Passos N.70, Março 2006

EXPERIÊNCIA - DOM GIUSSANI... Mais pai do que nunca

Companheiros e amigos com o mesmo ideal

por padre Giuseppe Ellli

O testemunho de um companheiro de seminário, publicado na
revista do Santuário da Dolorosa. Rho, fevereiro de 2006

Passou-se um ano desde a morte do inesquecível
Dom Giussani, o “Dom Gius”, como era chamado.
Este que, agora, o comemora, foi seu amigo e companheiro.
Companheiro porque entramos juntos no seminário
em 1º de outubro de 1933, porque juntos, fizemos,
depois, os mesmos estudos e, por fim, porque
nos tornamos padres no dia 26 de maio de 1945. Companheiros
e, mais que isso, amigos, porque partícipes
dos mesmos ideais; um, sobretudo, sublinhado pelo
então Cardeal Ratzinger na homilia que fez no Duomo
de Milão no dia do sepultamento de Giussani: a
“centralidade de Cristo” na vida do homem.
Havia muita gente na Catedral naquela tarde: 27 Bispos,
centenas de padres e uma multidão incontável. Por
que tantas pessoas? A resposta que eu me dei e, como eu,
muitos, foi: porque Dom Giussani sempre viveu o acontecimento
que sempre pregava e proclava: que o Cristo
é verdadeiramente tudo na vida do homem e, portanto,
a única razão do viver e do morrer.
Além disso, há um segundo ideal que Dom Giussani
sempre pregou e também compartilhou comigo que é o
lugar que Nossa Senhora ocupa na nossa vida, um lugar
que se chama “Esperança”. São palavras suas: “Oh Senhora,
és a segurança da nossa esperança. Sem ti nós não
podemos estar seguros do futuro porque a segurança no
futuro nos vem do Cristo, o mistério de Deus que se fez
homem, mas isso não seria possível acontecer se não fosse
por ti, ó Senhora”. E esta é a sua exortação: “Ad Jesum
per Mariam” – a Jesus, por meio de Maria!