Desta vez poderiam começar a ler Passos partindo de um testemunho da p. 8. É o relato de uma jovem universitária que encontrou o Movimento há poucos meses e conta a explosão de vida e encontros que estão acontecendo ao seu redor desde então. Um fato. Mínimo à primeira vista, insignificante, para alguns, dentro da confusão das nossas cidades e do nosso País. Mas decisivo. Porque indica um caminho para “preencher esse vazio que existe dentro de cada um de nós”, como diz a jovem.
Encontros assim carregam uma semente da qual pode nascer – ou renascer – tudo: um sentido para a vida. E suscita perguntas e gera uma abertura como a que encontramos nas pessoas que têm se lançado no diálogo sobre o livro A beleza desarmada, de Julián Carrón. Recentemente tivemos exemplos disso em três cidades brasileiras.
Pessoas vivas. E fatos, coisas que acontecem onde e como você não esperaria, porque a corrente vai para o outro lado. A mesma raiz que você encontra nos testemunhos do “Destaque”, dedicado às contribuições nacionais para a Jornada de Outubro. Ou no testemunho de Dubai, o mar da humanidade gerado por uma criança viveu apenas algumas horas. Ou, ainda, em outras partes desta Passos. Não são fórmulas, não oferecem soluções para o problema do desemprego, da doença, das dificuldades de todos os dias. No entanto, marcam uma diferença radical, porque acontecem. E mostram que, nessas dificuldades, há algo a mais. Não fora da realidade, mas dentro.
O que significa este “a mais”? Qual é a natureza, qual é a sua origem? De onde surgem fatos e pessoas assim? É necessário tomar consciência disso para evitar perder a perspectiva diferente que vimos ser aberta, a alegria que vemos acontecer quando se escolhe olhar o Acontecimento ao invés de parar nos próprios pensamentos. Esta é a encruzilhada. No fundo, é este o tema da Página Um, o encarte central desta edição, que retoma a Jornada de Início de ano promovida por CL, na Itália, e aqui no Brasil chamada de Jornada de Outubro. É uma ajuda a repercorrer a história do Movimento, e também a pessoal, unindo aos fatos que acontecem agora.
Ele deve ser comparado cuidadosamente com nossos desejos, as nossas expectativas, o nosso coração, e com o que vemos acontecer. Por que precisamos mais do que nunca de saber se é verdade a promessa que Cristo trouxe ao mundo, e que Julián Carrón, citando Dom Giussani, a certo ponto resumiu assim: “É na relação com Ele que podemos experimentar o cêntuplo: ‘Cem vezes a humanidade que vocês têm florescerá, florescerá cem vezes mais do que nos outros, e não haverá nada que a descomponha, que a conturbe a ponto de lhe meter medo, vocês não terão medo de nada’, ao passo que tudo se desfaz assim que nos desligamos d’Ele”.
Credits /
© Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón