Bento XVI recebeu em audiência, esta manhã (14/10), no Vaticano, o presidente da Fraternidade de Comunhão e Libertação, padre Julián Carrón, nas vésperas do encontro "Novos Evangelizadores para a Nova Evangelização", promovido pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização.
Entrevistado por Alessandro Gisotti, da Rádio Vaticana, padre Carrón falou sobre os desafios da nova evangelização: "A primeira coisa que desejo expressar é toda a gratidão e comoção por esta oportunidade que o Santo Padre me deu para estar com ele neste encontro, porque foi a possibilidade para lhe contar como - neste momento de dificuldades no qual nos encontramos pela situação social, cultural e econômica - estamos vendo que quando uma pessoa verifica a fé na própria circunstância de vida, isso faz florescer um tipo de pessoa que nos deixa sem palavras. Poder compartilhar com ele o viver a fé, como ele o testemunha, foi um verdadeiro consolo".
Qual é a importância deste encontro? Qual é a importância do desafio, lançado pelo Papa, da nova evangelização?
“É um desafio histórico, porque é um desafio que o cristianismo moderno tem diante da situação histórica na qual somos chamados a viver. Nós somos chamados a testemunhar a fé, a beleza da fé em meio a uma situação na qual muitos pensam que sabem o que é o cristianismo e já decidiram que não é interessante para a vida. O verdadeiro desafio da nova evangelização é mostrar que não é bem assim. E não porque recriminamos os outros porque não entendem, mas porque nós devemos encontrar maneiras para fazer resplandecer a beleza da fé na vida cotidiana".
A relação entre Evangelho e cultura é fundamental para a nova evangelização. Este é um assunto muito caro a Dom Giussani.
“Sim, como também era caro a João Paulo II. Uma coisa que ficará marcada em nós para o resto da vida é que uma fé que não se torna cultura não é uma fé realmente acolhida e amadurecida. O grande desafio que o cristianismo moderno tem pela frente – para usar uma expressão que anos atrás foi usada pelo então cardeal Ratzinger – é superar a fratura entre o saber e o crer. Este, na minha opinião, é o grande desafio que todos temos diante de nós".
(da Rádio Vaticano, 14 de outubro de 2011)
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