No início ou depois de quarenta anos de matrimônio, a pergunta permanece a mesma: pelo quê estamos juntos? Não há afinidade, projeto, boas intenções que sustentem o relacionamento, a não ser o dom total de si. Pelo amor de um Outro. Cinco famílias contam sua história
ANNA LISA E PASQUALE
Tudo parecia bem definido para Pasquale e Anna Lisa. O concurso para juiz para ele, o exame da ordem dos advogados para ela. Sim, havia o problema da distância: ele em Salerno e ela em Milão temporariamente para um estágio. Ver-se uma vez por mês não era o máximo, mas depois tudo seria resolvido, com a volta dela à cidade de origem. Provavelmente se casariam. Mas... Mas, em março de 2008, durante um almoço, Pasquale conhece Alessandro Mele que lhe fala sobre famílias que vivem a acolhida na Associação Cometa de Como, da qual é diretor (ver Passos n. 57, dez/2004, pp.28-31). No fim, o convite: “Quando estiver em Milão, venha me ver”. Ele vai um domingo, com Anna Lisa. Há a beleza do lugar, as crianças... Mas o que impressiona os dois é o relacionamento entre os casais que criaram a Cometa, entre Erasmo e Serena, Cente e Marina, entre marido e mulher. Pasquale conta: “Pensei: eu, daqui a vinte anos, quis ter aquele mesmo olhar”. Começa uma atração. Eles voltam lá sempre que ele vem a Milão. Anna Lisa acrescenta: “A imagem que tínhamos do nosso relacionamento, fechados em nós dois, aos poucos se quebrava. Naquele lugar, com aquelas pessoas havia a realização da nossa felicidade”. Tudo muda. Até decidirem, depois do concurso e do exame, não voltar para Salerno. Em outubro de 2009 casaram-se em Como.
Depois de vinte dias, chega o primeiro pedido para hospedarem de um menino que frequenta a escola Oliver Twist, da Cometa. A este pedido, seguem-se outros em poucas semanas. Depois, em janeiro, chega o primeiro pedido de custódia para Mahmoud, recém-chegado à Itália, 17 anos, egípcio, muçulmano. Não tem ninguém e deseja encontrar uma família. “Queria alguém que o ajudasse a se tornar homem“, explica Pasquale. E eles, jovens esposos, dizem sim. Anna Lisa continua: “a custódia é uma experiência de total gratuidade, mas diferente da simples hospedagem, é um pedido de paternidade. O “sim” tem dentro a graça de Deus, que muda a própria medida. Ajudados pela companhia das famílias da Cometa, tudo se tornava possível. O relacionamento entre marido e mulher assume uma radicalidade extrema”. Mahmoud pergunta a razão de cada escolha, de cada decisão. Não é sempre fácil responder às suas provocações. Alguns meses depois, contando sua história no jornal da escola, escreve: “Agradeço minha família adotiva porque me ensinou o que significa amar a verdade”. Esta é a paternidade. “A um filho, natural ou adotivo, a única coisa que se pode oferecer, é o encontro com aquilo pelo qual vale a pena viver”. Em julho do mesmo ano a família deles acolhe Marco (nome fictício), sete dias de vida. Não há razões a dar, não há o que discutir. Marco precisa de tudo. “Eu, que não sabia nem trocar um recém nascido, me vi cuidando dele à noite”, lembra Anna Lisa. Nós o vemos crescer, dizer as primeiras palavras... Mas sabemos que o estamos apenas acompanhando para entrar em outra família. “Isso seria humanamente impossível sem a consciência de que o bem daquele filho não é você”. Marco fica com eles um ano. Depois, a separação. Existe a dor, mas não escândalo. É um acompanhamento ao destino que, para eles, também implica ajudar os novos pais adotivos a conhecê-lo, a estar com ele. “O paradoxo da custódia está nisto: se realiza quando você desaparece”. No Batismo, depois de três meses com a família adotiva, eles o reveem. Marco procura os braços da nova mãe, não os de Anna Lisa. “Parece impossível, mas naquele momento eu tinha o coração em paz”. Hoje Anna Lisa e Pasquale esperam um filho natural. Riem quando alguém lhes diz: “Agora, finalmente, terão um filho de vocês”.
TERESA E ALDO
O primeiro encontro acontece em 1966, em uma reunião do PCI. “Ela era a mais bonita”, diz Aldo. “Ela” é Teresa De Grada, filha de Raffaele, famoso crítico de arte, representante de relevo do partido, criada a pão e cultura. “Ele” é Aldo Brandirali, comunista convicto, fundador de “Servir o Povo”. Para ambos, o partido é o ideal encarnado de um bem ao qual dar tudo. Por isso, Teresa, colocando em ação o “principio de coletividade”, com o consentimento do pai coloca seu patrimônio à disposição: quadros, obras de arte e até o apartamento são vendidos, para escândalo do mundo cultural milanês. Ela não se importa, tudo por aquele ideal.
Em 1972 se casam. Não na igreja, nem no cartório. O rito é celebrado pelo próprio Aldo, diante dos companheiros. Teresa lembra: “Queríamos afirmar que o nosso relacionamento servia para aumentar as nossas possibilidades de trabalhar pela revolução, pelos outros. Por isso, era para sempre”. “Havia uma tendência ao humano que, de uma forma equivocada, apontava para a verdade”, reforça Aldo. Mas aquele ideal, de fato, não tem corpo. É só ideologia, que perde a consistência e corre o risco de cair na subversão. Aldo se dá conta disso e, em 1975, se desliga de “Servir o Povo”. O mundo parece desmoronar. “Eu queria deixar tudo. Até Teresa, mas ela, lutando, continuava me dizendo que na vida há certezas, que a verdade existe”. Pelo quê tínhamos nos casado? A paixão acaba. Nosso relacionamento era doar-se um ao outro. Tendíamos a uma idealização às vezes confusa, sem nome”.
Não têm dinheiro, trabalho, casa. Recomeçam.
Em 1982, Aldo convida Dom Giussani para um encontro em um porão na rua Torino com o título: “Relação entre revolução e religião”.Depois de poucas frases, Giussani exclama: “A coisa mais bonita que existe é o entusiasmo”. “Exatamente aquilo que sentia se apagar em mim”, conta Aldo. “Ele me conhecia mais do que eu mesmo. Aquele olhar abriu meu coração”. Não o deixa mais. Começa a amizade e as discussões acaloradas com os novos amigos. E o caminho da conversão. Teresa o segue de longe: “Estava um pouco desconfiada, mas contente porque este era um âmbito mais humano. Havia aquelas perguntas tão importantes: por que estamos no mundo? Quem somos? Li, reli e amei O senso religioso. Fui com Aldo a casamentos, batismos e o acompanhava à missa. Sempre havia uma frase do Evangelho dita especialmente para mim”.
Em 1994, casaram-se na igreja. Uma cerimônia mista, porque Teresa ainda não tinha se convertido. “Fizemos o curso de noivos e eu percebi que a conversão, a fé, trouxe a Aldo uma humanidade mais rica, mais completa”. Teresa chorou durante toda a cerimônia. “Revivi a nossa história. E quando o vi comungar, compreendi que o Senhor também estava me tomando pela mão”. Alguns dias depois, disse a Dom Giussani: “Casei-me com Aldo, mas não me converti”. Ele respondeu: “Você precisa sentir-se livre”. Para Teresa, foi uma reviravolta. “Eu não era mais a filha de De Grada, a mulher de Brandirali. Era Teresa, invadida por uma paternidade amorosa. Você pode confiar, ou melhor, se entrega porque alguém olha por você. Alguém que nos quis juntos, nós, tão diferentes. Não há mais nada para inventar”. Aquela tensão humana sempre experimentada tinha encontrado seu caminho. Teresa se confessa, faz a Primeira Comunhão e recebe a Crisma. Chega o tempo da paz, sempre buscada e agora doada. Que continua. Hoje, Aldo deixou a vida política institucional, embora ainda a viva como empenho no presente, e começou novos trabalhos, enquanto Teresa, como presidente, acompanha a Associação “Diversamente”, que dá apoio a familiares de pessoas com problemas psicológicos.
MARCIE E PETER
Marcie enxuga as lágrimas enquanto olha pela enorme janela da cozinha. Fora, no quintal da casa de madeira às margens do lago Serpent, em Minnesota, estão quase cem pessoas. Vieram de Crosby, de St. Paul e de Rochester para um grande churrasco. “Estavam todos em volta do fogo, cantando, adultos e crianças. Entendi, olhando aquele momento, que eu e minha família fazíamos parte de um povo e me comovi”. Além da comoção, há também a gratidão por aquele dia de 1984 em que ela e Peter se casaram. Tiveram sete filhos, muitos momentos felizes e alguns difíceis, mas o que emerge das histórias da vida dessas nove pessoas é a presença de outro protagonista, “um Outro com ‘o’ maiúscula”, diz Marcie, “um Outro se juntou a nós: foi isso que nos sustentou no tempo. Quando a vida se complicou, a fidelidade foi sobretudo de Deus, que não permitiu que nosso coração se cansasse de desejar”. Em 1998, a família Stokman foi obrigada a se mudar de Crosby para St. Paul por motivos de trabalho. “Naquela época, eu já tinha seis filhos. O maior, Jim, tinha doze anos. Margaret, a menor, apenas quatro meses. Peter estava muito ocupado com a especialização em cardiologia e eu achava que ele se interessava mais pela carreira do que pela família. Além do mais, sofria muito porque meu pai tinha acabado de falecer. Sentia-me abandonada, paralisada. Estávamos procurando uma paróquia onde pudéssemos fazer alguns amigos. Mas eu queria mais, queria um lugar ao qual pertencer. Todas as manhãs, assim que me levantava, rezava: ‘Senhor, na sua grande Igreja, dê um lugar para minha família!’ ”. E assim foi. Em algumas semanas, Marcie, Peter e seus seis filhos estavam no carro na estrada para Rochester. Bill Vouk, que conheceram alguns dias antes em um Batismo, os convidou para um encontro. “Foi uma palestra sobre o ‘maravilhamento’ e, depois, um passeio. No caminho de volta me perguntava quem eram aquelas pessoas e o que tinha a ver todo aquele discurso sobre o ‘humano’ com a fé. Tudo bem, tinha sido bom, mas eu continuava hesitante”. Peter, ao contrário, não tinha dúvidas. “Ele me disse que eu devia olhar com seriedade para a necessidade que eu percebia para nós e para as crianças. Foi a decisão mais importante da nossa família, porque dali nasceram coisas que nunca poderíamos imaginar”. A casa deles se encheu. O que atraía amigos e vizinhos era o Book Club, um momento de leitura e reflexão em comum. “Todos tínhamos mais perguntas que respostas, mas isso nos fascinava e encantava os nossos filhos, que nos viam viver por algo maior que a nossa família. E, depois, eu e Peter abandonamos a preocupação da família perfeita. Não que antes fingíssemos, mas talvez nos faltasse a certeza deste Outro conosco e pensávamos que ser cristãos significasse nos esforçarmos para ser bons”. Marcie entendeu isso sobretudo em relação aos filhos: “Houve um período pesado em casa. Um dos nossos filhos atravessou um período um pouco rebelde. Eu e Peter brigávamos sempre tentando chegar a um acordo sobre lidar com isso. Mas o verdadeiro problema era eu, porque estava escandalizada. Entendi que precisava voltar a abraçar meu filho no momento em que vi como meus amigos o abraçavam”.
FIORELLA E ORESTE
“Por que vocês não estão no hotel com os outros?” Fiorella, sentada com uma amiga na mureta diante da igreja de Varigotti, recebe o olhar austero do rapaz que está na sua frente. Nunca o tinha visto antes e o tom da pergunta não é dos melhores. Desafia-o: “Não tínhamos dinheiro para a estadia, mas queríamos vir para participar do Tríduo Pascal com Dom Giussani. Dormiremos aqui perto e viremos de carona”. O problema não era financeiro, mas ela gostava de fazer coisas alternativas. Exatamente o contrário de Oreste, que no dia seguinte a procurou para lhe dar uma fruta para comer. Dois anos depois, no dia 25 de fevereiro de 1967, subiram o caminho de Varigotti até a igreja de San Lorenzo para se casarem. Tinham pouco mais de vinte anos, com personalidades muito diferentes. Apenas um detalhe os aproximava: o encontro com o cristianismo. Mas isso, para eles, era tudo, porque tomou a vida deles de modo inesperado tornando-a plena. “No fundo, Fiò, é só por isso que estamos casados há 45 anos”, diz Oreste em voz baixa.
Vão morar no bairro de Olmi, extrema periferia de Milão onde não conhecem ninguém. A mudança é radical. “Fechada naquele lugar, distante dos amigos, sentia-me perdida”. De repente a diferença entre os dois explode, e começa a dificuldade de estarem juntos. Para ambos, viver cada dia carrega o peso dessa diversidade. O sonho idílico de uma vida em comum onde pudessem se entender só com o olhar, o amor como afinidade escolhida, aos poucos desmorona. Era a ideia de que um bastava ao outro. Começam as discussões e os silêncios pesados. Fiorella tenta organizar de modo perfeito a casa, o trabalho e os filhos, que nesse meio tempo, vieram. Suas vidas, muitas vezes, parecem correr paralelas: os encontros, os Exercícios, as amizades... Mas “não é viver, é sobreviver”. E isso, de qualquer modo, não consegue manter o relacionamento, que desmorona. Sufoca. O que fica de pé é a companhia paterna de Dom Giussani que, compreendendo até o fundo a dor deles, insiste sobre o desejo de bem que encontraram. Eles queriam que ele desse respostas, regras para “reordenar” o relacionamento. Mas ele nunca diz o que devem fazer. Um dia em que Fiorella estava descontente com tudo e com vontade de desistir, ele disse: “O apaixonar-se é o instrumento que o Senhor lhe dá para que você se dê conta do outro. Sem Oreste você não seria feliz. Sem ele, você não se salva”. Foi como uma espada que entrou rompendo definitivamente a ideia de que seria possível mudar o outro segundo os próprios sonhos. Porque Oreste é mais. “Pensei que não havia afinidades, gostos em comum que superassem o afeto que aquele homem tinha por nós. Como não lhe dar crédito? Disse a mim mesma: este é o meu tesouro”. A partir daí a vida não fica mais fácil, mas também não fica achatada. Cai a pretensão sobre o outro e, estando totalmente livre porque não espera mais nada, emerge uma inquietude, uma ironia diante das discussões e dos problemas que antes faziam perder a cabeça. É um caminho que leva ao essencial de si e do relacionamento. Nem sempre fácil, nem sempre tão claro. Um dia, Fiorella foi visitar Giussani. A sala estava fria e ela acendeu o aquecedor que estava num canto. “É assim que você deve fazer com Oreste: acender o aquecedor, amá-lo pelo que ele é. Um gesto gratuito que parte do bem do outro”.
Há quatro anos, Oreste adoeceu. Foi o momento, para ambos, de acender o aquecedor. A doença recolocou um nos braços do outro. Reencontram-se. Começam a conversar, a comer, a rir, a discutir... A cuidar um do outro. “Agora posso dizer que não tenho saudades de nada, este foi e é o melhor caminho. Porque não foi escolhido por mim. Meus sonhos eram muito menores do que a realidade”. E você, Oreste? “Sem ela eu estaria afogado na lama”.
CHIARA E SAMUELE
Os doces para escolher, o cardápio para se definir e a prova do vestido de noiva. Ele, agrônomo, ela, bióloga. Prontos para começar uma vida juntos. Depois, o imprevisto: uma proposta para trabalhar em Burundi pela Fundação Avsi, em um projeto para tornar mais produtivo o trabalho agrícola. Repentinamente, as prioridades do dia de Chiara e Samuele mudam. “Tínhamos pouco tempo para decidir, e mil dúvidas na cabeça”, conta Chiara durante um café na casa de seus pais, em Varese.
Para aliviar o coração, têm o amigo padre Michele e Patrizia, que viveu na África com seu marido Alberto durante anos: uma companhia para não se sentirem sós diante de uma ocasião maior do que qualquer expectativa.
Chiara e Samuele decidem: em setembro de 2010, dois meses depois do casamento, já estão em Ngozi, ao norte da capital Bujumbura: muita pobreza, nenhum amigo, um trabalho a ser descoberto. E os dois, recém-casados. Uma condição que, nos diz Samuele de Burundi por telefone, “ ‘obriga’ você a se acertar com sua esposa. Na Itália, eu tinha mil obrigações, meus espaços. Na África, só muito tempo”. Ou um é para outro instrumento para reconhecer o Senhor e aquilo a que nos chama ou a aventura africana é apenas uma grande perda de tempo. Também porque “normalmente voltava do trabalho insatisfeito. Não via os resultados esperados, sobretudo nos locais com os quais estava diretamente envolvido”. Padre Michele vai visitá-los: “Você não precisa mudar a África”, me disse. “Deve apenas responder àquilo que existe, com paciência”.
Uma das primeiras pessoas com quem fazem amizade é Irmã Bruna que dirige um centro para crianças e jovens de rua, “um dos pouquíssimos lugares cuidados e limpos”, diz Chiara. “A obra se chama Giriteka (traduzido significa ‘recupera a sua dignidade’) porque o que interessa a ela é que esses meninos se tornem homens”. Também é por causa dela que decidem se fixar em Ngozi e não na capital.
“Dezembro: descubro que estou esperando um filho. Preciso ficar de repouso e deixar de trabalhar com as adoções à distância. Sou inútil, pensava. Mas em casa, aos poucos entendi o que é a missão: não tanto ‘fazer’, mas estar como e onde o Senhor nos coloca”. Em agosto, nasce Giacomo, na Itália. O tempo para aprender a “lidar” com o recém-nascido e Chiara volta para a África. Em três, é outra vida. Giacomo acompanha a mãe também quando Chiara vai ajudar Irmã Bruna nas questões burocráticas da sua obra. Depois, em janeiro, enquanto estão viajando para ir encontrar os amigos ugandenses, Giacomo fica doente, tem problemas no coração. É transferido de avião primeiro para Nairobi, depois para a Itália. Mais uma vez as cartas em jogo são embaralhadas. Mas, por quê? “O que o Senhor está me pedindo, aqui, longe do meu marido?”, pergunta-se Chiara, que desde então vive na Itália enquanto Samuele está lá, no coração do continente africano. Raramente e por breves períodos consegue voltar. “Antes de me casar tinha uma ideia completamente diferente da vida com Samuele. Mas hoje digo que o casamento não é aquilo que imaginávamos”. Tanto que, apesar das dificuldades e da distância, “este ano e meio não foi um castigo e nunca pensamos: Se tivéssemos feito diferente...”. Samuele nos conta: “Nunca estou sozinho. Agora, por exemplo, está aqui um universitário que veio por causa de sua tese. Mas meu lugar é com a minha família. Há o desejo de voltar a estarmos os três em Ngozi, por causa das pessoas que conhecemos e das coisas que aconteceram. Burundi é realmente a nossa casa. Como nos disse padre Michele, aqui experimentamos a plenitude do amor de Cristo. Logo precisaremos decidir: ou a África ou a Itália. Muito dependerá da saúde de Giacomo. Mas uma coisa é certa: iremos aonde o Senhor quiser nos levar”.
APROFUNDAMENTOS
> O que há na origem das Famílias para a Acolhida? Diálogo com Alda Varoni, presidente histórica da Associação.
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