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Passos N.66, Outubro 2005

CARTAS

Cartas

Gratidão por uma história
Caro padre Julián, quero compartilhar com você a carta que recebi há alguns dias. Foi escrita por um rapaz do Movimento que, em anos verdadeiramente difíceis da minha vida, aceitou ajudar-me no cuidado com os meus dois filhos – Lília e Lucas – trabalhando como babá deles. Naquela época eu tinha me separado de meu marido há pouco tempo e havia encontrado o Movimento logo antes disso, por duas colegas do hospital. Ler esta carta que André enviou aos meus filhos foi como reler a parte mais dramática e maravilhosa da minha existência. Essas palavras chegaram a mim com um significado novo, são o fruto de uma caminhada cansativa, mas segura, lenta em alguns dos seus aspectos, porque intensa, rica de responsabilidades e de uma Presença certa, inconfundível. É com alegria que as transmito a você, porque expressam o quanto a dor e o mal podem transfigurar-se aos nossos olhos, se confiarmos apenas naquilo que o Mistério nos revela no tempo. Obrigada pela sua paternidade. Durante seis minutos, aplaudi Dom Giussani, você e o carisma, naquela sala do Meeting onde você nos explicava o que é a liberdade, e pude ver o grande exemplo humano que recebemos dele. Naquele aplauso, estava tudo, tudo! Chorei de emoção e gratidão por aquilo que o Pai me doou nestes anos vividos no Movimento. Cheia de maravilhamento, nestes dias ando pensando que os 42 anos da minha existência nada mais foram do que uma caminhada que pouco a pouco foi revelando a vocação para a qual o Pai me chamou. Tudo ficou ainda mais claro pela Fraternidade São José, à qual, pela graça de Deus, pertenço.
“Caríssimo Lucas, você não imagina a alegria que senti ao rever você e a Lília. E não tanto pela emoção que se sente quando reencontramos amigos depois de muito tempo de ausência, mas por vê-los crescidos. O que mais me impressionou e me fez entender que de fato vocês cresceram foi o vosso sorriso, que vem do coração, que grita a certeza da vida, é um sorriso de pessoas seguras. Eu não sei como agradecer por aquilo que vocês fizeram por mim nestes anos. Mesmo que vocês não tenham percebido, me ajudaram a cumprir o meu dever e me ajudaram a entender a grande possibilidade de riqueza que existe numa família. Nestes anos, nós não nos vimos mais, e outras pessoas melhores cuidaram de vocês. Eu creio, pelo mesmo sorriso que vi outro dia, que foi o próprio Jesus quem os tomou pelas mãos. Isso me deixou imensamente feliz e me une indissoluvelmente a vocês. Eu e Denise decidimos nos casar, e por uma única razão: queremos que Jesus nos tome pela mão por toda a nossa vida.”
Silvia, Milão – Itália

Frutos da Educação
Ana Lydia nos enviou esta carta que recebeu de sua amiga.
Oi, Marina e Ana Lydia, estou escrevendo para contar que as minhas aulas de Psicologia da Educação estão muito legais. Aquele nosso encontro, aqui em Belo Horizonte (Universidade: educar a um horizonte total? de 10/06; nde) foi muito importante para mim. Partindo das coisas que vocês falaram, comecei fazendo um percurso com os meninos sobre o que é a pessoa e o que é a educação. Falei tudo o que sei do que Dom Giussani ensinou sobre a importância da educação. Também usei outros autores, como o Quintás, que a Silvia de São Paulo tinha me passado. Falei da educação como encontro, como provocação para a realidade. No fim, uma das meninas disse que nunca tinha ouvido alguém falar de educação como eu estava falando e que a aula estava modificando as coisas que ela pensava. Hoje, um grupo de alunas do curso de Matemática deu uma aula sobre o número de ouro e como esse número é um mistério. E nós trabalhamos sobre como, de uma aula de matemática, podemos ensinar conceitos de harmonia, ordem, mistério e beleza. Acho que está sendo muito bom. Hoje, abordando os fins da educação, falei sobre liberdade; os meninos da Biologia reagiram. Pedi pra eles prepararem uma aula sobre “então, o que é o homem? O que o diferencia dos animais e o faz especificamente humano?”. Pensei em trabalhar isso no pensamento de Lev Vygotsky. A próxima aula é sobre Piaget, e aí vem o desafio de fazer isso ser interessante para eles. Quis contar essas coisas porque acho que vocês foram importantes para eu conseguir falar assim com os meninos. E também Nossa Senhora, a quem eu estou pedindo um milagre por dia... Obrigada.
Raquel,
Belo Horizonte – MG


O mundo em volta da mesa
No ano passado, durante o Meeting, uma família da minha Fraternidade teve a alegria de hospedar alguns rapazes do Cazaquistão. Naquela ocasião, esses jovens e o padre Lívio nos contaram o que foi que os levou a enfrentar dois dias de viagem – além da grande despesa – para vir trabalhar gratuitamente no Meeting. Foi um verdadeiro “soco” de jovialidade em nossa incrível preguiça. Os nossos contatos prosseguiram via e-mail, e a amizade que nasceu com eles e com os padres que os acompanhavam nos levaram a “inventar” um jeito de levantar algum dinheiro para que eles cobrissem as despesas da viagem neste ano. Esperávamos ansiosamente o retorno dos meninos e o inevitável jantar que faríamos todos juntos. Nesse meio tempo, Ana Maria – que mora na Nigéria há cerca de 15 anos – nos falou com tanto entusiasmo dos seus rapazes que resolvemos convidá-los também para o jantar! Padre Giuliano Renzi, que trabalhou durante muitos anos no Brasil, hospeda sempre, durante o Meeting, alguns brasileiros e este ano, pela primeira vez, hospedou também dois colombianos. Por que não convidá-los? O International Meeting Point, ao saber da iniciativa, propôs que convidássemos também duas meninas lituanas, pela primeira vez no Meeting, e um jornalista ucraniano, ele também novo nesta experiência. Depois de um cardápio tipicamente romagnolo, começou o “espetáculo”, espetáculo em todos os sentidos. Os meninos nigerianos, entre uma garfada e outra, escreveram o “roteiro” do sarau. Com a apresentação de um rapaz nigeriano (em italiano!) e Ana Maria (em inglês!), cada nação cantou e dançou uma ou duas músicas. Imaginem só: um samba dançado por um nigeriano e uma brasileira, um coro a quatro vozes das meninas lituanas, uma canção russa tocada e cantada por uma menina de 14 anos e acompanhada pelos meninos do Cazaquistão, um “trenzinho” em ritmo de samba do qual todos participaram, inclusive o jornalista... A certa altura, o “apresentador” anuncia: “Agora, cantemos uma música que está em primeiro lugar nas paradas do mundo todo”, e ataca de Sul pajon. Bem, dou um giro e todos passamos a cantá-la! Nove nacionalidades diferentes cantavam “sul pajon de la caserma...”. Nessa altura, eu me lembrava de Dom Giussani, de como o seu carisma havia chegado a todas as partes do mundo. Chegou a hora da partida: pessoas que nunca tinham se encontrado antes, de continentes diferentes, com línguas diversas, tiram fotos juntas, trocam endereços, telefones e e-mails. A essa altura, espontaneamente surge a entrega a Maria e, de pé, todos cantamos Romaria.
Ana,
Rímini – Itália


Cantando a vida
Quando o padre Assis, reitor do Seminário Diocesano de Campina Grande, solicitou que o nosso grupo realizasse um encontro de música para os jovens, percebemos que seria uma boa oportunidade para dar vivacidade à nossa experiência de amizade no Movimento e testemunharmos às outras pessoas que é Cristo que nos alegra, que é Ele que nós buscamos quando cantamos, quando tentamos expressar pela música nossos anseios mais profundos. Foram 30 dias preparando tudo. Dividimos as tarefas e nos empenhamos para que tudo saísse bonito: distribuímos folhetos, escolhemos as músicas e os cantores, ensaiamos. Entre acertos e desacertos, tudo era para a glória de Deus. O encontro foi muito bonito. Apareceram cem pessoas, dentre as quais estavam antigos conhecidos que há muito tempo não víamos. Fizemos, de fato, uma experiência viva de comunhão e mais uma vez percebemos que o sair de si e se colocar na companhia de outras pessoas é o caminho que Cristo nos dá para nos libertar e nos fazer feliz. Não devemos ter medo de nada e não devemos impedir que a realidade nos toque, pois ela é o caminho para o encontro com Cristo.
Lúcia, Messias, Marcos e Joaquim,
Campina Grande – PB


Jesus não está nas nuvens
Caríssimo Carrón, lhe mandamos um escrito feito pelo nosso filho Lourenço e colocado no blog dos colegiais de Legnano (www.ilcantiere.tk), a propósito das férias que passamos juntos com a nossa Fraternidade e outros amigos.
De 30 de julho a 5 de agosto, em Madonna di Campiglio, aconteceram as férias promovidas pelas comunidades de Legnano, Gallarate, Novara e Arona. “Nada de novo”, eu pensava, “desde criança me acostumei a passar uma semana de verão nessa estranha companhia”. Parti seguro de que já sabia tudo o que ia acontecer, nos mínimos detalhes: como se divertir, quando, com quem, como escapar dos olhares do papai, da mamãe e dos outros adultos. Tudo bobagem. Os dois primeiros dias foram “tranquilos”, depois começou a contra-ofensiva e o desmantelamento de todas as minhas frágeis muralhas. Como se tivessem combinado, cada pessoa que eu encontrava discordava das minhas propostas. Dizer sempre sim, esse é o jeito de viver no meio dessa companhia. Foi o que demonstrou Mário, falando da doença de sua mulher Daniela, que morreu no dia da Epifania, este ano. Não só com o testemunho “falado”, mas mediante qualquer coisa que fazia. Uma força, uma esperança impressionante, apesar de tudo. Estamos sem vontade de fazer nada, cheios de cuidar das crianças, e pensamos logo em fugir disso e sair com um amigo, escapar dessas chatices, e aí passa ele com o filhinho Daniel no colo, sorrindo, brincando, todo feliz. Não tem como não ficarmos admirados frente a um testemunho vivo como esse! Se fosse só isso, já não seria pouco; mas não, ele não pára aí. Tem também os rostos do padre Tiboni, do padre Ambrósio, de Boia, de Marta, Cheva, Pedro. Todos. Isso é impressionante! Reconhecer, finalmente, não só um rosto amigo, mas o rosto de Cristo. É comum, na nossa companhia, usarmos esta expressão: “Ver o rosto de Cristo”. Quando alguém dizia: “Vi Cristo no rosto do meu amigo”, eu torcia o nariz e dizia: “Tá bom... Você não tem outro jeito de dizer como se sente?...”. Mas é isso mesmo! Quando deixamos a coisa correr, quando dizemos sim à companhia, com amor, sem reservas, entendemos que não depende de nós para as coisas irem bem, como tudo é tão excepcional! A nós cabe apenas dizer “sim”, “estou aqui”, e o resto vem por si. Talvez não muito depressa. Cristo estava conosco, no bar, três noites atrás, junto com Marta e Cheva, enquanto falávamos sobre tudo. “O cristianismo é a religião mais materialista que existe”, disse alguém (não me lembro quem) mas é a pura verdade, porque é tudo muito concreto, supõe relacionamento humano, e finalmente entendi que Jesus não está nas nuvens, mas no nosso meio. Ainda fico impressionado por ter compreendido isso. Não quero mais perder esses amigos; quando encontramos pessoas como eles, como esta companhia, não queremos perdê-los nunca mais! Desculpem se fui prolixo e confuso, mas eu quis dizer a vocês que existe uma Esperança, e eu a encontrei...
Bande,
Legnano – Itália


A fidelidade do Senhor
Há 15 anos, num sábado de muito calor, eu e Maximiliano nos casamos. Lá estavam todos os nossos amigos. Foi um dia maravilhoso, inesquecível, como o encontro ocorrido em 1983 com o Movimento. Outra experiência inesquecível foi o nascimento, em 1991, do nosso filho Francisco. Eu podia “tocar o céu com as mãos”, porque muitos dos meus desejos se concretizavam; eu sentia o Senhor próximo a mim, como nunca antes: de fato, Ele havia me dado muitas coisas. Com o passar do tempo, quando o confronto com a realidade se tornou cada vez mais difícil (o filho pequeno com problemas de saúde, a perda do meu emprego, as dificuldades econômicas, etc.), essa proximidade com o Senhor que eu havia experimentado antes começou a se enfraquecer, ao ponto em que eu me afastei dEle, dos meus amigos, do Movimento. Durante uns 10 anos, uma parte de mim estava morta. O desejo de felicidade permanecia, mas havia se refugiado num canto bem escondido do meu coração; um coração capaz apenas de sentir a dor, a desorientação e o desespero. Agora entendo que, em todos esses anos passados numa profunda e dolorosa solidão, Ele jamais abandonou a mim e à minha família; era eu que me negava a crer que justamente por meio da dor e da dificuldade que eu estava vivendo, o Mistério se fazia presente, estava me chamando para Si. Aquilo que, todos os dias, me parecia um limite, podia se tornar algo grande, podia se tornar uma oferta de todo o meu ser, de todo o meu nada a Deus, a Ele que – agora eu sei – é a única resposta completa ao desejo de felicidade do meu coração. Nestes últimos anos, voltei a me aproximar daqueles rostos que são o Seu rosto, daqueles amigos que, pela “Graça” do Mistério feito carne e que está vivo no meio de nós, conseguem arrancar-me daquele abismo em que eu afundara. Rezo muito a Nossa Senhora, Mãe da Esperança, a fim de que me torne cada vez mais livre para abrir as portas a Cristo, e agradeço por estes 15 anos de casamento, ainda que vividos dolorosamente, porque estou certa de que o Senhor não inicia uma coisa que Ele não possa levar a bom termo.
Marisa,
Montecchio – Itália


Companhia teatral
Queridos amigos, gostaria de compartilhar com vocês a experiência que estamos fazendo no pequeno grupo de pessoas que, por convite do padre Enrico, formaram o grupo teatral “La Compani”. O objetivo era preparar a encenação do texto de Paul Claudel “O Anúncio feito a Maria”, tão mencionado por Dom Giussani em seus livros. Logo ao começarmos os trabalhos, percebemos quanto os personagens de Claudel tinham a nos ensinar. Cada cena lida, cada palavra pronunciada, nos remetia a uma forma de viver a própria vida diferente da cultura na qual estamos mergulhados atualmente. Essa maneira nova nascia daquela consciência unitária da Idade Média, que estamos vendo na Escola de Comunidade. Assim, começamos a perceber que o gesto do teatro só seria possível dentro dessa mesma unidade, que se concretizava na amizade que começou a nos acontecer. Começamos a compartilhar essa experiência com outras pessoas que foram se juntando a nós por essa unidade já iniciada. A partir daí, as nossas dificuldades técnicas, medos, inseguranças começaram a perder força diante da alegria de estarmos juntos para comunicar, por um texto tão verdadeiro, a certeza de nossa fé e a gratidão por termos sido alcançados por Ele. Partimos então para o primeiro desafio: uma leitura dramatizada para toda a comunidade do Rio. Foi aí que experimentamos que nossos limites só podem ser superados dentro de um “sim” verdadeiro ao Mistério. Era evidente que esse “sim” nos tornava instrumentos de um Outro, e a nossa unidade nos deu a possibilidade de realizar o gesto com a Verdade de Cristo evidenciada nas palavras de Claudel. Atualmente estamos dando continuidade ao nosso gesto, esperando poder, antes de qualquer resultado cênico, construir a nossa pessoa dentro dessa entrega total a Cristo presente.
César,
Rio de Janeiro – RJ


Uma família para Desirée
No dia 22 de abril, Tonino e Enza acolhem provisoriamente Desirée, uma menina de 7 meses e meio acometida de fibrose cística. Em julho, o Juizado encontra para ela uma família adotiva. Abaixo, a carta que Tonino e Enza escreveram, quando ela partiu.
Cara Desirée, hoje você deixa a nossa casa, mas não o nosso coração; você vai conhecer a sua família, a mamãe Cristina, o papai Spiro e as suas irmãzinhas: Ana, Sara e Marta. Você foi o nosso Menino Jesus. O seu olhar, tão profundo e suave, nos fez entender que a sua vida foi um dom muito grande para nós, você foi, todos os dias, uma lembrança do Mistério. Obrigado por ter entrado em nossa vida (embora de um modo totalmente inesperado) e tê-la enchido de amor, e ter fortalecido o amor entre nós. Você nos fez crescer e nos fez amar mais ainda a Jesus. Nós a acolhemos num momento delicado da sua vida; a sua saúde, tão precária, nos levou a te querer bem desde o primeiro momento. Nós, como diz Francisco, “a ajudamos a dar os primeiros passos rumo ao seu destino que – estamos certos – será grande; agora, a sua nova família a ajudará a dar os próximos passos”. Temos certeza de que Jesus escolheu a família certa para você, embora a separação seja muito dolorosa para nós; mas você está serena, e isso nos consola. Somos gratos ao Dom Giussani e a João Paulo II, porque, com as nossas insistentes preces ganhamos você de presente. Você chegou no dia 22 de abril, dois meses depois da morte do Dom Giussani, e isso, para nós, não foi um acaso, mas o sinal de um bem muito grande que o Senhor reservou para nós. Com Spiro e Cristina, nasceu uma bela amizade, que nos acompanhará para sempre, e assim poderemos ver você crescer! Um beijo.
Mamãe Enza, papai Tonino, Francisco
Milano – Itália


A partir de uma pergunta
Caríssimo padre Carrón, no distante 1977, tive a graça de me encontrar pela primeira vez com Dom Giussani. Almoçamos juntos, só eu e ele. Eu iniciava minha vida profissional e afetiva, e eram muitas as perguntas e os questionamentos. Refleti muitas vezes sobre aquele primeiro encontro com ele, e, cada vez que penso, concluo que li um trecho do Evangelho. Era uma memória presente, aqui e agora. Entre as muitas perguntas, a mais importante para mim, naquele momento, era sobre o meu casamento. Eu já estava no Movimento; minha mulher, não. Giussani me disse: “Você acha que dá para construir a Igreja com Marilena?”. Entendi que aquilo que ele dizia era importante, mas não entendi plenamente o seu significado. No entanto, confiei naquelas palavras, no sacramento do Matrimônio. Desde então, todas as manhãs recito uma Ave Maria a Nossa Senhora, como ele me aconselhou, para que seja possível construir, com Marilena, a Igreja; numa palavra, para que seja possível viver. Na consciência da minha pobreza, estou consciente de que aquele conselho de Giussani e aquela prece matinal a Nossa Senhora são o sentido e a consistência da minha vida. Nossas filhas – Lúcia, Clara e Francesca – são a transparência humana da grandeza e da bondade daquele encontro. A Nova Escola, em Pesaro, a Universidade em Milão e em Lugano, com a experiência do CLU, os namoros, os casamentos, os netos, com que o Senhor nos presenteou, são os frutos evidentes, os milagres daquele meu “sim” trepidante mas cheio de espera, naquele primeiro encontro com o meu caro Dom Giussani.
Giorgio,
Pesaro – Itália


Sínodo dos Bispos
Mensagem às comunidades de CL

Milão, 27 de setembro de 2005.

Caros amigos,
O Santo Padre nos ofereceu uma nova demonstração de estima por nossa experiência ao me nomear membro da Assembleia do Sínodo dos Bispos, que se realizará em Roma de 2 a 23 de Outubro
sobre o tema da Eucaristia.
Ver que o método educativo do padre Giussani e a história de amizade cristã por ele iniciada são julgados úteis para a autoconsciência da Igreja universal nos enche de comoção e de responsabilidade.
Peço-lhes que orem a Nossa Senhora pelo êxito da Assembleia sinodal e para que a minha consciência, e a de cada um de nós, seja sempre mais dominada pela gratidão ao acontecimento de Cristo presente, do qual o Santo Padre é o sinal supremo, e pela vontade de empregar toda a nossa existência a fim de que a vida da Igreja floresça no mundo como abraço de esperança para todo homem.

Agradeço-os um a um,

padre Julián Carrón

 
 

Credits / © Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

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