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Passos N.74, Julho 2006

CARTAS

Cartas

A espera dos Exercícios
Caros amigos, não tem como não partilhar a experiência que vivi nos Exercícios da Fraternidade deste ano, que responde tanto as exigências do meu coração. Tem uma frase de um amigo que diz “Somos mais fortes quando esperamos”, e isso é a pura verdade. Esperar pelos Exercícios é algo inexplicável, que me sustenta durante o ano todo. Quando vai chegando mais perto são muitas as tribulações e dificuldades que me envolvem, de tal forma que começo a gritar: “Senhor, Tu sabes como é importante estar diante de Ti através do Movimento, Tu sabes como eu sou, sabes do meu desejo de justiça, de beleza e de felicidade, sabes a sede que tenho em Te conhecer cada vez mais, sabes que preciso tocar e olhar as experiências das pessoas”. Isso é vital e esse é o grito constante da minha alma para poder estar ali naquele momento junto com vocês. Ouvir aquelas músicas para entrar no salão é algo surpreendente, porque diante do meu nada, tenho certeza do tudo que me espera. Sinto-me uma criança quando o pai atende seu pedido, como o vigia que espera pela aurora. Obrigada don Gius, obrigada padre Julián e a todos vocês que são responsáveis por essa beleza que corresponde tanto ao meu coração. O mundo precisa disso: Alguém que nos abrace por inteiro, que nos valorize de um jeito que nem imaginávamos existir, que nos faz ter a convicção de que vale a pena viver. Entre muitas coisas que o padre Julián falou, me chamou atenção sobre o Batismo. Eu me sinto privilegiada, pois meus pais me batizaram no dia em que nasci. Fui agarrada por Cristo no meu primeiro dia de vida neste mundo. É lindo tomar consciência dessa grandeza, de Alguém que se instalou em mim. Apesar dos acidentes de percurso da minha vida prevaleceu isso: fui abraçada, nada e ninguém apaga ou diminui isso em mim.Vocês não imaginam como isso se torna real em todas as circunstâncias. Como era urgente aquietar meu coração e ter certeza de que o que eu tenho de mais caro na minha vida é o meu próprio eu. Colocar isso em evidência faz com que tudo adquira um outro sentido. Por causa dessa Presença, dessa grande amizade que nos foi dada, me sinto muito grata a Dom Giussani. Nunca me senti tão feliz! Esta felicidade que não depende de mim, estava sempre ali bem perto, e me faz lembrar do ano passado: “Eu sou o mistério que falta em todas as coisas que você experimenta”. Quando conversei com minha filha Gabriela, nós nos emocionamos com o grande presente que recebemos conhecendo o Movimento. Bom, diante da minha espera, ao final do encontro ouvir o coral cantar belissimamente Regina Coeli, foi como saciar a minha alma: “Tudo para mim fostes e és”. Obrigada a todos vocês por nos tornar familiar ao Mistério.
Auxiliadora, Soledade de Minas – MG

Ânsia de cultura
Caro padre Carrón, no início do curso de Sociologia da Educação, o professor perguntou: “Quem de vocês tem ânsia de cultura?”. Em poucos levantamos as mãos. O professor escreveu na lousa: “Mas que ânsia?”. No final da aula eu lhe disse: “Fiquei provocada pela sua pergunta, quero lhe explicar qual é a minha ânsia”. Entreguei-lhe um pequeno texto que escrevera, que ele quis ler comigo, onde eu dizia que a cultura estava, inclusive etimologicamente, ligada à educação e que é esta que me interessava, até porque estava estudando para me tornar professora. Também falei da necessidade de se ter um mestre. No final da nossa discussão, o professor me disse: “Alguém que fala assim encontrou, certamente, um mestre”. No outro encontro, levei o número de Tracce (Passos em italiano; nde) que trazia em anexo o Dvd de Dom Giussani sobre "Educar é um Risco". No final de cada aula, durante um certo tempo, me dizia que não tinha tempo para assisti-lo. Então levei um livrinho com a transcrição da conferência. Na segunda-feira seguinte, ele me disse: “Você tem razão. É muito interessante. Existem trechos, inclusive, comoventes. Fiquei tocado pelo fato de um sacerdote ter esta desconfiança em relação ao Poder”. Sorri,
o texto o havia tocado positivamente. “Professor, se lhe parecer interessante, podemos discutir sobre isso”. “Tudo bem”. Quando nos encontramos novamente, levei o livro "Educar é
um Risco
". Fiz com que ele encontrasse, no meio do livro, o Manifesto pela Educação e pedi que ele o lesse. Ele o fez junto comigo e não houve parágrafo em que não se detivesse para dizer que estava de acordo, para aconselhar-me um livro ou para me pedir algum esclarecimento. Convidei-o para participar da projeção do Dvd na Faculdade. Na manhã do dia em que assistiríamos ao Dvd, ele abriu a aula de Sociologia da Educação com comentários sobre Dom Giussani. O professor decidiu usar a apresentação do vídeo como sendo um “seminário” dizendo que colheria a assinatura daqueles que tinham presença obrigatória naquela aula. Meu coração explodia de maravilha e gratidão. Ele tinha colocado o Dvd como parte integrante do seu curso. Depois da projeção, ele começou um debate, que nós não havíamos planejado. Tinha escrito – no escuro – duas páginas com anotações sobre coisas que tinham chamado sua atenção, que não estavam claras ou com as quais não estava de acordo. A aula seguinte também começou com o nome de Dom Giussani. O professor estava “desgostoso” porque poucas pessoas tinham ido à projeção – embora, na realidade, o número de pessoas presentes tenha superado minhas expectativas – e reforçava a importância da mensagem educativa de Dom Giussani. Embora estivéssemos no final das aulas, repetiu os pontos importantes da conferência e chamou a atenção para alguns pontos críticos que tinha destacado. Para a última aula do curso, ele me escolheu para fazer um relatório crítico sobre um texto que eu tinha deixado de estudar. Depois de lê-lo, me dei conta de que ele tinha me escolhido para elaborar aquele ensaio de propósito, para que eu falasse novamente, na aula, sobre educação, da mesma forma como eu tinha falado com ele. Assim, eu me vi praticamente “concluindo” o curso de Sociologia da Educação para Letras Modernas, Filosofia e Serviço Social falando do grande desafio educativo assim como eu aprendera.
Teresa, Palermo – Itália

No coração do carisma
Desde o ano passado temos feito Escola de Comunidade na Zona Leste da cidade, na comunidade do padre Ticão. Há pouco tempo um casal, Lina e Gilmar, veio conhecer o grupo e nos contaram o quanto gostam de música. Por isso os convidamos para participar do Encontro de Cantos do Movimento, no Rio de Janeiro. A intenção era a de que eles pudessem aprender algumas das nossas músicas “direto da fonte” e que depois pudessem cantar nos nossos encontros. Então, um grupinho de amigos se juntou para ajudá-los a pagar as despesas e lá foram eles. Voltaram absolutamente fascinados! Eles, que nunca foram a um retiro do Movimento, que nunca ouviram uma música nossa, que mal nos conhecem, que gostam de rock e que já estão acostumados a ajudar com os cantos da Igreja na comunidade do padre Ticão, voltaram dizendo que lá se sentiram no paraíso. Ficaram fascinados com a perfeição, com a voz das meninas, com o canto gregoriano (imagine, um fã de rock que ficou fascinado pelo gregoriano!), com a humildade de todos, com o modo como se corrigia até uma única nota cantada errada, com as belas músicas brasileiras, italianas e americanas, com a unidade entre as pessoas. A beleza dos cantos e do gesto como um todo os tocou profundamente. Disseram que nunca tinham visto nada parecido e que desejam demais que a comunidade aqui cante assim também. Enfim, não aprenderam uma música sequer (porque eram muitas e todas eram novidade), mas pegaram tudo o que de melhor poderia haver. Tudo o que é fundamental eles perceberam: a unidade, o seguir, a beleza, a riqueza da tradição, um povo que canta. Pegaram o coração do nosso carisma! E, de qualquer forma, já têm um livrinho com as notas e depois vão receber um CD. Através do olhar sincero e maravilhado deles, fica claro a grandeza deste gesto tão simples, que muitas vezes entre nós corremos até o risco de negligenciar. Ao retornar, a Lina me escreveu: “Peço as suas orações, para que o Senhor continue a levar em frente a boa obra que começou entre nós”.
Cristiane, Santos – SP

Fraternidade
Caríssimo padre Carrón, recebi a carta avisando que o meu pedido de adesão à Fraternidade de CL foi aceito. Para ser sincero, eu já tinha me inscrito na Fraternidade no final da Universidade, depois de ter feito a experiência dos colegiais e do CLU, mas só ultimamente me dei conta de que tal escolha era ditada unicamente pela fidelidade a um caminho vivido como moralismo, como decisão ética. Depois, durante alguns anos, vivi à margem da nossa companhia: permaneci fiel a alguns instrumentos como a leitura de Passos e os textos da Escola de Comunidade. Mas tudo isso sem me envolver com a comunidade, sem o desejo de estar junto com os outros, porque “os outros” não eram coerentes e não respon-diam às imagens que eu fazia de Igreja. Com um gesto de soberba pedi, então, o cancelamento da minha inscrição na Fraternidade porque a realidade não era como eu queria. Foram anos difíceis, tristes, cansativos, mesmo fazendo sempre muitas coisas com generosidade e altruísmo, buscando na paróquia a satisfação de uma necessidade de Deus que sempre permaneceu em meu coração. Acho que foram as orações e a presença de minha mulher que me levaram, há alguns anos, a compartilhar novamente a experiência que tinha me fascinado quando encontrei alguns colegiais no início do ensino médio. Depois da morte de Dom Giussani, decidi que não podia mais gastar a minha vida partindo sempre de mim mesmo e, assim, apostei novamente no Movimento porque sei que só aqui tenho a certeza da correspondência ao meu desejo de verdade. Retomei, então, com humildade e alegria, a vida da minha comunidade com a cons-ciência de que a minha adesão a Cristo ou passa pelo humano, meu e da companhia, isto é, da Igreja, ou volto a me tornar a minha própria medida.
A verdadeira graça, porém, foi reencontrar amigos, aqueles rostos que me acompanharam do colegial ao CLU, que nunca tinham me abandonado mesmo na vida adulta e que, agora, aos 50 anos, tenho a cons-ciência de que são a modalidade histórica e real com a qual eu posso permanecer em Cristo e com a qual a Igreja vive.
Giancarlo, Varese – Itália

Partir para a África
Caríssimo padre Carrón, no último Natal, meu marido decidiu analisar uma proposta de trabalho da AVSI na Uganda. Quando Massimo me perguntou o que eu achava, disse que ele verificasse e fosse a fundo... na tranqüilidade de que, em missão, vão apenas os “melhores”. No entanto, eu errei! Cristo chama todos, mesmo os mais fracos, como eu. De fato, meu marido resolveu aceitar. Temos três filhos e, em relação a eles, achava que esta situação carregava muitas objeções. Massimo, porém, na sua simplicidade, me disse: “O que você deseja para nossos filhos? Uma bela escola? Uma bela casa? Uma vida tranqüila? O que poderia nos faltar se nos mudássemos para a África?... Nós, no fundo, temos tudo, em qualquer lugar que estejamos, temos Cristo!”. Isso me provocou! Pela primeira vez entendi seriamente o que significa a unidade e o valor do casamento, o nosso caminho de marido e mulher e de pais. Assim, avaliamos tudo, levando em conta todos os fatores e os pressupostos neces-sários para a transferência (casa, escola etc.) e, ajudados pelos amigos, decidimos partir. Massimo foi para Kampala em fevereiro e nós nos juntamos a ele em junho. Alguns amigos tinham nos colocado outras objeções: “Massimo deve deixar um trabalho garantido aqui porque, como poderão manter a família quando voltarem? Depois, pensem na educação de seus filhos... E, você, Betty, o que vai fazer todos os dias uma vez que não tem trabalho?”. Todas essas advertências foram úteis, sob um certo ponto de vista, porque me ajudaram a olhar para frente. Antes de tudo, sobre a educação dos filhos, é verdade que procuramos uma escola que pudesse nos ajudar a acompanhá-los na realidade partindo da nossa tradição cristã, mas não podemos pedir à escola que nos substitua no papel de pais/educadores. Marinella, uma amiga viúva que está dirigindo a empresa do marido, assim que soube de nossa decisão nos disse: “Não se preocupem, se vocês precisarem, quando voltarem, encontrarei um lugar para Massimo mesmo que seja como porteiro do armazém!”. Os amigos de Muggiò, minhas irmãs, meus pais, todos, nestes meses em que fiquei sozinha, me acompanharam cotidianamente. A minha casa tornou-se o lugar de encontros para estudar o livro Educar é um Risco. André e Milena hospedavam meus filhos quando eu precisava. Marta, André, Paola, Claudia, Miriam, Dany, Michela e Luisa... me ligavam todos os dias para saber se eu estava bem ou só para dizer olá... que companhia em Cristo!
Betty, Itália

Doar a si mesma
Jorge, do Rio de Janeiro, nos enviou esta carta que recebeu de sua amiga Fabiana.
Caro amigo Jorge, gostaria de ligar, mas o que tenho para dizer é muito importante e não quero esperar mais. O Fundo Comum sempre foi uma coisa importante na minha vida, sei que é um gesto onde não cabem discursos, mas fazer esse gesto livre e estar em unidade com o meu marido também era difícil, porque passamos por dificuldades financeiras e ele, além de ter medo de que nos falte o essencial, não via a coisa como eu. Por isso, esses últimos Exercícios foram decisivos para o Fernando entender também a importância do Fundo Comum, não pela quantidade, mas pela fidelidade ao gesto, como aprendi. Ele me disse que quando ouviu o padre Carrón falar sobre isso foi como se tivesse levado um tapa na cara, mas que fez bem! Conversamos sobre isso e decidimos juntos e livres ter empenho com o gesto. Estávamos no início de maio, com pouco dinheiro, pra variar, pagamos o aluguel, o carro e outras prioridades, e separamos a parte do Fundo Comum, mesmo deixando algumas contas penduradas. Eu olhei nos olhos do Fernando, e pedi que ele tivesse fé, pois eu tinha certeza de que me apareceria mais trabalho. Conclusão: chegamos ao fim do mês com todas as contas em dia. Vão aparecendo despesas extras e vão surgindo trabalhos extras também. Apareceu-me, agora, uma possibilidade de trabalhar em outro lugar, onde vou ter uma comissão melhor. Seja como for, quero confiar toda a minha vida a Cristo. Para alguns pode ter sido um ato irresponsável, mas para mim foi um ato de fé. Antes eu separava o dinheiro do Fundo Comum e acabávamos mexendo, pra comprar o essencial mesmo. Agora, aconteça o que acontecer, o dinheiro do Fundo Comum é sagrado, e que bom que o Fernando entende isso e está cada vez mais dentro da Fraternidade. Para mim empenhar-me com o Fundo Comum é oferecer-me a mim mesma. Dou a minha parte porque dou a mim mesma. E “liberdade e dom de si são sinônimos”.
Fabiana, Arouca – Portugal

Encontros na biblioteca
Há alguns meses, a minha atenção foi atraída por um dos tantos panfletos afixados nas paredes da faculdade. O argumento, porém, era insólito; tratava-se de um Manifesto pela Educação no qual citava-se o livro de Dom Giussani, Educar é um Risco. Anotei, comprei o livro e comecei a lê-lo. O encontro com Teresa foi casual, na biblioteca da faculdade. Ela estava sentada perto de mim e, entre seus apontamentos, vi o Dvd de uma palestra gravada de Dom Giussani. Perguntei-lhe como tinha feito para consegui-lo e ela me deu uma cópia de Passos, convidando-me a um encontro que haveria numa sala da faculdade. No dia seguinte fui à reunião e me encantei com aquela comunidade na qual todos podiam falar e expressar as próprias idéias com espontaneidade, sem censurar os próprios pensamentos e o próprio coração, sem medo de serem julgados. Naquela reunião compreendi que com eles poderia dar resposta aos por quês que explodiam desde sempre dentro de mim e conseguiria dar um pouco de paz a esta minha alma que parece sempre à procura de nem sei o quê. Desde aquele dia, faço de tudo para estar com eles e aproximar-me do Movimento. Faz uma semana, conheci padre Mimmo e aconselhada por Teresa fui conversar com ele. Estava incerta, pois já me parecia ser um período escuro na minha vida e deveria pedir conforto e ajuda a um sacerdote, e tudo se concluiria com aquele único encontro. Mas ele, ao contrário do que eu imaginava, se interessou por mim, deixou-me falar e soube escutar-me. Pedi-lhe que me acompanhe, que me indique o bom caminho e a sua resposta foi um abraço.
Cristina, Gênova – Itália

Aviso na Escola de comunidade
Em outubro, ao final da Escola de Comunidade, foi dado um aviso referente às Famílias para Acolhida no qual se dizia que procuravam famílias de confiança para adotar duas gêmeas, Anna e Viola (nomes fictícios; nde) de 11 anos. Chegando em casa acordei Paolo e lhe perguntei se e por quê este aviso não poderia estar sendo feito exatamente a nós. A resposta foi: “Por que não?”. Passados alguns meses, dentro de alguns dias Viola entrará na nossa família e Anna na de dois amigos fraternos, também provocados pelo meu relato daquele aviso dado na Escola de Comunidade. Seguramente é a história de um sim sincero, um pouco inconsciente, mas simples e, pelo fato de ser simples, também muito decidido... levado a sério pelo Senhor e pelas Famílias para Acolhida. Isto já mudou e depois mudará a nossa vida e a de nossos filhos naturais. Posso contar o bem que este percurso fez a Paolo e a mim, a Ricardo e a Maria, o maravilhamento, o trabalho, a espontaneidade e a disponibilidade dos nossos filhos; a amizade e a companhia de nossa Fraternidade; as orações feitas pela intercessão de Dom Giussani, João Paulo II, Santa Brígida e todos os nossos amigos santos. Uma coisa, em particular, despertou o meu coração, afastando o meu olhar para além do redemoinho de coisas a providenciar: as duas Assistentes Sociais (que não são do Movimento), no encontro decisivo de idoneidade da confiança, nos disseram: “Dois são os pontos fortes de vocês que nos fazem confiar-lhes as gêmeas: a companhia das Famílias para Acolhida e o fato de pertencerem ao Movimento Comunhão e Libertação”. São os pontos com os quais contávamos também nós.
Cristina, Itália

Acontecimentos
Cristiane, de Santos, nos enviou este e-mail que recebeu de sua amiga Aline
Oi, Cris, (...) estou tentando ir à missa todo dia, por ter ouvido – de novo! – a Ana Lydia falar na Assembléia dos adultos que é uma questão de decisão, não de tempo, e também pelo exemplo de alguns amigos. Minha avó mora do lado da Igreja e eu deixo o carro no prédio dela, então vou visitá-la com freqüência. Outro dia ela tinha acabado de receber a revista Passos e falou: “dessa vez tem coisa da Itália, de uma porção de lugares do Brasil, de gente de loooonge! Como tem gente que participa desse Movimento, né?”. Falou das fotos, de como a revista é bonita e disse “deve sair caro!”. Hoje levei a minha dissertação para ela ver, e ela viu o trecho em que agradeço à Melissa e ao Márcio por “me ensinarem a beleza do gerar”, e comentou sobre a carta que eles mandaram para Passos, há um ano atrás! A Assembléia foi providencial no domingo – em que começou a semana da minha defesa! – especialmente por algumas frases que colei dentro do carro, na parede do meu quarto e na tela do meu computador. Uma delas é: “Não tenhas medo. Continue falando e não te cales, porque Eu estou contigo”. A missa diária também tem me ajudado bastante. Segunda-feira cheguei na Igreja e tive maior surpresa: o Miguel estava lá! Eu esperando uma mera resposta de e-mail, lá de Belo Horizonte, e ele aqui, do meu lado no banco da Igreja! “Eu sou Tu que me fazes”. A única coisa que tenho feito é aderir ao que me dizem. E o Senhor responde!
Aline, São Bernardo - SP