O Rio de Janeiro foi o cenário que propiciou o nascimento da Bossa Nova, movimento musical que completa 50 anos. Uma novidade, encontrada na batida do violão, que correspondia à busca dos jovens daquela época. E uma alegria que contagia as gerações, permanecendo no tempo
O Brasil dos anos 1950 se caracterizava por mudanças no campo político, social e cultural. Após a crise econômica de 1929 e o otimismo do pós-guerra, começava a se implantar uma sociedade capitalista industrial e urbana. Do ponto de vista cultural, principalmente musical, as décadas de 1930, 1940 e 1950 caracterizaram-se por um predomínio do samba como aquilo que havia de mais genuinamente brasileiro e, por outro lado, por uma tendência à imitação de estilos “importados” como o bolero, o tango e a música americana, como o jazz. Era um modo de cantar imponente, de estilo operístico, com músicas na maioria das vezes pessimistas, de letras rebuscadas e dramáticas.
Ainda nos anos 40, a grande novidade musical foi o lançamento, em 1946, de Copacabana, um samba-canção de João de Barro e Alberto Ribeiro, gravado pelo cantor Dick Farney. A composição foi a precursora do que se chamaria samba moderno, cujos grandes intérpretes foram o próprio Dick Farney e Lúcio Alves. No início dos anos 50, eram eles, com suas vozes aveludadas, os maiores ídolos da juventude brasileira. Na área da composição, quem mais havia ousado era o romântico Custódio, que já tentava misturar os recursos do jazz e da música erudita aos elementos da música brasileira. Com composições de harmonia elaborada, de bela linha melódica, consideradas na época um verdadeiro teste de interpretação para qualquer cantor ou cantora, teve as suas músicas gravadas por grandes nomes da época, como Orlando Silva e Sílvio Caldas. Em termos de arranjos e modo de tocar, Johnny Alf e João Donato foram os que mais chamaram a atenção pelos seus acordes alterados, as famosas dissonâncias. Também era moderno para aquela época gostar de conjuntos vocais como os Garotos da Lua, do qual João Gilberto foi crooner, ou os Quitandinha Serenaders, que contavam com Luiz Bonfá ao violão, ou ainda Os Cariocas. Todos eles demonstravam uma sensível influência da música americana, mais elaborada e, de certa forma, mais elegante. Na década de 1950, estes jovens reuniam-se nas boates, nos fã-clubes e nos apartamentos de amigos na Zona Sul carioca, sendo estes palcos das primeiras manifestações do que viria ser a Bossa-Nova. Como pontos de aglutinação existiam os fã-clubes como o Sinatra-Farney (para os fãs de Frank Sinatra e Dick Farney), a academia de violão criada por Carlinhos Lyra e Roberto Menescal, o famoso apartamento de Nara Leão, que era uma extensão da academia, e os bares e boates onde se apresentavam Dick Farney, Lúcio Alves, Johnny Alf, Tito Madi, João Donato e Dolores Duran. Era este o contexto que envolvia aquela geração, alegre e irreverente, criada nas areias limpas das praias de Copacabana e Ipanema e sedenta por novidades, que queria retratar a sua própria experiência, seus sonhos e estilo de vida.
Em abril de 1958, é lançado o LP Canção do Amor demais, em que Elizeth Cardoso canta canções da parceria Vinícius de Moraes e Tom Jobim. É a primeira vez em que aparece a famosa batida de João Gilberto ao violão em duas faixas: Chega de Saudade e Outra Vez. Ouvindo estas canções, ao fundo tem-se o violão cheio de personalidade; em primeiro plano, a voz ampla, cálida e potente de Eliseth. Era mesmo magnífica, soltando a voz que Deus lhe deu (não foi à toa que ganhou o epíteto de “Divina”), mas não era, não foi e nem seria uma voz “bossa nova”.
Em 10 de julho do mesmo ano, é lançado o single 78 rotações em que, em uma das faixas, João Gilberto revisitou Chega de Saudade, agora com voz e acompanhando-se ao violão. De um lado, essa canção de Tom e Vinícius – agora interpretada sem qualquer histrionismo –, um canto-falado de ritmo envolvente, que parecia tender ao silêncio de tão despojado. No violão, um ritmo que parecia samba, mas já era algo além dele. Um samba depurado, reduzido a seus elementos rítmicos, mínimos que, por isso mesmo, pareciam amplificados em seus efeitos. No outro lado do disco, uma composição do próprio João e, talvez, o mais completo manifesto daquela maneira de cantar, tocar e sentir: Bim Bom. A melodia, recorrente, articula versos que primam pela simplicidade, pela essencialidade:
É só isso o meu baião/E não tem mais nada não/
O meu coração pediu assim só / Bim bom, Bim bom.
A Bossa Nova é a confluência da essencialidade de quatro elementos: o samba, o jazz, a música erudita e o silêncio. É um olhar profundo que abraça influências externas, decanta ritmos internos e produz uma nova identidade e estilos musicais. A música é o silêncio que existe entre as notas musicais. O silêncio é uma experiência chave para expoentes da Bossa Nova como João Gilberto. A Bossa Nova nasce do descobrir que menos é mais. A Bossa Nova é uma essência, um mistério em que melodias tão simples se transformam em canções tão eloqüentes, que convida o ouvinte à contemplação:
Olha que coisa mais linda/ mais cheia de graça /
é ela a menina que vem e que passa /num doce balanço a caminho do mar.
(Garota de Ipanema, Tom Jobim e Vinícius de Moraes)
João Gilberto: eu e meu coração
A originalidade de João Gilberto está no fato de que ele sintetiza todo o processo musical que vai do encontro entre o samba, o jazz e a música erudita. O próprio João Gilberto diz que “Bossa-Nova é o que você coloca depois, é aquilo que você coloca numa coisa que já existe. Aí os especialistas ficam em dúvida: mas isso é Bossa-Nova ou samba?”. Como já dizia o historiador Daniel Rops: “A ação do homem ou de uma sociedade não é verdadeiramente fecunda se não encontrar o seu exato equilíbrio entre o passado e o futuro, entre os valores da tradição e as audácias do empreendimento”.
Neste novo estilo musical a melodia parece mais simples e a harmonia produz suave estranheza pelas notas alteradas dos acordes. Voz e violão nem sempre fazem junto o mesmo ritmo, vão se driblando. Suas notas se complementam harmonicamente. O balanço não chama à dança, convida à contemplação do movimento. Ao ser interrogado sobre como inventou aquela nova batida, João Gilberto respondia que havia se inspirado no requebro das lavadeiras de Juazeiro (BA), a sua cidade natal. As palavras são “pronunciadas da forma mais natural possível”, como se cantar fosse o mesmo que falar. Músicas que cantam o cotidiano. O lirismo é intenso e, ao mesmo tempo, o canto parece antes observar que expressar um sentimento. O ouvinte é convidado para uma conversa íntima, mas não pode se manifestar sem permissão. E a canção soa equilibrada, como se produzida sem esforço. João Gilberto criou uma forma musical que mudou o cancioneiro do Brasil e do mundo. Curiosamente, fez isso sem precisar alterar quase nada. Olhando para trás e ao lado, como diz Dom Giussani, partindo e não rompendo com uma tradição, isto é, “mexendo dentro de sua mochila” e tirando dali coisas velhas e novas, João recria a tradição do samba na batida do seu violão, enquanto seu canto-falado reafirma a tradição oral da canção brasileira. Exigência artística, qualidade técnica (inclusive para a gravação e amplificação do som) e sentido histórico são linhas mestras do seu trabalho perfeccionista. “Acho que os cantores devem sentir a música como estética, senti-la em termos de poesia e de naturalidade. Quem canta deveria ser como quem reza”, dizia João Gilberto em entrevista à revista O Cruzeiro, em outubro de 1960. Em outra entrevista a Tarik de Souza, em Rostos e Gostos da MPB, disse: “Talvez eu queira voltar aos tempos da minha infância. Depois dessa época, aprendi muitas coisas que aparecem em minhas músicas. Hoje, vou me refinando, purificando minha música até que consiga atingir a verdade mais simples. Como quando eu era criança”.
Vinícius de Moraes: a sublimidade do instante
A “batida” de João Gilberto e sua forma de cantar serviram de inspiração a todos os que tateavam em busca de uma nova maneira de expressão, incluindo-se o próprio Tom Jobim, que passou a compor em sintonia com essa nova bossa que nascia. Milton Banana assimilou o ritmo em sua bateria e Vinícius de Moraes finalmente encontrou um modo de tocar e de cantar que correspondesse à sua linguagem direta e despojada sem deixar de ser profundo. Em um tempo onde tudo era negativo e as letras das músicas eram recheadas de melancolia, tristeza, traição, morte, quando “tudo o que se esperava de um amor é que fosse embora para que se pudesse sofrê-lo mais e melhor no pensamento, à meia-luz de um bar de Copacabana”, Vinícius de Moraes começou a escrever letras positivas, que buscavam justamente a ordem, a harmonia, a beleza em si.
Vinícius intuia, e buscou isto na sua obra, que a poesia não é “apenas instrumento do sublime”, mas, que o sublime não deixa de existir “também nas coisas humildes”. Segundo o poeta “a única coisa que não é bonita é a desordem, a desarmonia, a violência”. Segundo Ferreira Gullar, para Vinícius a canção é um desdobramento natural de sua experiência, que vem do metafísico ao cotidiano, do erudito ao popular. É um processo de redescoberta de si mesmo e de exploração permanente de suas potencialidades expressivas que o conduz à música.
Vai minha tristeza e diz a ela que sem ela não pode ser/
Diz-lhe numa prece que ela regresse porque eu não posso mais sofrer/
Chega de saudade a realidade é que sem ela não há paz não há beleza /
é só tristeza e a melancolia que não sai de mim,não sai de mim, não sai /
Mas se ela voltar/ Se ela voltar / Que coisa linda, que coisa louca.
Pois há menos peixinhos a nadar no mar / Do que os beijinhos que eu darei na sua boca / Dentro dos meus braços / os abraços hão de ser milhões de abraços/
Apertado assim, calado assim / Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim /
Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim
(Chega de Saudade, Tom Jobim e Vinícius de Moraes)
A harmonia de Tom Jobim
A obra de Tom Jobim, por sua vez, é marcada pela busca de várias harmonias: entre a canção popular e a música erudita; entre o Brasil antigo e o moderno; entre a natureza e a cidade: entre a singularidade artística e a indústria cultural. Elegância, despojamento e rigor foram recursos fundamentais nessa busca: “Parece que eu tentei harmonizar o mundo”. A influência da música erudita é mais evidente principalmente quando se olha para a sua experiência que utiliza o modo erudito de escrever músicas para a composição cheia de requinte com que enriqueceu a música popular brasileira, passando de uma prática musical “solista” para uma mais “polifônica”, o que caracteriza o equilíbrio existente entre todos os elementos da Bossa-Nova. Com alta sensibilidade aos temas nacionais, Tom redescobriu o Brasil e o apresentou para o mundo. Tinha como mestres Debussy, Ravel, Stravinsky e Villa-Lobos. Em 1956, Vinícius de Moraes retorna de Paris ao Rio de Janeiro com o rascunho de Orfeu da Conceição, uma tragédia de inspiração grega ambientada nos morros cariocas. Faltava apenas uma parceria para as canções da peça. Apresentado oficialmente a Tom Jobim, que já tivera a oportunidade de conhecer nas noites cariocas, iniciou-se entre eles uma das maiores parcerias da música brasileira, que duraria durante vários anos. Quando João Gilberto retornou ao Rio de Janeiro em 1958, após quase dois anos de reclusão entre Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Bahia, trazendo a sua batida e o seu novo modo de cantar, Tom Jobim pôde resgatar músicas daquela parceria que estavam engavetadas, pois finalmente encontrava uma forma expressiva que correspondia às suas composições. Após 1958, o sonho de toda uma geração era cantar e tocar violão como João, compor músicas como Tom e fazer letras como Vinícius.
Quem acreditou, No amor, no sorriso, na flor / então sonhou, sonhou...
Quem, no coração / abrigou a tristeza de ver tudo isto se perder
E, na solidão / Procurou um caminho e seguiu / Já descrente de um dia feliz
Quem chorou, chorou / E tanto que seu pranto já secou
Quem depois voltou ao amor, ao sorriso e à flor / Então tudo encontrou
Pois, a própria dor / revelou o caminho do amor e a tristeza acabou.
(Meditação, Tom Jobim e Newton Mendonça)
Um acontecimento que dura no tempo
A Bossa Nova foi um acontecimento musical que gerou um movimento, mudou de forma paradigmática a música e permanece mesmo após 50 anos. Para Walter Garcia, “o elemento decisivo para que o movimento se configurasse, nas palavras de seus principais compositores, foi o ritmo do baiano. A partir de sua batida, todos os demais elementos da canção são reavaliados, e experiências anteriores, revalorizadas. O consenso construído desde o final dos anos 50 não tem como ou porque ser abalado. Só se pode compreender a solidificação de tal consenso – ou, em outras palavras, o estabelecimento da tradição que o sustenta – caso se aceite como critério de verdade a sua própria permanência”.
Ao se falar de Bossa-Nova, além de João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes, que foram, sem dúvida nenhuma, os três pilares do movimento, não se pode deixar de citar Roberto Menescal, Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Newton Mendonça, Luizinho Eça, Baden Powell, Sylvia Telles, Alayde Costa, Nara Leão e muitos outros. Todos eles eram jovens músicos, compositores e intérpretes que, cansados do estilo operístico que dominava a música brasileira até então, da “ditadura” do acordeom (uma vez que o violão não era considerado instrumento de pessoas sérias) e das músicas melancólicas, buscavam uma novidade. À base rítmica de João Gilberto unem-se então, outros estilos de samba, como por exemplo, estilos com traços negros mais fortes como aqueles de Baden Powell. Todos estes não se opõem ao trio, mas participam do trabalho inaugural e o desdobram. No conjunto, a variedade das atuações formou um idioma musical rico como poucas vezes se obteve em qualquer país. No que diz respeito à sua repercussão internacional, escreveu o crítico norteamericano Pete Welding ao avaliar o disco The composer of “Desafinado” plays, em 1963, para a revista Down Beat, aquilo que sintetiza o que a música brasileira passou a representar para o mundo a partir daqueles anos, quando rapidamente se conquistou o público norteamericano e europeu: “Todas as 12 faixas são composições de Jobim, e cada uma tão cheia de beleza e graça ardente e luminosa, de lirismo tão elevado e não meloso, de carinho e compaixão tão sem afetação que só podemos nos maravilhar com os extraordinários dons de Jobim como melodista.(...) Esse disco é uma delícia desavergonhada do começo ao fim, e nos brinda com uma celebração perfeitamente realizada de pura e radiante beleza melódica, sem um traço sequer do planejado ou do trabalhado. As melodias de Jobim cantam sem esforço e cantam sobre o coração humano.”
Se você disser que eu desafino amor / Saiba que isso em mim provoca imensa dor
Só privilegiados têm ouvido igual ao seu /Eu possuo apenas o que Deus me deu
Se você insiste em classificar / Meu comportamento de anti-musical
Eu mesmo mentindo devo argumentar /Que isto é bossa-nova, isto é muito natural
O que você não sabe nem sequer pressente / É que os desafinados também têm um coração / Fotografei você na minha Roleiflex
Revelou-se a sua enorme ingratidão / Só não poderá falar assim do meu amor
Este é o maior que você pode encontrar / Você com sua música esqueceu o principal / Que no peito dos desafinados /No fundo do peito bate calado / Que no peito dos desafinados também bate um coração.
(Desafinado, Tom Jobim e Newton Mendonça)
Um encontro
Todos os protagonistas do movimento são unânimes em reconhecer que a Bossa-Nova foi um acontecimento, o encontro com um fato excepcional. Era inegável que aquele modo de tocar violão, o modo de cantar, de compor músicas correspondia às suas exigências humanas. Curiosamente, mas de forma bastante emblemática, o show que reuniu João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes pela primeira e única vez se chamava “O Encontro”.
O período entre 1958 e 1964 foi o período onde essa riqueza musical se consolidou de modo que, mesmo após o golpe militar quando os “anos dourados” dão lugar aos que ficariam conhecidos como “anos de chumbo” e a urgência de um grito que gerou as músicas de protesto, a Bossa Nova nunca deixou de influenciar jovens compositores e intérpretes. Após 1964, o canto quase falado da Bossa Nova daria lugar ao gestual e à voz vigorosa de Elis Regina. Iniciavam-se os anos dos festivais, em cujos palcos se apresentavam uma música brasileira com novo formato, o que não negava a Bossa Nova, mas trazia à tona temas sociais que recuperavam a dramaticidade da condição do povo brasileiro.
O impacto da Bossa-Nova na história da música brasileira, a influência sobre aquela geração e as seguintes, bem como a sua repercussão mundial são inegáveis. Como diz Dom Giussani, o que move a história é um acontecimento, nunca o que o homem faz por cálculo próprio. Não é algo planejado, mas uma surpresa, uma graça recebida. Uma outra grande característica de um acontecimento é o fato de ser universal. Uma simplicidade, uma essencialidade que toca o coração de qualquer pessoa, que corresponde. A Bossa-Nova, em sua essência, é o samba cheio de positividade, que parte da valorização daquilo que existe, do cotidiano, daquilo que é real; cheia de bom humor, mas não é uma piada. Assim é fácil de compreender o porquê de toda a repercussão internacional que a música brasileira passou a ter a partir do surgimento da Bossa-Nova, não sendo irrelevante o fato de que Garota de Ipanema é, ainda hoje, a segunda música mais tocada em todo o mundo, atrás apenas de Yesterday, dos Beatles.
Referências: 1. Bossa Nova 50 – O Brasil em uma batida – O Estado de São Paulo, 12 de julho de 2008. 2. Ruy Castro, Chega de Saudade, São Paulo, Ed. Companhia das letras, 1990. 3. Walter Garcia, Bim Bom, a contradição sem conflitos de João Gilberto, Rio de Janeiro, Ed. Paz e Terra, 1999. 4. Daniel Rops, A história da Igreja, Vol. 1, São Paulo, Ed. Quadrante, 1988. 5. Luigi Giussani, Certi di alcune grandi cose, Milão, Ed. BUR, 2007. 6. Mostra Bossa na Oca – Pavilhão Engenheiro Lucas Nogueira, Parque do Ibirapuera, São Paulo, agosto/2008. 7. Mostra Bossa 50 – Pavilhão da Bienal, Parque do Ibirapuera, São Paulo, agosto/2008. |
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