NA VISITA DE PAPA FRANCISCO UM EXUBERANTE ACONTECIMENTO
À medida que se desenvolviam os emblemáticos e marcantes acontecimentos da Jornada Mundial da Juventude, emergia no meu íntimo uma crescente lamentação que se tornou algo muito próximo de uma dura amargura. Estava seriamente irritado comigo mesmo por não ter ido ao Rio de Janeiro. Este sentimento foi aliviado em parte após uma concisa confissão, mas o fato que prevalecia era este: uma derrota, uma estupidez. Estando de férias, aproveitei para acompanhar intensamente cada passo de Francisco no Brasil, desde a sua chegada. Cada aceno ao povo, cada cumprimento, cada abraço, beijo, aperto de mão. Adequei-me ao seu horário. Se ele ia almoçar, eu ia também, se ia descansar, podia sair da frente da TV, e assim foi por quase toda a jornada, com exceção de alguns poucos momentos. Com os olhos arregalados, fiquei apreensivo e boquiaberto com sua atitude, mesmo diante do congestionamento na Av. Presidente Vargas (o seu exemplar destemor), vi sua profunda elegância diante das autoridades brasileiras e já fiquei tocado pela singela e bela citação: “Não trago ouro nem prata, mas trago comigo o mais valioso: Jesus Cristo”. “Fui com ele para Aparecida”, onde, compartilhando sua devoção para com a nossa Padroeira (que me atende abundantemente há anos) alegrei-me com o breve anúncio de sua volta em 2017. Senti-me, então, abraçado quando de seu encontro com os jovens dependentes químicos e vislumbrei ali um grande sinal da estirpe de sua humanidade, tão rica de graça. Na quinta-feira, um belíssimo acontecimento. A visita à casa da minha conterrânea Maria Lúcia da Penha, em Maguinhos, resultou numa fortíssima declaração da anfitriã: “É emoção demais. Agora é uma imensa responsabilidade para mim. Terei que trabalhar mais pela comunidade. Isso me ensina a ser melhor. Não foi à toa que ele entrou aqui”. E depois: “Acho que depois disso a vida muda, não tem como não mudar. Vou ser outra pessoa”. Sobreveio uma inevitável comparação. Na Escola de Comunidade da quinta-feira à noite, ao enfocarmos os Exercícios da Fraternidade e, mais precisamente o genial relato de Giussani sobre o encontro entre Zaqueu e Cristo, a comparação, guardadas as devidas reservas, foi inevitável: Que presença é essa que tanto impacto causa em toda estatura de nosso ser e que nos faz descobrir quem realmente somos? Que faz exclamar: “depois disso a vida muda, não tem como não mudar”? Na sexta-feira, pude estar com minha esposa na casa de minha mãe para acompanharmos lá reunidos e fascinados à Via Sacra, oração tão cara de meus pais e que nos foi apresentada quando ainda éramos crianças. E vimos comovidos, novamente arrebatados, a trajetória redentora dos sofrimentos de Cristo. No sábado, reuni esposa e filhas, com direito a um jantar diferente, com pizza e refrigerante, para assistirmos à Vigília, e fiquei tocado ao constatar a incomum atenção de minhas filhas para algo diferente do usual, diferente dos tablets, games, seriados e novelas infantis, uma atenção silenciosa (o que também é incomum em se tratando de crianças). Foi então na madrugada de sábado para domingo que se acentuou o meu desconforto. A cada acontecimento, dava-me conta mais e mais do que aparentemente havia perdido, como se fosse o poeta de Jura Secreta, que lamenta uma série de coisas que deixou de realizar. À tarde, encontrei meus irmãos e pudemos comparar nossas vivas impressões acerca dos acontecimentos e estávamos todos agradecidos por Francisco. À noitinha, fui a festa de aniversário do filho de um grande amigo, e várias pessoas de sua família, que sequer católicas são, fizeram questão de vir me dizer o quanto estavam felizes pelo Papa, o quanto Francisco lhes tinha impressionado e até fascinado. Somente após retornar para casa é que me veio o alívio, a luz e o conforto: dei-me conta de que o próprio fato de ficar cada vez mais triste por não ter ido, na exata medida em que ia acompanhando tudo pela TV, era justamente o resultado da grande experiência que tinha feito. O próprio fato de estar inconsolável não me deixava dúvidas: eu fizera um fascinante encontro na JMJ, pois quanto maior era meu inconformismo, maior era o meu reconhecimento de que havia vivido momentos profundamente tocantes, seja sozinho, seja em família. E certamente havia entendido o significado deste exuberante e estupendo acontecimento. A minha frustração transformou-se, então, na fonte de minha alegria! Tenho certeza de que, para além do aspecto missionário, que, aliás, é enorme, a visita de Francisco certamente já está gerando frutos para além dos limites do Rio e das pessoas que para lá acorreram. Ainda estou inebriado pelos reiterados gestos de ternura que vi, seja da parte de Francisco, seja da parte das inúmeras pessoas que o encontraram, e ainda ressoam forte as palavras e os testemunhos que presenciei pela TV, facebook, twitter, etc. Ainda não podemos fazer ideia do que e do quanto significou este grandioso encontro, da dimensão que ele atingiu em cada um de nós, mesmo porque, como sabemos, as “coisas” de Deus são impossíveis de se medir!
Marcos, Campina Grande (PB)
“MAS EU POSSO ESPERAR TUDO DO FATO DE CRISTO?”
Caríssimo Julián, na última Escola de Comunidade, veio um professor convidado por sua aluna Anna. No tempo, os dois se tornaram amigos. Ele é deficiente. Cheguei dez minutos antes do início e o encontrei. Apresentamo-nos e ele logo começou a dizer: “Eu estou aqui, mas vivo com princípios opostos aos de vocês, sou comunista. O que é preciso fazer para entrar nessas reuniões?”. Respondi que a Escola de Comunidade é pública e qualquer pessoa pode participar. Entrei no auditório um pouco preocupada... Estava como Pedro: pensava que Jesus tinha se distraído. Se alguém me perguntasse se Jesus, voltando, encontraria fé em mim, teria respondido que não. A Escola de Comunidade começa e uma menina conta, comovida, como percebe que está diferente, pois a partir da experiência de um olhar excepcional sobre si voltou a experimentar um amor pela mãe que está doente e por seus colegas de curso. Naquele ponto, o professor tomou a palavra. Começou dizendo que ele é contra CL por questões políticas e sobretudo porque nos vê como cristãos que usam Deus como “um caixa eletrônico” e que de concreto não há nada. Não para de falar. Descreve o que é a fé para ele, e como premissa diz que não sabe se tem fé ou não. Parte do encontro com algumas pessoas, entre elas, um padre, Giacomo. Conta que quando era criança, essas pessoas não lhe fizeram nenhuma imposição, apenas uma proposta de verdade e, sobretudo, o tinham amado. Diz que não é praticante, mas que através daqueles rostos descobriu, no tempo, que há diversos modos de “sentir Deus”. Sabe, com certeza, que o fundamento da existência é a sacralidade da vida. E dá exemplos de seu trabalho: conta que passou a vida ajudando adultos e jovens em dificuldade. E que faz isso porque para ele, essas pessoas são Cristo, porque o ser humano é a contrapartida da fé. Disse que no momento em que o homem se torna presente a si mesmo, sem contrapartidas, ali sente Deus. Nos primeiros trinta segundos em que ele falou, eu resisti: vencia a preocupação, o pensamento de que criaria confusão, que eu o teria parado logo no início porque eu achava que “não tinha nada a ver”. Em um instante, me perguntei: mas eu posso esperar tudo do fato de Cristo ou não? Dei a minha resposta, cedendo a Ele, que estava acontecendo. E estava acontecendo através daquele homem que tem o coração plasmado por Cristo. Porque, enquanto falava, renascia em mim a memória d’Ele. Contei-lhe como a minha vida mudou no momento em que Ele se fez carne. Antes, vivia com medo. Dei o exemplo de minha irmã Greta, que é cega. Disse como não podia suportar que os outros a olhassem, que alguém falasse dela. Tinha medo de tudo porque não a percebia como Mistério desejado e, por isso, bom. Agora, não deixarei mais de olhar para ela: isso é possível porque vivo com esse mesmo olhar sobre mim. Naquele momento, perguntei a ele se sairia dali ainda pensando que usamos Cristo como “um caixa eletrônico”. Respondeu que não. Terminou dizendo que os únicos que abraçam desse modo alguém que é toxicodependente ou deficiente são os que amam Cristo. A um certo ponto, disse também que a lealdade e a coerência são vitais, subentendendo que nós somos incoerentes, e eu lhe contei sobre o que papa Francisco nos disse: que é Cristo o primeiro que se inclina. No final, veio se despedir e me deu um livro seu. Pedi uma dedicatória e ele escreveu: “Em Cristo, o melhor amigo do coração”.
Carolina
DEPOIS DO LAMENTO, O DESEJO DE RECOMEÇAR
Caro padre Julián, sou enfermeiro em um Pronto Socorro há quatro anos. No último ano, os colegas com mais experiência foram embora e no lugar deles foram contratados muitos recém-formados. Além disso, o programa de formação dentro do hospital para nossa classe profissional era muito carente e isso se verificava em uma falta de crescimento do ponto de vista profissional, em primeiro lugar, o meu. Além disso, a falta de experiência dos novos gerou um clima de lamentação, ao qual eu prontamente me juntei, rejeitando qualquer responsabilidade sobre aquele lugar e transferindo a culpa para outros: à enfermeira-chefe que não percebia a situação, aos colegas que tinham contratado estes novos sem tê-los preparado bem, etc. O recomeço de um caminho, para mim, aconteceu no último mês, com a Escola de Comunidade e com os Exercícios da Fraternidade, quando você me provocou novamente afirmando que cada circunstância que o Senhor nos doa é para nosso amadurecimento pessoal. Essa afirmação ficou dentro de mim e conforme os dias passavam no trabalho e em casa, ela voltava, não me deixando tranquilo. Desde que levei a sério essa provocação, perguntando-me o que tinha para mim ali dentro e indo a fundo, mudei. Levando a sério o meu desejo, juntei-me a uma colega (que não é do Movimento) que também tinha esse ímpeto do coração. Organizamos cursos de formação e nos tornamos seus responsáveis (função normalmente de médicos e enfermeiros com experiência... Tenho 26 anos). Então, me parece que a minha iniciativa tornou-se obediência, e estando disponível à Presença, não sou mais refém das circunstâncias. Desejo tornar-me mais maduro e descobrir sempre mais o que o Senhor preparou para mim em cada instante que me doa.
André
SEM MEDO DA MORTE NA CERTEZA DE SER FILHOS
Meu pai, Nagao Kaorro, fez parte da história de CL em São Paulo quando a nossa sede era ainda na Casa Cultura e Fé. Em 1980 eu o levava para todas as festas e encontros. Então, ele não é só nosso, mas também de alguns de vocês. Há 2 anos, meu pai (na época com 88 anos) chegou na porta do céu e voltou. Ele havia feito uma fratura espontânea da cabeça do fêmur, por isso teve que realizar uma prótese e acabou tendo embolia e infarto devido a um coágulo de sangue. Quando o seu cardiologista o viu retornar à vida não acreditou e ficava bobo cada vez que via meu pai. Mas ele nem se deu conta da gravidade de seu problema. Fez as fisioterapias e retomou a vida quase como se não tivesse acontecido nada. O médico indicou hidroginástica e ele começou a fazer assim que pôde. Há algumas semanas, vi meu pai numa tristeza profunda pelo falecimento de uma de suas últimas irmãs mais queridas. Naquele momento eu pressenti que ele estava reavaliando sua vida. Na semana seguinte, por algum motivo ele acabou engolindo um pouco de água na hidroginástica. Voltou para casa sem contar para ninguém e Mauro o encontrou ajoelhado ao lado da cama sem forças para se levantar. Justo nessa semana eu estava com um projeto enorme de pesquisa para escrever e também com uma montanha de aulas para dar. O que fazíamos era revezar com Mauro para preparar a comida e alertar as crianças para ajudar em casa. Proibimos meu pai de sair. Ele se queixava dos ombros, mas o que ocorreu com ele não parecia ter nada que ver com ortopedia. Naquela semana procuramos um cardiologista na Emergência. Este fez um raio X e um eletrocardiograma e acabou dispensando meu pai. Nos dias seguintes, sua respiração foi ficando mais ofegante. Naquele domingo era seu almoço de aniversário e ele fez questão de ter com ele as nossas amigas mais próximas (Fátima, Augusta e Francisca) que ele gostava muito. Procurei fazer um almoço muito, muito especial. No começo da noite o levamos de volta à Emergência. Entrou com suspeita de sepse e pela manhã do dia seguinte, o diagnóstico ficou firmado de pneumonia por ingestão de água. Ele ficou ótimo, estava muito feliz, alegre, livre. Minha filha ficou um pouco com ele, o alimentou. No decorrer do dia piorou e foi transferido para a UTI de outro hospital e fui para lá. No dia seguinte, fomos com minha filha e meu filho mais novo de 12 anos (Matheus) visitá-lo. Matheus não pôde entrar, mas pôde dar um super tchau para ele e vice-versa com um lindo sorriso. Este foi seu último dia consciente. No dia seguinte, quando fui vê-lo, estava sedado, entubado. Daí por diante só piorou seu quadro. Os médicos não comentavam nada, mas eu já sabia que se tratava de infecção hospitalar. Até que chegou um dia em que nos sugerem contratar um especialista. Foi impressionante. Além da parte técnica, o especialista conversou conosco sobre a parte espiritual, sobre o entendimento da morte, sobre o que meu pai desejava, sobre o que tínhamos que estar prontos para julgar. Meus irmãos foram chegando um a um (São Paulo, Argentina) e de repente estávamos os quatro reunidos. Desde que eu me conheço por gente nunca vi nós quatro juntos conversando, comendo juntos, chorando juntos. Este foi o primeiro milagre de meu pai. Um daqueles dias eu estive no curso de hidroginástica para resgatar a história do meu pai, e de repente sai de dentro da portaria nosso amigo padre Nascelio. Corri e perguntei se ele podia dar a unção dos enfermos ao meu pai. Naquela mesma tarde, ele foi, deu a unção e me avisou. Ele me falou de três coisas para os quais a unção serve, mas a única que consegui me lembrar foi: ele está perdoado de seus pecados. Isto foi para mim a revelação de que ele estava pronto. No dia seguinte fiquei como louca indo atrás de escolher o lote no cemitério, de ir à funerária. Quando chegamos ao hospital, todos nós 4 e o Mauro, ficamos do lado de fora da UTI. Ficamos que nem tontos sem saber o que fazer e depois de um tempo, meu irmão fala para irmos tomar uma sopa ali perto. Quando voltamos, recebemos a notícia de seu falecimento. A médica nos disse que teve 3 paradas cardíacas e que havia morrido às 20h. À noite, Augusta, Francisca e Alexandre, além de alguns ex-alunos meus da faculdade foram para casa nos acompanhar. Foi bonita a companhia deles e também do Matheus que não conseguia dormir e foi ao velório. Quando ele viu meu pai, depois de alguns minutos, abriu os olhos, com aqueles olhos radiantes e me disse: “Mãe, ele está feliz e foi para o céu”. Depois da missa de corpo presente celebrada por padre Nascelio, que por sinal estava iluminado, Matheus vem novamente e diz: “Mãe, chore de felicidade porque ele está no céu”. E Matheus no enterro foi e acalentou e consolou cada um de meus irmãos. Matheus foi com quem meu pai fez a verdadeira experiência de ser avô, com quem ele pode vivenciar uma história única desde a adoção de Matheus e a vinda de meu pai para minha casa. Este olhar cheio de brilhos no Matheus ainda permaneceu uns dois dias. E um dos dias em que eu estava chorando quietinha ele veio e me disse: “Mãe, foi você quem cuidou do vô como filho, você o corrigiu, quando tinha que ser corrigido, fique feliz. Ele foi teu 4º filho”. E me levou até a janela e me mostrou o céu. Em 2006, meu pai tinha medo da morte e hoje nos espera junto com Maria e Jesus. Ele se converteu aos 84 anos, quando recebeu sua primeira comunhão e crisma. Desde então, até sua morte permaneceu católico. Ele me disse em 2008: “Eu acredito em Deus, Nossa Senhora e Jesus. Acredito que meu pai continua sendo meu pai e que minha mãe continua sendo minha mãe”. Hoje, ele é mais pai do que nunca e mais filho do que nunca. Que experiência maior eu poderia imaginar de estar participando?
Cida, Fortaleza (CE)
BODAS DE PRATA NA CASA SANTA MARTA
Caro padre Julián, queria fazer uma surpresa para minha mulher nos nossos 25 anos de matrimônio. Procurei o número da Casa Santa Marta e enviei um fax para pedir para participarmos da missa matutina com o Papa. E assim, exatamente no dia em que comemorávamos nosso aniversário de casamento, nos encontramos diante da guarda suíça que nos esperava com nossos nomes na lista e, pouco depois, estávamos frente a frente com o Papa Francisco. Ele fez a homilia de improviso: é impressionante vê-lo falar e ouvir as palavras, as mesmas que todos usamos, tão cheias de experiência. O mesmo acontece quando faz silêncio, pleno como as palavras. A missa termina, nos viramos e ele estava ali, ao nosso lado, rezando. Depois saiu, discretamente. Levantamo-nos para sair, mas nos dizem para ficar. Foi preciso um instante para entendermos que esperava todos lá fora para nos cumprimentar, um a um, sorridente como um amigo na saída da casa. Ficamos sem fôlego. “Estamos aqui para festejar com o senhor nossas Bodas de Prata. Trazemos-lhe todo o afeto do Movimento”. Duas palavras, as que conseguimos dizer naquele momento, sem termos preparado, mas nas quais havia tudo aquilo que “temos de mais caro”. Toca-nos e nos parabeniza, nos agradece e nos deixa com um “em frente!”, mostrando-nos o polegar erguido. Pouco depois, a Praça São Pedro se enche de gente. Sem fôlego, como nós, vendo-o falar.
Marco e Rosella, Ravenna (Itália)
A COLETA DE LIVROS PARA OS DETENTOS
Caro padre Carrón, quando soube que na prisão, onde dou catecismo há anos, não compravam livros para os detentos por falta de fundos, eu e minha mulher pensamos que podíamos fazer um gesto público de coleta de livros. Assim, por interesse e curiosidade, quase como um desafio (pela crise que fez com que muitos duvidassem do sucesso do gesto, ou outros que olhavam com ceticismo), nasceu a “Coleta do Livro”: um sábado, em cinco livrarias da cidade, voluntários pediam às pessoas para comprarem livros e doá-los para os detentos e para jovens carentes. Ficamos maravilhados com o resultado positivo da proposta. Pelos cerca de cinquenta voluntários envolvidos, entre eles dez detentos com permissão especial; pela repercussão na cidade e fora dela: as mídias locais acreditaram na iniciativa e nos cederam um bom espaço; pela quantidade (cerca de 360 livros em um dia) e pela qualidade dos livros. A coisa mais bonita foi a oportunidade que os detentos e os voluntários tiveram de estar juntos, de compartilhar o gesto trocando experiências e superando as barreiras do preconceito. Todos nos agradeceram e pediram para realizar o gesto novamente no próximo ano. Entre os voluntários, havia estudantes e diversas pessoas que conhecemos nessa ocasião. No início do dia, propomos a todos a leitura do primeiro ponto do livreto sobre a caritativa, para que ficasse clara a origem do gesto. “Antes de mais nada, a nossa natureza nos dá a exigência de nos interessarmos pelos outros. Nós fazemos caritativa para satisfazer essa exigência”.
Massimo e Mariella, Pescara (Itália)
Credits /
© Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón