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Passos N.74, Julho 2006

EXPERIÊNCIA - Europa Central Vida de CL

CL nos países da Europa Central

por Paola Ronconi

Se, na Áustria, o Movimento começou
sua presença graças ao Cardeal Schönborn e aos estudantes universitários italianos que na metade dos anos 90 começaram a ir a Viena com o projeto de intercâmbio Erasmus, na história de CL, padre Francesco Ricci e padre Scalfi (com Russia Cristiana) têm, seguramente, um posto de absoluto relevo no diálogo com a Igreja da Europa Meridional. De fato, desde a metade dos anos 50 eles se ocuparam em criar contatos com personagens que estavam do outro lado da cortina de ferro e em manter a Igreja clandestina. Foram numerosas as viagens de jovens estudantes que levavam Bíblias e santinhos escondidos para além das fronteiras. Foi, por exemplo, um pouco antes da Primavera de Praga (1968) que alguns membros de CL perceberam que uma guia da agência turística do Estado, com quem tinham organizado sua viagem à Tchecoslováquia, era cristã. Tiveram, depois, um encontro com ela e um grupo de amigos, em Praga. Foi graças a esses novos encontros que os jovens de CL conheceram Padre Jozef Zverina,
teólogo que se tornou grande amigo do Movimento, tendo-lhes dedicado sua Carta aos Cristãos do Ocidente. Os contatos com Praga e Bratislava continuaram também nos anos 80 e, depois da queda do Muro, graças a estudantes universitários que periodicamente iam àqueles países para fazer Escola de Comunidade com jovens e adultos fascinados por CL e pela sua modalidade cotidiana e livre de viver a fé (coisa absolutamente distante para quem, como esses fiéis, era obrigado a rezar escondido). Os primeiros contatos com a Igreja húngara nasceram por meio dos membros do Movimento Regnum Marianum. Um episódio importante: em 1976, uma jovem desse Movimento húngaro e alguns italianos de CL participaram das férias da Juventude Católica Austríaca. Antes de voltar para casa, uma das jovens de CL deu à jovem húngara uma cópia da entrevista de Robi Ronza com Dom Giussani, em alemão. Ela a leu durante toda a noite para verificar se valia a pena arriscar-se pela fronteira. Conseguiu levá-la à Hungria e a deu a padre Miklos Blackenstein, responsável pelo Regnum Marianum, o qual “se convenceu de que o Movimento é um bem para a Igreja na Hungria e, embora nunca aderindo a ele formalmente, fez de tudo para que CL pudesse se difundir no seu país”.

 
 

Credits / © Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

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