Papa Francisco responde a trinta cartas que recebeu de crianças de todos os cantos do mundo. Por meio de suas palavras, o Santo Padre introduz as crianças na experiência da misericórdia. E da alegria que brota da relação de amor com Deus
Se pudesse fazer uma pergunta ao Papa Francisco, o que você perguntaria? Esta questão foi colocada para crianças de todo o mundo. E elas não demoraram a escrever para o Santo Padre e rapidamente lhe enviaram cartas e desenhos. E este material foi publicado e está disponível em diversos idiomas.
O livro, um projeto da editora Loyola Press dos jesuítas nos Estados Unidos, contou com a colaboração de vários voluntários leigos e jesuítas do mundo todo, em especial de padre Antonio Spadaro, diretor da revista La Civiltà Cattolica. Ele se reuniu com o Papa na Casa Santa Marta, onde o Sumo Pontífice respondeu às perguntas de 30 cartas de crianças de 6 a 13 anos, que foram escolhidas entre as 259 recebidas, enviadas de 26 países, como Brasil, Albânia, China, Nigéria e Filipinas.
Em Querido Papa Francisco, o Santo Padre permite que as crianças expressem suas inquietações e celebra sua profunda espiritualidade, respondendo diretamente a perguntas de crianças do mundo todo. Algumas são divertidas, outras sérias, e algumas bastante dramáticas.
Quando segurou as cartas em suas mãos pela primeira vez, Papa Francisco sorriu e disse: “Estas perguntas são muito difíceis”. “É maravilhoso responder às perguntas dessas crianças, mas elas deveriam estar aqui comigo, todas elas”.
A publicação do livro teve seu lançamento mundial no dia 27 de março (Domingo de Páscoa) e desde então crianças do mundo inteiro compartilham as experiências ali descritas. A seguir, alguns pais nos contam o que tem significado para eles ler este livro com os seus filhos.
“Esse ano durante o retiro dos Exercícios da Fraternidade, uma amiga que sabe que tenho filhas pequenas (Leticia, Julia, Clara, Isabela e Mariana), me sugeriu a leitura do livro Querido Papa Francisco para elas! Comprei o livro no mesmo instante e mostrei o livro em casa. Imediatamente minhas duas filhas mais velhas, Leticia e Julia, se interessaram muito pela leitura e, sobretudo, com os desenhos que as crianças de todas as partes do mundo fizeram para nosso querido Papa! Houve uma identificação muito grande entre elas e as outras crianças, e assim que acabaram de ler o livro, fizeram uma carta com perguntas e desenhos para o Papa também! As outras irmãs menores, que também viram o livro, fizeram desenhos, com a intenção de enviar a carta ao Papa e na esperança que ele pudesse ler e responder assim como fez às crianças do livro. Foram perguntas muito simples, mas nasceu entre elas uma curiosidade e um desejo de serem respondidas, de acordo com as exigências que já sentem despertar no coração!
Leticia, de 10 anos, provocada com a situação de guerra na Síria e dos ataques constantes dos terroristas pelo mundo, formulou a seguinte pergunta ao Papa,na esperança de ser respondida: ‘Querido Papa Francisco, me chamo Letícia, tenho 10 anos e moro em São Paulo, Brasil. Tenho uma pergunta ao senhor : por que há a guerra? Por que existem os terroristas? E por que os terroristas têm que matar? Sempre que ligo a TV há uma notícia nova falando da guerra, sempre quando eu vejo o noticiário da guerra eu me sinto prejudicada e preocupada com as crianças e os bebês recém -nascidos. quando a guerra pode acabar?’
Julia, de 8 anos, também inspirada pelo livro, formulou uma pergunta e fez um lindo desenho. Ela viu a foto do Papa na audiência com o Movimento do dia 7 de março do ano passado e pediu a um amigo para entregar sua cartinha quando houver outro encontro com sua Santidade!
Fiquei muito marcada com o livro e com a forma que o Papa tem dado atenção às preocupações que nascem na cabeça das crianças e na de todos nós frente aos dramas humanos que o mundo vive atualmente! Recomendo a leitura porque despertou em mim e em minhas filhas uma renovada esperança cristã e um profundo apego ao Papa que nos indica um caminho cristão a seguir, cheio de amor e fé em Cristo que venceu a morte e o mal.”
Claudiana, São Paulo (SP)
“Um livro para ser devorado pelos pais, antes de ser degustado página por página, junto aos filhos. Pelo menos foi assim que me aconteceu! Nesta publicação, o Papa Francisco responde às cartas de crianças do mundo inteiro. Sobretudo, àquelas que existem em cada um de nós. E que são despertadas de modo pontual, afetivo e muito respeitosamente por este Senhor de Deus que explica até a razão do porque usar, algumas vezes, um chapéu longo e pontudo; e até mesmo o que ele faria para acabar com o mal da guerra no mundo; ou ainda o que ele queria ser quando era criança. Um livro formado pela coletânea de cartas caprichosamente acompanhadas sempre por um belo desenho (cópia do original) que cada criança enviou ao Papa Francisco juntamente à(s) sua(s) pergunta(s), com sua letra na língua mãe. Com direito a tradução em português, indicação da foto, país e idade de cada criança. Um livro leve, profundo, divertido – assim como é um belo encontro com um amigo! Amigo que te alcança com docilidade e te abraça mesmo quando você não está ao seu lado (fisicamente). E que agora, também abraça a cada um nós; de seus leitores; nossos filhos e/ou crianças que tiverem o privilégio de ganhá-lo de presente. Ou mesmo, de ter a regalia, duplamente prazerosa de ter um pai, uma mãe, uma avó(ô), tia(o) ou madrinha/padrinho, para ler e curtir junto! Neste momento, a questão que não está no livro, mas que o meu filho Tomás (de 12 anos e até eu...Para responde-lo...) quer muito saber é: "Como faço... Ou quando posso... Ou quando vamos... Também, enviar uma pergunta para o Papa, acompanhada do meu desenho, mamãe?! “
Angela, Belo Horizonte (MG)
“Resolvi comprar o livro Querido Papa Francisco porque uma amiga me indicou e disse que estava tendo experiência bonitas com as filhas. O Miguel de 4 anos e o Ignacio de 3 anos e meio são crianças muito eufóricas por histórias. Quando comecei a contar as cartas, não curtiram muito no começo quando viram que não era uma fábula ou coisa parecida. O Miguel que é um pouco mais relutante nas questões de oração, apesar da resistência inicial, ficou muito instigado com alguns temas das cartas. Disse para ele que o Papa era o maior ajudante do Papai do Céu e que algumas crianças estavam fazendo perguntas a ele. Quando contei de uma carta que falava do céu e da morte, inicialmente fiquei um pouco receosa, mas resolvi fazer o que o Papa fazia, ser sincero com as crianças, sem medo do que viria daí. Achei legal a resposta do Papa, pois mostra que a morte não é o fim e que o Céu é muito legal. O Miguel com isso perguntou se iria para o Céu e eu disse sim, que buscamos isso. Disse que a avó paterna, que ele sabe que morreu, já estava lá, e que, se Deus quiser, eu e ele também iríamos um dia. Ele ficou empolgado e disse que queria ir para o Céu (mas completou que ele iria de avião). Contando de uma outra carta – e, particularmente nesse dia eu estava muito cansada, pois estou também com um bebê pequeno (Guido) – sobre a preferência de Deus, me comoveu muito a resposta do Papa. Ele diz assim: ‘Por que Jesus não escolhe esta pessoa ou aquela? Veja, Jesus não escolhe uma multidão. Ele escolhe cada pessoa, uma a uma’. Essa individualidade com que Cristo me olhou, e me olha, é algo que por causa do cansaço, me esqueço com muita frequência, mas que com aquelas poucas palavras me fizeram olhar diferente para os meninos dormindo aquela noite. A excepcionalidade que eu e os meus filhos são diante de Deus, me encheu de gratidão. E eu que estava procurando algo para colocar na lembrança de batizado do Guido, voltei a essa carta e vi que não havia nada mais de especial para se dizer além disso.”
Paula, Rio de Janeiro (RJ)
“Em casa, sempre que podemos, lemos para nossas filhas para fazê-las adormecer. E, também, na esperança de que esse gesto desperte nelas o interesse pela leitura. Hoje, a Júlia, nossa filha mais velha, tem 10 anos e em meio à parafernália tecnológica da chamada cibercultura, os livros tendem a ficar de lado, não obstante nossa persistência em ler com ela e incentivá-la a ler com nosso próprio exemplo. Para mim, em especial, a leitura o livro Querido Papa Francisco tem sido uma forma de encontro com a Júlia, de me manter perto, pois com o avanço da idade os filhos tendem a se afastar natural e gradativamente. Minha relação com a Júlia se tornou um pouco conflituosa e não conseguia mais me aproximar dela pela leitura, até que encontrei o livro do Papa Francisco recentemente lançado e dedicado às crianças, ou melhor, ‘àqueles que querem entrar no Reino dos Céus’ (cf. Mt 18,3). Como ela está se preparando para a Primeira Eucaristia, convidei-a para ler uma pergunta do livro sobre a importância da catequese, cuja resposta do Papa corresponde ao que sempre digo a ela, ou seja, conhecer melhor Jesus, que é nosso melhor amigo. Daí, lemos juntos outras perguntas e respostas que despertaram nela um interesse novo pelas questões de fé e me fizeram entender que preciso ser como criança para experimentar na relação com minha filha a beleza desarmada da qual nos fala padre Carrón. Ultimamente, temos visto a Júlia lendo sozinha o livro do Papa e, questionando-a espontaneamente, ela diz que se interessa pelo livro porque as perguntas das crianças são as perguntas dela e o Papa, respondendo a crianças do mundo inteiro, responde também a ela. Ela resume o livro com uma palavra: ensinamento. A mim, como pai, o livro do Papa é uma ajuda para redespertar a consciência, muitas vezes turvada pelo cansaço e pela impaciência, de que não é pela força que se educa, mas suscitando a liberdade.”
Marcio, Belém (PA)
http://www.queridopapafrancisco.com.br/
Livro: Querido Papa Francisco
Editora: Edições Loyola
Páginas: 72
Formato: 24 cm x 24 cm
Preço: R$ 19,90
Credits /
© Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón