Em dezembro, em pleno inverno europeu, uma longa viagem o levou a se juntar aos outros milhares de jovens nos Exercícios dos Universitários de CL. Na maioria desconhecidos, mas num mesmo caminho
Chama-se Thiago Edi Landim Lopes, tem 21 anos e é estudante de medicina na Universidade de São Paulo. Conheceu o Movimento na Faculdade, há pouco mais de 1 ano, ao encontrar um grupo de colegas que faziam Escola de Comunidade e o convidaram para um jantar. Ficou fascinado com aqueles rostos, e, assim, veio o convite para ler um texto com eles e se encontrar toda semana. A partir daquele dia, ocorreu uma mudança grande na sua vida, a ponto dele dizer “nunca me sentiu tão vivo como nesta companhia”. Por isso ele também esteve nos Exercícios de Rímini.
Qual foi seu impacto ao chegar aos exercícios? O que mais o marcou?
A primeira coisa que me impactou foram as obras de arte projetadas na entrada do salão. Tentei me identificar com elas e aos poucos percebi que retratavam toda a história da salvação, cenas que só nos últimos meses passaram a fazer sentido pra mim e lembrei-me de vários momentos na minha história. Isso me ajudou a aproveitar melhor a música que estava ouvindo e as palavras que iria ouvir depois. Algumas coisas marcaram os Exercícios: a beleza dos coros rezando laudes, do coral do CLU, da organização do salão; a relação do tema e das palestras com o que eu estou vivendo agora; o cuidado com os momentos de silêncio; e o diálogo com o Carrón, que nos provoca respondendo tudo com a experiência.
Que experiência fez nestes dias?
Esse dias foram marcados também por encontros e por uma companhia que correspondem; em que algo tão simples quanto um jantar pode conter um pouco do significado da minha vida; que realizam meu desejo, ao mesmo tempo que o aumentam, porque passo a querer mais ainda viver a vida com essa consciência.
O título destes exercícios foram: “A ti se dirige todo o meu desejo”. Como entende que falar do desejo pode ajudar no cotidiano?
O desejo está sempre presente... Mas, se a gente não olha pra ele em toda sua estatura, o cotidiano fica cada vez mais sem gosto, as obrigações parecem sem sentido, tudo parece insignificante... O percurso que comecei a fazer na Escola de Comunidade é o que tem permitido me aprofundar cada vez mais em quem eu sou e descobrir o sabor de tudo: dos estudos, dos amigos, das festas, das atividades extracurriculares, de dividir apartamento com amigos. E esses Exercícios foram um grande ponto desse percurso... Lembrar de tudo que eu vivi é lembrar de uma evidência de que existe algo além na nossa companhia.
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© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón