"Viva Cristo Rei" - Beatificação de José Luís Sanchez Del Río
Nos anos vinte do século passado [entre 1926 e 1929], após a Revolução Mexicana de 1910 e a Constituição de 1917, o Estado mexicano estava em guerra com a Igreja Católica [Guerra Cristera], e era crime, entre outras coisas, o culto público da fé católica. Quem resistia era preso e obrigado a renegar publicamente a fé.
No filme “Cristiada”, de 2012, a história da Guerra Cristera é contada através dos olhos do então beato José Luís Sánchez Del Río (1913-1928), que havia sido beatificado apenas alguns anos antes, no dia 20 de novembro de 2005, pelo Cardeal José Saraiva Martins.
A história de José Luís transcorre como a de qualquer outro adolescente de sua idade. No filme, a mudança se dá graças a uma travessura típica da idade, e a um castigo imposto pelo tio: cuidar da igreja na qual trabalhava o padre atingido pelo menino na brincadeira. Cuidando da igreja, o menino e o padre se tornam amigos, e graças a esse encontro e ao testemunho do padre, intui a beleza da fé, e que na fé há algo para a vida concreta, do dia-a-dia.
Nesta amizade o menino muda de vida: passa a organizar jogos para as crianças, a falar de Jesus, a fazer visitas ao Santíssimo Sacramento. Atraído pelos novos amigos da comunidade católica à qual passou a pertencer, o menino José Luís integrou-se ao grupo dos chamados cristeros, para defender a fé. Pouco tempo depois, foi preso. Seria solto sob a condição de negar publicamente a fé católica. No entanto, ele não aceitou.
Começou a ser torturado pelos oficiais do exército mexicano, na tentativa de forçá-lo a negar publicamente sua fé. Sofreu uma série de violências e, a cada golpe, gritava alto: “Viva Cristo Rei!”. Por fim, por mera crueldade, os oficiais perguntaram ao menino se ele queria mandar um recado para o seu pai, e ele disse: “Diga a ele que nos veremos no céu! Viva Cristo Rei! Viva Santa Maria de Guadalupe!”. O seu carrasco, cheio de ódio, lhe dá uma facada no coração, e um tiro na cabeça. O menino, de 15 anos, ainda teve tempo de fazer o sinal da cruz com o seu sangue sobre o próprio corpo. Era dia 10 de fevereiro de 1928. O Papa Francisco o declarou Santo no dia 16 de outubro de 2016.
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