A pergunta escolhida pelo Movimento de CL como tema de trabalho para as férias comunitárias de julho foi: “O que buscais?”. Não é uma questão banal. Não apenas porque foram as palavras que Jesus dirigiu aos primeiros discípulos – a João e André que se separam de João Batista no Jordão para segui-Lo –, mas porque, no fundo, todo o Evangelho pode ser lido assim, como um contínuo repetir-se desta questão. De mil modos, nos gestos e palavras, essa mesma pergunta é colocada no coração de qualquer um que O encontrasse, desde Zaqueu à Samaritana, do leproso ao jovem rico, aos apóstolos, aos inimigos... O que estão procurando? O que desejam verdadeiramente?
Pergunta que também podemos identificar como dirigida a nós em tantos modos em Papa Francisco. Uma provocação, sobretudo aos jovens, todas as vezes que se encontra com eles. Como no discurso às dioceses de Abruzzo e Molise, na Itália, que publicamos aqui, e como temos ainda viva na memória após um ano da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Após as agitações da Copa do Mundo há uma recuperação difícil da pesada máquina do quotidiano, daquele quotidiano que “quebra as pernas”. E foi inevitável a comparação com a leveza e clima de festa que o Papa deixou após a sua passagem. A grande diferença é que durante aqueles dias, o Papa foi o ponto que no presente fazia conhecer o mistério, o jogo sério do presente e do futuro, que impulsiona a vida.
Seguindo o convite do Pontífice, que nos pede para “sair”, neste ano o Meeting de Rimini, o grande evento cultural do verão europeu, no final de agosto terá como tema “as periferias da existência” e o fato de que “o destino não deixou o homem só”. Nas próximas páginas encontram-se algumas histórias, que são breves exemplos da mesma riqueza que será apresentada ali. E que, graças aos avanços da tecnologia, podem ser acompanhados pelo site do Meeting, ao vivo ou em gravações.
Será bonito e grandioso que nos ajudemos a descobrir a resposta ao que estamos buscando dentro da vida, não sabê-la e recitá-la antes, como algo formal, mas descobri-la naquilo que acontece. Pois, na verdade, esta é a primeira companhia que nos faz o Destino: a realidade. É ali “que o Mistério nos desperta, nos chama, vem ao nosso encontro para não deixar cairmos no nada”, como recordava Julián Carrón a um grupo de amigos algum tempo atrás. É “através desta coisa absolutamente banal, às vezes sombria, às vezes não transparente, que são as circunstâncias: a vida, a vida nos chama, chama cada um a vivê-la”. Aguardamos as contribuições para que nos testemunhem o que acontece quando se decide responder a este chamado.
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© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón