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Passos N.161, Agosto 2014

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“Nunca a guerra! Parem, por favor!Peço-lhes de todo o coração”

Caros irmãos e irmãs, amanhã recorda-se o centenário do início da Primeira Guerra Mundial, que causou milhões de vítimas e imensas destruições. Tal conflito, que o Papa Bento XV definiu como um “massacre inútil”, levou, depois de quatro longos anos, a uma paz ainda mais frágil. Amanhã será um dia de luto na recordação deste drama. Enquanto lembramos este trágico evento, faço votos de que não se repitam os erros do passado, mas se tenham presentes as lições da história, fazendo sempre prevalecer as razões da paz, mediante um diálogo paciente e corajoso.

Em particular, o meu pensamento se dirige a três zonas de crise: a médio oriental, a iraquiana e a ucraniana. Peço-lhes que continuem a se unir à minha oração para que o Senhor conceda às populações e às autoridades daquelas áreas a sabedoria e a força necessárias para levar em frente, com determinação, o caminho da paz, enfrentando cada disputa com a firmeza do diálogo e da negociação e com a força da reconciliação. Que no centro de cada decisão não sejam colocados os interesses particulares, mas o bem comum e o respeito por cada pessoa.
Lembremos que tudo se perde com a guerra e nada se perde com a paz.

Irmãos e irmãos, nunca a guerra. Nunca a guerra! Penso sobretudo nas crianças, das quais se tira a esperança de uma vida digna, de um futuro: crianças mortas, crianças feridas, crianças mutiladas, crianças órfãs, crianças que têm como brinquedos resíduos bélicos, crianças que não sabem sorrir. Parem, por favor! Peço-lhes de todo o coração. É hora de parar! Parem, por favor!

(Papa Francisco, após o Angelus, 27 de julho de 2014)