprio hábito, e que talvez com frequência apresente o Cristianismo só como um sistema de hábitos.
Santa Missa na conclusão do encontro com o “Ratzinger Schülerkreis”
Centro Mariápolis, Castel Gandolfo, 2 de setembro de 2012
SÓ O PRECEDER DE DEUS TORNA POSSÍVEL
O NOSSO CAMINHAR
Muita gente se pergunta: Deus é uma hipótese ou não? É uma realidade ou não? Por que não se manifesta? “Evangelho” significa: Deus interrompeu o seu silêncio, Deus falou, Deus existe. Este fato enquanto tal é salvação: Deus nos conhece, Deus nos ama, entrou na história. Jesus é a sua Palavra, o Deus conosco, Deus nos ama, entrou na história. Jesus é a sua Palavra, o Deus conosco, o Deus que nos mostra que nos ama, que sofre conosco até à morte e ressuscita. Este é o próprio Evangelho. Deus falou, já não é o maior desconhecido, mas mostrou-se a si mesmo e isto é a salvação.
Para nós a questão é: Deus falou, realmente rompeu o grande silêncio, mostrou-se, mas como podemos fazer chegar esta realidade ao homem de hoje, para que se torne salvação? Em si o fato que tenha falado é a salvação, é a redenção. Mas como pode o homem saber isto?
Só o preceder de Deus torna possível o nosso caminhar, o nosso cooperar, que é sempre um cooperar, não uma nossa decisão. Por isso é sempre importante saber que a primeira palavra, a iniciativa verdadeira, a atividade verdadeira vem de Deus e só inserindo-nos nesta iniciativa divina, só implorando esta iniciativa divina, também podemos nos tornar – com Ele e n’Ele – evangelizadores. Deus é sempre o início, e sempre só Ele pode fazer Pentecostes, pode criar a Igreja, pode mostrar a realidade do seu ser conosco. Mas por outro lado, contudo, Deus, que é sempre o início, deseja também o nosso compromisso, deseja comprometer a nossa atividade, de modo que as atividades sejam teândricas, por assim dizer, feitas por Deus, mas com o nosso comprometimento e exigindo o nosso ser, toda a nossa atividade.
“Confessio” e “caritas”, como os dois modos nos quais Deus nos envolve, nos faz agir com Ele e para a humanidade, para a sua criatura: “confessio” e “caritas”.
De São Paulo, Carta aos Romanos (10), sabemos que a colocação da “confissão” é no coração e na boca: deve estar no fundo do coração, mas deve ser também pública: deve ser anunciada a fé que se tem no coração: nunca é apenas uma realidade no coração, mas tende para ser comunicada, para ser confessada realmente diante dos olhos do mundo. Assim devemos aprender, por um lado, a estar realmente – digamos – penetrados no coração pela “confissão”, assim o nosso coração é formado, e do coração encontrar também, juntamente com a grande história da Igreja, a palavra e a coragem da palavra, e a palavra que indica o nosso presente, esta “confissão” que é, contudo, sempre uma. “Mens”: a “confissão” não é só uma questão do coração e da boca, mas também da inteligência: deve ser pensada e assim, como pensada e inteligentemente concebida, toca o outro e supõe sempre que o meu pensamento seja realmente colocado na “confissão”. “Sensus”: não é uma coisa meramente abstrata e intelectual, a “confessio” deve penetrar também os sentidos da nossa vida.
“Confessio” é a primeira coluna – por assim dizer – da evangelização e a segunda é “caritas”. A “confessio” não é uma coisa abstrata, é “caritas”, é amor.
Meditação por ocasião da I Congregação Geral.
XIII Assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos
Sala do Sínodo, 8 de outubro de 2012
TESTEMUNHAR UMA VIDA NOVA,
TRANSFORMADA POR DEUS,
INDICANDO ASSIM O CAMINHO
Jesus Cristo não é apenas o objeto de fé, mas, como diz a Carta aos Hebreus, é aquele “que em nós começa e completa a obra da fé” (12,2).
O Evangelho de hoje nos fala que Jesus Cristo, consagrado pelo Pai no Espírito Santo, é o verdadeiro e perene sujeito da evangelização. Esta missão de Cristo, este movimento, continua no espaço e no tempo, ao longo dos séculos e continentes.
Nos últimos decênios tem avançado uma “desertificação” espiritual. Qual fosse o valor de uma vida, de um mundo sem Deus, no tempo do Concílio já se podia perceber a partir de algumas páginas trágicas da história, mas agora, infelizmente, o vemos ao nosso redor todos os dias. É o vazio que se espalhou. No entanto, é precisamente a partir da experiência deste deserto, deste vazio, que podemos redescobrir a alegria de crer e a sua importância vital para nós homens e mulheres. No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim sendo, no mundo de hoje, há inúmeros sinais da sede de Deus, do sentido último da vida, ainda que muitas vezes expressos implícita ou negativamente. E no deserto existe, sobretudo, necessidade de pessoas de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança. A fé vivida abre o coração à Graça de Deus que liberta do pessimismo. Hoje, mais do que nunca, evangelizar significa testemunhar uma vida nova, transformada por Deus, indicando assim o caminho.
Santa Missa para a abertura do Ano da Fé
Praça São Pedro, 11 de outubro de 2012
A FÉ EM CRISTO É VERDADEIRA
AO RESPONDER ÀS EXIGÊNCIAS
DO CORAÇÃO E DA RAZÃO
O desejo de Deus, a busca de Deus, está profundamente escrita em cada alma e não pode desaparecer. Sem dúvida, por um certo tempo, podemos esquecer Deus, deixá-lo de lado, ocupar-nos de outros assuntos, mas Deus nunca desaparece. É simplesmente verdade o que diz Santo Agostinho, que nós homens estamos inquietos enquanto não encontramos Deus. Esta inquietude existe também hoje. É a esperança de que o homem, sempre de novo, inclusive hoje, se ponha a caminho rumo a este Deus.
O Evangelho é verdadeiro, e por isso nunca se extingue. Em todos os períodos da história sobressaem as suas novas dimensões, aparece toda a sua novidade, ao responder às exigências do coração e da razão humana, que pode caminhar nesta verdade e encontrar-se.
Os jovens viram muitas coisas – ofertas de ideologias e de consumismo – mas sentem o vazio de tudo isto, a sua insuficiência. O homem é criado para o infinito. Todo o finito é muito pouco. E por isso vemos que, precisamente nas novas gerações, esta inquietude desperta de novo e eles se põem a caminho, e assim existem novas descobertas da beleza do cristianismo; um cristianismo não a preço moderado, não reduzido, mas na sua radicalidade e profundidade.
Entrevista com Bento XVI. Extraída do filme
Bells of Europe (Sinos da Europa)
15 de outubro de 2012
O ENCONTRO COM UMA PESSOA VIVA
QUE NOS TRANSFORMA EM PROFUNDIDADE
Trata-se do encontro não com uma ideia, nem com um projeto de vida, mas com uma Pessoa viva que nos transforma em profundidade a nós mesmos, revelando-nos a nossa verdadeira identidade de filhos de Deus. O encontro com Cristo renova os nossos relacionamentos humanos, orientando-os no dia-a-dia para uma maior solidariedade e fraternidade, na lógica do amor. Ter fé no Senhor não é algo que interessa unicamente à nossa inteligência, ao campo do saber intelectual, mas é uma mudança que compromete a vida, a totalidade do nosso ser: sentimento, coração, inteligência, vontade, corporeidade, emoções e relacionamentos humanos. Com a fé muda verdadeiramente tudo em nós e para nós, e revela-se com clareza o nosso destino futuro, a verdade da nossa vocação dentro da história, o sentido da vida, o gosto de sermos peregrinos rumo à Pátria celeste.
Mas – perguntemo-nos – a fé é verdadeiramente a força transformadora da nossa vida, na minha vida? Ou então é apenas um dos elementos que fazem parte da existência, sem ser aquele determinante, que a abrange totalmente? Com as catequeses deste Ano da Fé queremos percorrer um caminho para fortalecer ou reencontrar a alegria da fé, compreendendo que ela não é algo de alheio, separado da vida concreta, mas é a sua alma.
A fé é o acolhimento desta mensagem transformadora na nossa vida, o acolhimento da revelação de Deus, que nos faz conhecer quem Ele é, como age, quais são os seus desígnios para nós. Sem dúvida, o mistério de Deus permanece sempre além dos nossos conceitos e da nossa razão, dos nossos ritos e das nossas preces. Todavia, com a revelação é o próprio Deus quem se autocomunica, se descreve, se torna acessível. E nós nos tornamos capazes de ouvir a sua Palavra e de receber a sua verdade.
Deus revelou-se mediante palavras e obras em toda uma longa história de amizade com o homem, que culmina na Encarnação do Filho de Deus e no seu Mistério de Morte e Ressurreição. Deus não só se revelou na história de um povo, nem falou só por meio dos Profetas, mas atravessou o seu Céu para entrar na terra dos homens como homem, para que pudéssemos encontrá-lo e ouvi-lo. E de Jerusalém o anúncio do Evangelho da salvação propagou-se até aos confins da terra.
Se o individualismo e o relativismo parecem dominar o espírito de muitos contemporâneos, não se pode dizer que os crentes permanecem totalmente imunes a estes perigos, que devemos enfrentar na transmissão da fé. A pesquisa realizada em todos os Continentes, em vista da celebração do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização, evidenciou alguns: uma fé vivida de modo passivo e privado, a rejeição da educação para a fé, a ruptura entre vida e fé.
Nas catequeses deste Ano da fé quero oferecer uma ajuda para percorrer este caminho, para retomar e aprofundar as verdades centrais da fé sobre Deus, o homem, a Igreja e toda a realidade social e cósmica, meditando e ponderando sobre as afirmações do Credo. E gostaria que fosse claro que estes conteúdos ou verdades da fé (fides quae) se relacionam diretamente com a nossa vida; exigem uma conversão da existência, que dá vida a um novo modo de crer em Deus (fides qua). Conhecer Deus, encontrá-lo, aprofundar os traços da sua Face põe em jogo a nossa vida, pois Ele entra nos dinamismos profundos do ser humano. Possa o caminho que iremos percorrer este Ano nos fazer crescer todos na fé e no amor a Cristo, para que aprendamos a viver, nas escolhas e gestos quotidianos, a vida boa e bela do Evangelho.
Audiência geral
Praça São Pedro, 17 de outubro de 2012
O NOSSO TEMPO EXIGE
CRISTÃOS QUE TENHAM SIDO
ARREBATADOS POR CRISTO
O que é a fé? Ainda tem sentido a fé, num mundo em que ciência e técnica abriram horizontes até há pouco tempo impensáveis? O que significa crer hoje? Com efeito, no nosso tempo é necessária uma renovada educação para a fé, que inclua sem dúvida um conhecimento das suas verdades e dos acontecimentos da salvação, mas sobretudo que nasça de um encontro verdadeiro com Deus em Jesus Cristo, do amá-lo, do ter confiança nele, de modo que a vida inteira seja envolvida por Ele.
Hoje, juntamente com muitos sinais de bem, aumenta ao nosso redor um certo deserto espiritual. (...) Neste contexto sobressaem algumas interrogações fundamentais, que são muito mais concretas do que parecem à primeira vista: que sentido tem viver? Há um futuro para o homem, para nós e para as novas gerações? Para que rumo orientar as opções da nossa liberdade, para um êxito bom e feliz da vida? O que nos espera além do limiar da morte?
Destas interrogações insuprimíveis sobressai que o mundo da planificação, do cálculo exato e da experimentação, em síntese o saber da ciência, embora seja importante para a vida do homem, sozinho não é suficiente. Temos necessidade não só do pão material, mas precisamos de amor, de significado e de esperança, de um fundamento seguro, de um terreno sólido que nos ajude a viver com um sentido autêntico também na crise, nas obscuridades, nas dificuldades e nos problemas quotidianos. A fé nos oferece precisamente isto: é um entregar-se confiante a um “Tu”, que é Deus, o qual me confere uma certeza diversa, mas não menos sólida do que aquela que me deriva do cálculo exato ou da ciência. A fé não é simples aceitação intelectual do homem a verdades particulares sobre Deus; é um gesto mediante o qual me confio livremente a um Deus que é Pai e que me ama; é adesão a um “Tu” que me dá esperança e confiança.
Então, ter fé é encontrar este “Tu”, Deus, que me sustenta e me faz a promessa de um amor indestrutível, que não só aspira à eternidade, mas também a concede; é confiar-me a Deus com a atitude da criança, a qual sabe bem que todas as suas dificuldades, todos os seus problemas estão salvaguardados no “tu” da mãe. E esta possibilidade de salvação através da fé é um dom que Deus oferece a todos os homens. Penso que deveríamos meditar mais frequentemente – na nossa vida quotidiana, caracterizada por problemas e situações por vezes dramáticas – sobre o fato de que crer cristãmente significa este abandonar-se com confiança ao sentido profundo que me sustenta, a mim e ao mundo, àquele sentido que não somos capazes de nos darmos a nós mesmos, mas só de receber como dádiva, e que é o fundamento sobre o qual podemos viver sem temor. Temos que ser capazes de anunciar com a palavra e de mostrar com a nossa vida cristã esta certeza libertadora e tranquilizadora da fé.
Mas perguntemo-nos: de onde o homem extrai aquela abertura do coração e da mente, para acreditar no Deus que se tornou visível em Jesus Cristo, morto e ressuscitado, para acolher a sua salvação, de tal modo que Ele e o seu Evangelho sejam guia e luz da existência? Resposta: nós podemos crer em Deus, porque Ele se aproxima de nós e nos toca.
A fé é dom de Deus, mas é também ato profundamente livre e humano. O Catecismo da Igreja Católica afirma-o claramente: “O ato de fé só é possível pela graça e pelos auxílios interiores do Espírito Santo. Mas não é menos verdade que crer é um ato autenticamente humano. Não é contrário nem à liberdade nem à inteligência do homem” (n. 154). Aliás, as envolve e as exalta, numa aposta de vida que é como um êxodo, ou seja, um sair de nós mesmos, das nossas seguranças, dos nossos esquemas mentais, para nos confiarmos à ação de Deus que nos indica o seu caminho para alcançar a liberdade verdadeira, a nossa identidade humana, a alegria do coração, a paz com todos. Crer é confiar-se com toda a liberdade e com alegria ao desígnio providencial de Deus sobre a história, como fez o patriarca Abraão, como fez Maria de Nazaré. Então, a fé é uma aceitação com que a nossa mente e o nosso coração dizem o seu “sim” a Deus, professando que Jesus é o Senhor. E este “sim” transforma a vida, lhe abre o caminho rumo a uma plenitude de significado, tornando-a assim nova, rica de júbilo e de esperança confiável.
Caros amigos, o nosso tempo exige cristãos que tenham sido arrebatados por Cristo, que cresçam na fé graças à familiaridade com a Sagrada Escritura e com os Sacramentos. Pessoas que sejam quase um livro aberto que narra a experiência da vida nova no Espírito, a presença daquele Deus que nos sustenta no caminho e nos abre para a vida que nunca mais terá fim.
Audiência geral
Praça São Pedro, 24 de outubro de 2012
MENDIGOS DO SENTIDO DA EXISTÊNCIA
A interpretação de Bartimeu como pessoa decaída de uma condição de “grande prosperidade” é sugestiva, convidando-nos a refletir sobre o fato de que há riquezas preciosas na nossa vida que podemos perder e que não são materiais. Nesta perspectiva, Bartimeu poderia representar aqueles que vivem em regiões de antiga evangelização, onde a luz da fé se debilitou, e se afastaram de Deus, deixando de considerá-Lo relevante na própria vida: são pessoas que deste modo perderam uma grande riqueza, “decaíram” de uma alta dignidade – não econômica ou de poder terreno, mas a dignidade cristã –, perderam a orientação segura e firme da vida e tornaram-se, muitas vezes inconscientemente, mendigos do sentido da existência. São as inúmeras pessoas que precisam de uma nova evangelização, isto é, de um novo encontro com Jesus, o Cristo, o Filho de Deus (cf. Mc 1,1), que pode voltar a abrir os seus olhos e lhes ensinar o caminho. É significativo que, no momento em que concluímos a Assembleia sinodal sobre a Nova Evangelização, a Liturgia nos proponha o Evangelho de Bartimeu. Esta Palavra de Deus tem algo a dizer de modo particular a nós que nestes dias nos debruçamos sobre a urgência de anunciar novamente Cristo onde a luz da fé se debilitou, onde o fogo de Deus, à semelhança de um fogo em brasas, pede para ser reavivado a fim de se tornar chama viva que dá luz e calor a toda a casa. (...)
Queridos irmãos e irmãs, Bartimeu, uma vez obtida novamente a vista graças a Jesus, juntou-se à multidão dos discípulos, entre os quais havia seguramente outros que, como ele, foram curados pelo Mestre. Assim são os novos evangelizadores: pessoas que fizeram a experiência de ser curadas por Deus, através de Jesus Cristo. Eles têm como característica a alegria do coração, que diz com o Salmista: “O Senhor fez por nós grandes coisas; por isso, exultamos de alegria” (Sal 125,3).
Homilia na conclusão do Sínodo dos Bispos
Basílica vaticana, 28 de outubro de 2012
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