No final de março a Diaconia da Fraternidade se reuniu em Milão e reelegeu padre Julián Carrón como presidente. Eis a sua mensagem enviada no dia 31 daquele mês
Queridos amigos,
sábado passado, 29 de março, a Diaconia da Fraternidade reuniu-se em Milão com o principal objetivo de eleger o presidente, uma vez decorrido o período de seis anos previsto pelo Estatuto.
Eu tinha uma preocupação que logo expressei aos membros da Diaconia: que não fosse uma eleição formal, mas a oportunidade para fazer o ponto da situação do Movimento, após os desafios enfrentados nestes anos. Todos eles tinham visto o percurso que eu propus como resposta a esses desafios, na tentativa de valorizar tudo o que ia acontecendo para o nosso amadurecimento, seguindo o caminho e o método sugeridos pelo carisma.
Eu fiz notar também que estou bem ciente de não ser o detentor do carisma. E o fato de ter sido indicado por Dom Giussani para guiar o Movimento não constitui uma aprovação de todo o meu trabalho. Por isso, tendo diante dos olhos todo o caminho feito, os membros da Diaconia tinham os elementos para uma avaliação da pertinência da proposta às exigências do viver, e ao mesmo tempo os dados necessários para avaliar a fidelidade da própria proposta ao carisma recebido.
Para facilitar uma discussão livre, esclareci logo que ninguém devia se sentir em dívida comigo, nem mesmo quem tinha sido indicado por mim para participar da Diaconia. Ao buscar a pessoa mais adequada para ser guia, a única preocupação tinha de ser o bem do Movimento. Para realizar essa tarefa, a atitude que se devia ter era uma só: obedecer ao Mistério na identificação da pessoa considerada mais apta para levar adiante a nossa história, para que possamos responder de modo cada vez menos inadequado ao pedido do Papa Francisco para sermos testemunhas do essencial em cada periferia existencial.
Após esta minha introdução houve um diálogo sincero e profundo, durante o qual cada um compartilhou o que tinha visto e experimentado no caminho destes anos. Seria impossível resumir em poucas linhas a riqueza das contribuições de cada um. Mas confesso que fiquei impressionado com o nível de autoconsciência das intervenções, um sinal comunional da vitalidade do carisma em tantas partes do mundo. Acreditem, nove anos após a morte de Dom Giussani, esta é a coisa menos óbvia.
No final do diálogo, que durou toda a manhã e a tarde, foi realizada a votação. A Diaconia decidiu pela minha reeleição, que eu aceitei por gratidão à história que me gerou e continua a gerar juntamente com vocês e pelo desejo de continuar a viver a apaixonante aventura destes anos.
Convido-os, nesta nova etapa da nossa história, a renovar o desejo de caminhar juntos rumo ao destino, Cristo que nos conquistou, para nos tornarmos cada vez mais filhos de Dom Giussani. Que cada um de nós, e cada uma das nossas comunidades, possa ser sempre mais, por intercessão de Nossa Senhora, testemunha da graça que nos fascinou, pressurosos e unidos como Pedro e João no caminho para o sepulcro na manhã da Ressurreição.
Rezem por mim, para que eu possa servir cada vez mais a esta maravilhosa história que nos tomou.
Esperando rever muitos de vocês em Rímini para os Exercícios Espirituais.
Vosso
Padre Julián Carrón
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