“Eu preferi o perdão”
“Encontre um adjetivo que descreva como você é.” Esse foi o início de todas as aulas desde a retomada das aulas presenciais no ensino médio. Após treze anos de ensino, uma expectativa inimaginável surgiu em mim pela primeira vez, e foi logo percebida na sala de aula. As pequenas distrações da troca de horário entre os professores deram lugar a olhos arregalados e espantados com o meu pedido. Os jovens que não assistem a aula de Religião pediram para ficar para responder à pergunta também. Em seguida, comentei as primeiras falas do padre Julián Carrón na meditação da Quinta-feira Santa aos universitários de CL. Assim, dentro das avassaladoras “coisas da escola” abriu-se um novo caminho, que não era possível prever, justo onde ninguém o esperava. Em particular, fiquei marcado com dois meninos. Um deles cursa o segundo ano do ensino médio. Fazia cerca de cinco meses que tinha parado de vir a escola. Não tinha interesse. Ele também começou a responder à pergunta e depois explicou o motivo de suas faltas: “Arranjei trabalho, tenho outros relacionamentos, frequento outros lugares... Não preciso mais da escola, só me faz perder tempo”. Eu o interrompi e perguntei à queima-roupa: “Por que decidiu vir hoje?”. Ele respondeu apressadamente: “Senti falta dos meus colegas”. Então eu disse a ele: “Se você sente falta deles hoje, por que eles não sentiriam falta de você amanhã e depois de amanhã...?”. “Na realidade, sempre há algo de que sinto falta em tudo o que faço!”, foi sua resposta. Todos ficaram em silêncio na sala de aula. (...)
> Leia o complemento desta carta de padre Simone e as contribuições de Rossella, Dilmária, Esther e Giuliana na Revista Passos de junho, na edição impressa e também na versão digital para os assinantes.
Credits /
© Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón