“Um raciocínio abstrato não é o que faz crescer; o que faz expandir-se a mente é encontrar na humanidade um momento de verdade que se alcançou e ao qual se deu expressão.” A partir dessa frase de Dom Giussani e do discurso de Bento XVI em Regensburg (Alemanha), foram realizadas, nos meses de outubro e novembro, as Jornadas de Início de Ano de CL nos países europeus e na América do Norte.
No encerramento da Jornada de Milão (cujo texto foi publicado como “Página Um” em Passos de novembro), padre Carrón salientou a necessidade de “todos os dias, chamar a atenção uns dos outros para esse fato que está entre nós e que motiva a nossa unidade. É isso que faz crescer o juízo, uma consciência estável, uma identidade consciente e estável”. E, antes, lembrou que todo o drama da vida está na alternativa “entre Cristo presente, capaz de tomar todo o nosso coração, e o nada, pois não existe coisa alguma capaz de tomar o nosso coração, não existe coisa alguma que corresponda como Cristo”.
O encontro cristão alarga a nossa razão, desperta as engrenagens do que já é sabido e liberta da redução de uma vida que se repete mecanicamente, introduzindo um novo início dentro das circunstâncias cotidianas. Isso é documentado por alguns dos numerosos testemunhos ouvidos nas Jornadas de Início de Ano, recolhidos por Passos.
ITÁLIA – NÁPOLES
Primeiras reações na Jornada de Início de Ano com padre Carrón no Teatro Mediterrâneo
Um mundo novo
Havia algo estranho, inesperado. Estudo e traduzo o Velho Testamento, mas nunca tinha ouvido falar daquela maneira sobre o divino no humano. Um maravilhamento me tomou. E comecei a pensar que minha filha, que eduquei sozinha desde que meu marido morreu em Viena, em um acidente de carro, está em boas mãos. Está descobrindo um mundo novo, como eu. Minha filha é atéia, mas quando volta para casa da escola, sente-se desafiada pelo professor, que é de CL. Começou a estudar para poder rebatê-lo. Então, fiquei curiosa e vim até aqui para ver do que se trata. Minha filha diz que depois que fez esse encontro decidiu estudar Psiquiatria porque deseja entender mais o homem. Mas, vindo a esse encontro com padre Carrón entendi que esse é o caminho para que eu e minha filha possamos entender o homem. Para que possamos entender quem somos.
Elena, professora de Filologia Bizantina, convidada ao encontro por um professor da filha
Uma esperança para Nápoles
Depois do encontro com Carrón, viajei para a Tunísia a trabalho, junto com outros doze amigos italianos. Encontramo-nos no jantar com o embaixador italiano, que é de Nápoles. A conversa logo começou a versar sobre os problemas da cidade. Obviamente nos falava deles, como sempre, de forma negativa. A um certo ponto, eu disse que, na noite anterior, tinha visto algo diferente, que também tinha entendido o motivo da presença da Companhia das Obras e que ela deve ser apresentada ao maior número de pessoas possível porque carrega uma esperança verdadeira para quem trabalha e vive em Nápoles. Tudo isso fez nascer, nos presentes, à mesa, curiosidade e perguntas, que deixei para um próximo encontro, assim que eu voltar à Itália. Obrigada.
Alessandra, jovem empresária napolitana, convidada por amigos da CdO
ITÁLIA – FRIULI VENEZA GIULIA
Comer juntos
Desde o final do ano passado, uma aluna minha freqüenta a reunião dos colegiais. Antes do encontro, comemos juntos, os meninos jogam um pouco, fazemos Escola de Comunidade e, depois, aqueles que desejam, ficam estudando juntos. Pois bem, em uma colocação, essa minha aluna dizia que, para ela, era belíssimo estar conosco: comer juntos, brincar, se divertir, falar, conversar e confrontar a própria vida com experiências maiores que a ajudavam a ver o positivo e não, como fazia antes, olhar sempre o negativo. Para ela, a palavra comer não tinha importância, pois, há dois anos, ela praticamente já não fazia as refeições regulares e os seus pais não sabiam o que fazer porque seus distúrbios alimentares pareciam não ter fim. Aqui, ao contrário, para ela que recusava a comida, é natural empanturrar-se como os outros. Assim, de maneira inesperada, começou a se alimentar normalmente. O que a cura não pode ser apenas uma companhia, por mais simpática que seja: não somos muitos e temos um caminho cristão muito longo para percorrer; não pode ser a qualidade da comida, embora procuremos fazer nosso melhor, nem as brincadeiras que os jovens fazem juntos. Somente Deus pode ser tão misericordioso e grande a ponto de servir-se de um instrumento tão frágil, como nós, para fazer seus milagres.
Anna
A beleza do cristianismo
No dia 29 de agosto de 1990, eu, minha mulher e meus dois filhos chegamos em Trieste, deixando para trás nosso país, a Albânia, que nos trouxe tantos sofrimentos e dificuldades. Deixamos com grande dor as pessoas queridas e as lembranças de uma vida, mas, contemporaneamente, deixávamos também os perseguidores que, em 45 anos, destruíram a tradição que estava se formando, e, por meio de uma terrível ditadura, fizeram sofrer, até a morte, a melhor parte do povo. Um sistema que levou o país a um declínio material e causou o empobrecimento intelectual e espiritual das pessoas que culminou com o fechamento dos lugares de culto, a prisão e a morte dos religiosos. A tentativa deles era a de tirar Deus da mente e do coração de nossa gente, sem consegui-lo. Nestas circunstâncias, tornou-se fundamental levar nossos filhos para um mundo livre. Não obstante todas as dificuldades, o meu pensamento me levava sempre a acreditar que a força devastadora do regime fosse algo mesquinho e pequeno diante da beleza do cristianismo, que me levava a uma concepção das coisas em que a presença de Deus era sempre tangível; um Deus que se manifestava em cada coisa positiva que me tinha sido oferecida num contexto onde toda possibilidade era negativa. Quando deixamos o lugar onde se queria eliminar essa presença, esta se manifestou pelo encontro fortuito com padre Beniamino, que nos acolheu e fez todo o possível para nos inserir no novo contexto. Desse modo, concretizaram-se todas as nossas esperanças de encontrar uma presença cristã, não mais vivida como uma experiência clandestina, mas como uma experiência compartilhada com um grupo de pessoas. No caminho percorrido nos últimos 15 anos, podemos dizer que nunca diminuiu aquela presença que se traduziu em uma certeza nos confrontos que estavam por vir.
Zef e Josephine
ÁUSTRIA – VIENA
A descoberta do próprio bem
Há três anos, nasceu, no quinto mês e meio de gestação, o nosso quarto filho, Eduard. Tendo nascido prematuro, ficou cego e com um retardamento mental. Vivemos esta situação com grande dor, mas também com grande fé. Posso dizer que, desde que ele nasceu, estamos muito mais unidos enquanto família e rezamos muito mais. Mas, para mim, a mudança maior, mais radical, foi um relacionamento diferente com Cristo. Explico-me: quando Eduard estava no hospital e precisava enfrentar diversas cirurgias, estava convencida de que, antes ou depois, aconteceria um milagre e que ele seria curado. Eu pedia uma coisa boa a Deus, que pode fazer tudo e que me ama. Mas, embora tudo isso seja verdade, o milagre não aconteceu. Continua sendo verdade que ele me ama e deseja o meu bem. Então, para mim, é razoável pensar que o fato de que Eduard não tenha sido curado é para o meu bem. E agora, depois de três anos, estou fazendo a experiência disso. Ao me sentir tão incapaz e inadequada para lidar com a situação, comecei a rezar assim: “ok, se tu queres assim, eu aceito que Eduard continue doente, mas eu, sozinha, não consigo dar conta. Tu, Cristo, precisas estar comigo, precisas estar, particularmente, presente na minha família”. Depois dos Exercícios da Fraternidade de 2005, comecei a pedir a sua pessoa em vez de pedir favores ou “coisas”, mesmo boas. Graças aos amigos do Movimento, entendi que, na dor, Cristo nos agarra, nos chama a Ele. Cristo nos solicita em todas as circunstâncias, mas, para mim, que sou tão distraída e presa às coisas a fazer, foi necessário um choque, uma ferida que permanece sempre aberta para me dizer que o objetivo da vida é amar a Cristo, que a vocação é um sim que se diz todos os dias, não só no dia do casamento. Por isso, posso dizer que Eduard é um dom, no sentido de um bem e não um “castigo” para nós. Porque começo a intuir aquilo que eu achava que só os santos podiam dizer: que o meu bem, aquilo que faz a minha vida bela e útil é amar a Cristo.
Maru
ITÁLIA – PÁDUA
O fator que conta
Lembrei-me de um diálogo em um encontro de verão nos anos 80, em Colfosco, quando discutíamos com Giussani que, de repente, nos pergunta: “O que faltou a Leopardi?”. E nós, sem vacilar, respondemos: “Deus”. Ele disse de modo seco: “Não, o problema não é Deus: é Cristo”. E relaciono isso com o que Carrón nos disse: “O coração me interessa, porque Cristo me interessa”. Se olho para a minha experiência e para a de meus amigos, não é que não afirmemos Cristo, mas é como se Cristo fosse um dos tantos fatores da experiência: ele existe, mas há também aquela desilusão com o amigo, a dificuldade daquela situação, a dor daquele fato e a lamentação sobre aquele outro. Cristo, se reduzido a um dos fatores, não pode ser acolhido, entendido, vivido por aquilo que é; isto é, a realidade do Ressuscitado; isto é, a realidade verdadeira e, portanto, o fator unificante do real.
Mario
Deixar-se tomar
Normalmente, na nossa experiência, nos deixamos provocar, mas não nos deixamos tomar. Acredito que para a minha e para a nossa experiência seja claro que, a um certo ponto, Cristo toma um pedaço da vida ou a toma toda. Então, esse toque, é um toque humanamente sensível, humanamente perceptível, de modo delicado, quando Deus permite, ou de modo decisivo quando, muitas vezes, Ele chega de maneira diferente. É verdade que a liberdade é dizer sim ou não, mas muitas vezes pode acontecer que não se tenha tempo de dizê-lo. Essa percepção, a um certo ponto, pode permanecer apenas uma provocação ou você pode aproximar-se dela deixando-se tomar por tudo aquilo que lhe está reservado e que, no momento ou mesmo com o tempo, não consegue entender: as coisas se esclarecerão. Porém, quando você toma consciência disso, a história é completamente outra, é uma outra forma de decisão, é tudo diferente: “E agora, o que faço?”, onde, porém, você se dá conta de que todo o pecado do qual você é capaz e faz dia após dia, a cada instante, não diminui em nada essa coisa, porque de manhã, ao acordar, é um novo ponto de partida.
Mara
ITÁLIA – MOLFETTA (BARI)
Colega sindicalista
Gostaria de falar sobre o encontro com Gabriella, minha colega do curso de espanhol e assessora sindical de uma prefeitura da província. Enquanto fazíamos as provas juntas, ela começou a ficar curiosa sobre a minha vida. Comecei a lhe falar sobre o Movimento. À noite, quando voltava para casa, ela procurava informações no nosso site. No primeiro dia de férias, comprou o livro O Acontecimento Cristão (Giussani, L. BUR, Milão 2003; nde). Enviou-me uma mensagem para me contar isso e acrescentou: “Será a revolução”? Em seguida, me telefonou dizendo que ela nunca tinha ouvido falar dessa maneira sobre liberdade. E que, enquanto fazia compras em um hipermercado, olhou para seu filho e, pela primeira vez, se deu conta de que o maior amor não é o materno, mas poder afirmar um Outro como fonte do próprio eu. Começou a falar sobre isso com suas colegas, e todas lhe perguntavam de onde estava tirando aqueles juízos, e ela falou sobre as provas e sobre Dom Giussani. Passou as férias inteiras com o livro na bolsa. Voltando para a escola, começou a falar a respeito com as outras colegas, elas também de esquerda: “No início das férias, comprei dois livros, um de Dom Giussani e um de um autor que participou do Movimento de Contestação Juvenil de 1968. Devo admitir uma coisa: Dom Giussani me entusiasmou muito mais. A sua, era uma história de amor, enquanto a do outro era a história de alguém com raiva, desiludido”. Quando voltei para a escola, procurei-a. A sua mudança é obra de Deus.
Angelo
PORTUGAL – LISBOA
Questão de juízo
Em uma aula sobre narrativa no cinema, eu disse que a narrativa é um modo de representar uma experiência humana e não tem a ver com a abstração, mas com a representação do real, da experiência do homem. Assim, fiz aos alunos uma pergunta: “O que é a experiência para vocês?”. Começaram a falar das coisas que os impressionam, que sentem, das emoções, do choque que um filme provoca etc. Eu disse: “Sim, todas essas coisas são verdadeiras, mas falta algo. O que falta?”. A um certo ponto, José levanta a mão e diz: “Falta o juízo!”. Quase caí da cadeira! Então, lancei uma provocação: “É necessário um juízo sobre aquilo que sentimos para que uma coisa se torne experiência, para que se torne humana”. Depois, li para eles uma frase de Paul Ricoeur que dizia exatamente isso: que o tempo é humano na medida em que é revelado à experiência do homem como claro, quer dizer, quando há um juízo. Assim, começou uma discussão. Muitos diziam: “Só é experiência aquilo que eu sinto agora, neste momento, porque amanhã, aquilo que sinto não será mais experiência, porque já é passado”. E eu pensava que esse é o problema do nosso tempo: de um lado, uma incapacidade de julgar – de fazer nosso aquilo que vivemos –, de outro, uma tendência ideológica que se torna dominante – pensar que esse juízo que demos, e que se tornou nosso, não seja importante porque não é mais a verdade da coisa, é uma deturpação –. E eu disse a eles: “Mas, então, não seria por que essa coisa se tornou sua?”. Alguns disseram que sim. É porque isso se tornou seu que você sabe dizer quem é. Uma aula incrível: chegou o intervalo, os jovens saíram, e eu continuava a ouvi-los discutindo no corredor: “Porque a minha experiência é essa etc”.
Rosarinho
ESTADOS UNIDOS - INDIANÁPOLIS
Vitória no coração dos Estados Unidos
A Jornada de Início de Ano para Chicago, Indianápolis, Dayton, Toledo, Cincinnati, Lexinston e Milwaukee foi realizada em Indianápolis. Compareceram em torno de 65 pessoas no Marian College. Erica, uma jovem recém-formada de Evansville, que agora dá aulas em uma escola católica de Indianápolis, testemunhou como precisava dar uma razão e um sentido a todas as coisas que fazia na aula. Tinha proposto a récita do Angelus como oração antes do almoço, e seus alunos lhe perguntaram: “Por quê?”. E teve que responder à pergunta, antes de tudo para si mesma, mas também para ter a possibilidade de seguir esses jovens que estão começando a dizer “nós”. Nas férias de julho, outros dois jovens universitários de Evansville fizeram um filme sobre Caim e Abel. Erica mostrou o filme na sala de aula, e seus alunos ficaram muito tocados pela injustiça. Erica nos disse como também neles, depois de ter visto o filme, emergiu, com violência, o desejo de justiça e, partindo exatamente dessa exigência, começou a trabalhar com eles sobre a experiência elementar e sobre o coração. Therese deu um belo testemunho sobre sua experiência materna. Estava sinceramente impressionada com as outras mães do Movimento, pelo modo como educavam o coração de suas crianças. Therese salientou como ficou fascinada com essas mães, como quis imitá-las e como isso não lhe bastava. Por esse motivo começou a viver uma amizade com elas. Foi mais do que uma imitação, foi o início de uma maneira nova de olhar seus filhos e de educá-los. Dessa forma, Therese tornou-se capaz de acompanhar e tornar-se uma mãe para todos os jovens colegiais de Chicago. Daquilo que vi e ouvi, o Movimento existe e é uma vitória no coração dos Estados Unidos.
Mike
IRLANDA – DUBLIM
A vida, viagem em direção ao destino
Fiquei tocado muitas vezes enquanto lia O Senso Religioso. Nunca, antes, esse “senso” me tinha sido explicado, nunca tinham me dito que aquilo que chamamos religião, fé, é parte de mim. A coisa chocante é que eu sempre soube disso, mas, por motivos diversos, tinha deixado de lado. Talvez porque o catolicismo, onde cresci, parecia simplista, hipotético ou limitado. Mas, ver o título do Meeting, ler O Senso Religioso e, um dia ou dois depois de tê-lo lido, ouvir o Papa falar exatamente do mesmo assunto e, depois, descobrir que essa “idéia” me indica precisamente algo que há em minha vida e que preciso conhecer a divisão entre o meu coração e a minha mente, me fez descobrir que tudo em volta carrega uma negação, da qual tomei parte durante muito tempo, a negação da oposição religiosa por aquilo que era, considerada privada de qualquer credibilidade, sentido ou consistência. E me deparei com essas idéias justamente agora, em um momento da minha vida em que estou me esforçando para superar os limites do meu ceticismo! Exauri o meu senso de onipotência. Quando era adolescente, tinha a idéia de que religião e fé fossem sinais de medo, de superstição e de inadequação. O que encontrei no livro de Dom Giussani é que há um modo de falar dessas coisas que é muito mais inteligente, mais real. Inteligente não é o termo justo: de qualquer modo, mais agudo em relação à postura de quem caluniou, negou ou repeliu essas coisas. Creio que atualmente está acontecendo algo no mundo: no Ocidente, começa-se a compreender a idéia de que razão e fé são uma coisa só. Não há nenhuma oposição, nenhum conflito e o senso da minha identidade humana, a minha relação com o Infinito, a minha profunda consciência do Mistério unem-se na minha humanidade e nenhuma dessas coisas prevalece sobre a outra. No dia a dia, costumo me sentir isolado, excluído do lugar que reconheço adequado para mim. Eu achava que isso acontecesse comigo por causa dos meus defeitos. Talvez seja isso, talvez essa poderia ser uma explicação, mas, na verdade, esses são sintomas desse “senso” que há dentro de mim. A qualquer momento, é possível que eu não consiga estar no presente, na realidade. E a melhor coisa que posso fazer é dedicar-me às coisas que devo fazer, mas, ao contrário, quando isso acontece, vejo-me quase querendo fugir, desejando ser outra pessoa, desejando me encontrar em qualquer ponto vago do futuro, em algum outro lugar qualquer. Um lugar onde, talvez, o meu senso de perfeição será realizado, se tornará manifesto. Essas são as forças que estão dentro de mim e que me fazem caminhar e que eu via como defeitos, como limites. Mas agora as reconheço nas palavras de Dom Giussani, como sintomas do meu pertencer ao Infinito, do meu pertencer à plenitude da realidade. E isso muda completamente a minha postura nos desafios da vida. Está começando a mudar a minha abordagem em relação à vida, por assim dizer. Tudo isso não está me tornando mais pio ou mais santo, mas posso dizer que está me levando a prestar mais atenção à realidade. O que a realidade está me dizendo? A minha vida é realmente, como costumava pensar, uma série de eventos casuais, ou é outra coisa? A minha vida é uma viagem em direção ao meu destino. E, assim, presto atenção à realidade e experimento um conforto e não caio mais no erro de tentar explicar aquilo que sinto como sendo expressão de uma certa inadequação, de algum defeito ou de alguma falta na minha vida, mas como uma oportunidade de ser, de ser completo, de ser mais eu mesmo do que fui até agora.
John Waters, editor do Irish Times
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