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Passos N.95, Julho 2008

SOCIEDADE - ISRAEL | ENTRE HISTÓRIA E POLÍTICA

Sessenta anos de História e conflitos

1947. Milhares de judeus migram para a Palestina; a ONU, com a Resolução 181, propõe uma divisão dos territórios a oeste do rio Jordão em dois Estados (judeu e muçulmano).
1948. Final do mandato britânico na administração da Palestina. Dia 14 de maio nasce o Estado de Israel. Jerusalém é dividida em duas partes, a israelense e a árabe. No dia seguinte, Egito, Líbano, Jordânia, Síria e Iraque invadem Israel, que em agosto desfere um ataque vitorioso.
1964. Nasce a OLP (Organização para a Libertação da Palestina), por iniciativa da Liga Árabe. Em 1969, Yasser Arafat assume o seu comando.
1967. De 5 a 11 de junho, guerra dos seis dias. Israel ataca Egito, Síria e Jordânia; conquista a Cisjordânia, a parte árabe de Jerusalém, o Sinai e as montanhas de Golan. A ONU aprova a Resolução 242, que prevê a retirada de Israel dos territórios ocupados; o governo israelense recusa-se a cumpri-la.
1973. Dia 6 de outubro, guerra do Yom Kippur. Egito e Síria atacam Israel, que responde com sucesso. Só depois de cinco anos, em Camp David (Estados Unidos), são assinados os primeiros acordos com o Egito, que levarão, em março de 1979, à restituição do Sinai.
1987. Primeira Intifada. Nos territórios ocupados, a população árabe-palestina promove um levante, desencadeando a guerrilha. No ano seguinte, Arafat reconhece Israel e proclama o nascimento do Estado árabe-palestino, como indicado pela ONU em 1947.
1994. O primeiro-ministro israelense, I. Rabin, é assassinado em Tel Aviv por um extremista judeu.
1999-2005. Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP) tentam, várias vezes, percorrer a estrada do diálogo, mas não conseguem chegar a um acordo. Em setembro de 2000, A. Sharon, líder do partido conservador israelense, faz uma caminhada provocativa pela esplanada do Templo de Jerusalém, lugar santo para os muçulmanos, desencadeando a segunda Intifada. Aos ataques camicases Israel responde com carros armados e bombardeios. Dia 9 de julho de 2004, a Corte Internacional de Justiça de Haia condena a construção do muro na Cisjordânia. O fortalecimento da barreira havia começado um ano antes, por iniciativa de Sharon, para defender Israel dos ataques terroristas dos palestinos. Morre Arafat, em novembro. Em agosto de 2005 começa a retirada de Israel de Gaza, entregue à ANP em outubro.
2007. Novembro, conferência de Annapolis, no Estado americano de Maryland, que termina com um esperançoso compromisso de estabelecer um acordo de paz até 2008.