EMPENHO CIVIL E POLÍTICO DO CRISTÃO
A crise política (e moral) que se abate sobre a sociedade brasileira parece piorar a cada mês, arrastando consigo a vida econômica e social. Tristes episódios de vandalismo e violência, como os ocorridos em Brasília no mês que passou, ainda que protagonizados por grupos que não representam a maioria, mostram uma sociedade enraivecida.
Dom Giussani, anos atrás, chamava a atenção falando do empenho civil e político do cristão, portanto, nosso. Palavras que nos ajudam, também hoje, na busca da postura justa diante destes acontecimentos, quando o risco é de que prevaleça o desinteresse ou uma reação instintiva, um “não juízo”:
1- “O primeiro nível de incidência política de uma comunidade cristã viva é a sua própria existência, na medida em que essa existência implica um espaço e possibilidades expressivas, (...) cuja influência na sociedade civil tende inevitavelmente a ter um destaque sempre maior”;
2- “Pela profunda experiência fraterna que nela se desenvolve, a comunidade cristã não pode deixar de tender a ter uma ideia própria e um método próprio de enfrentamento dos problemas comuns, quer práticos, que teóricos”.
Por isso nenhum de nós – pessoas, associações e movimentos, políticos e partidos – pode permanecer indiferente ao apelo expresso recentemente pelo Papa Francisco: “Empenhai-vos na política, mas por favor na grande política, na Política com P maiúsculo! – inclusive através da paixão pela educação e pela participação no intercâmbio cultural (…) para encontrar todos, receber todos, ouvir todos, abraçar todos” (Francisco à Ação Católica Italiana, 30 de abril de 2017).
Que essa beleza que vence as crises possa ser o conteúdo maior de nossa experiência como seres humanos e como cristãos.
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