Lisboa, 17 de abril de um ano atrás. Estamos almoçando com padre Julián Carrón. É o último dia da quarta edição do Meeting Lisboa e contamos as experiências que nos levaram até ali. Aquela “beleza desarmada” da qual falamos ao público do Meeting nos sugere o tema da próxima edição... Uma amiga conta: “O que mais me marcou foram as palavras daquele preso brasileiro que cumpria pena na Apac e que não fugiu porque, como ele disse, ‘do amor ninguém foge’”. Decidimos, então, aprofundar este desafio: que experiência fazemos a ponto de não escapar do trabalho, das amizades, das circunstâncias? Como levar a sério a natureza do coração e a sua exigência de plenitude?
E chegamos ao hoje. Passou-se um ano de preparação e colocamos a mão na massa para contar a toda a cidade que na vida encontramos uma Presença capaz de nos fazer desejar viver sem cancelar nada, como diz, justamente, o título da edição do Meeting Lisboa 2017: “Do amor ninguém foge”. O desafio se concretizou em três exposições, mesas-redondas, um concerto e mais de cento e cinquenta voluntários trabalhando para a realização do evento, que neste ano contou também com uma área de alimentação. O primeiro sinal foi dado pela encenação da peça Miguel Mañara. O poeta italiano Davide Rondoni e padre Pedro Quintela apresentaram a obra, com um encontro intitulado “O amor não é justo”, que deixou mais de duzentas pessoas em silêncio. A Arena do Campo Pequeno, que abriga touradas e até mesmo grandes eventos culturais da cidade, abriu as portas para nossa iniciativa durante três dias (24 a 26 de março) na qual verificar se é possível viver melhor o cotidiano. Muitas pessoas nos fizeram companhia nesta aventura: amigos do Movimento, amigos de amigos, o Patriarca de Lisboa, Cardeal Manuel Clemente, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Sábado à noite, Alberto Savorana apresentou a biografia sobre Dom Giussani, que em breve estará disponível na tradução em português. Junto com ele, o Bispo Auxiliar de Lisboa, Dom Nuno Brás, o jurista e historiador António Araújo, e padre João Seabra, assistente eclesiástico de CL. A exposição sobre a experiência do método prisional Apac foi realizada pela Avsi; as outras duas exposições foram o resultado do percurso de grupos de amigos: “Peregrinação, parábola da vida”, a partir do caminho anual percorrido pela comunidade de CL até Fátima (que este ano celebra o 100º aniversário das aparições); e “Uma presença original”, nascida a partir de um texto de Carrón de 2016. O programa ofereceu vários debates sobre política e propostas culturais através de um diálogo vivo com médicos, professores, jornalistas, advogados... Tudo para interceptar a mesma experiência do presidiário brasileiro: quem descobre o amor se torna capaz de amar.
APROFUNDAMENTOS
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© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón