No mês mariano, lembramos um trecho de Dom Giussani sobre Nossa Senhora: "Maria, segurança da nossa esperança"
A Palavra de Deus não é uma expressão literária, mas o indicador de um acontecimento; é sempre um fato: a Palavra de Deus é Cristo. A Sua palavra parte da promessa de um acontecimento. A figura de Nossa Senhora está toda cheia de memória, da palavra do seu povo, e toda voltada para o que os acontecimentos significam (o anúncio do Anjo, a saudação de Isabel). Por isso, a expressão que Isabel usou foi a melhor coisa que se poderia dizer de uma pessoa: “Feliz aquela que acreditou no cumprimento da palavra do Senhor”.
A cada um de nós também, com a transmissão da fé, foi dito que a vida tem um destino. Na sinceridade do nosso coração pode se repetir de maneira verdadeira o eco do Magnificat. Qualquer que seja a condição atual da nossa vida, ela é gratidão, porque é caminho para aquele destino em que veremos a Deus.
Nossa Senhora, no dia seguinte ao anúncio, envolta pela luz matutina nova, decidiu ir logo ajudar a prima Isabel, que, pelo Anjo, soubera estar grávida de seis meses; e percorreu a pé aqueles cento e vinte quilômetros de estrada de montanha, velozmente, como diz o Evangelho. Caridade: é o que nasce dessa luz matutina com a qual também nós levantaremos todas as manhãs, com a qual enfrentaremos todas as horas do dia, as horas onze, ou as horas quatro, ou as horas vinte e duas do dia; essa luz matutina nos dá uma ternura para com os homens, para com os homens desconhecidos e para com os homens hostis, para com os homens estranhos; não mais estranhos, mas parte de nós.
(Luigi Giussani, in livrinho O Santo Rosário)
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