O Estado de S. Paulo
Vida saudável previne câncer
Todo mundo já sabe que comer bem e fazer exercícios regularmente ajuda a prevenir doenças, entre as quais o câncer. Mas ninguém havia conseguido demonstrar, até agora, como isso funciona no nível molecular, dentro das células. Um estudo publicado ontem nos EUA fornece, pela primeira vez, uma explicação genética para o “fenômeno”.
A pesquisa mostra que levar um estilo de vida saudável não tem efeitos apenas fisiológicos, mas influencia até o funcionamento dos genes no núcleo das células. Genes favoráveis ao câncer (oncogenes) são inibidos, enquanto genes “de segurança”, que combatem a evolução de tumores, são estimulados.
O estudo foi feito a partir de uma comparação de biópsias de tecido saudável da próstata de 30 homens com tumores de baixo risco e idade média de 62 anos. Os pesquisadores analisaram o comportamento genético das células antes e depois de um “tratamento” baseado em mudança de hábitos, com alteração de dieta, prática de exercícios e redução de stress. Constataram que a “expressão gênica” (intensidade com que certos genes funcionam) foi alterada para melhor em todos os participantes.
(Herton Escobar, Saúde, 17.jun.2008)
O Estado de S. Paulo
“Distrações digitais” emburrecem a juventude
Professor dos EUA diz que muitas horas de Orkut e MSN levam jovens a só conviverem entre si. Para Mark Bauerlein, professor da Universidade Emory, em Atlanta, e ex-diretor de Pesquisa e Análise na Fundação Nacional para as Artes, são as “distrações digitais” como mensagens instantâneas, sites de relacionamento como Orkut, MySpace e Facebook, e mensagens de texto pelo celular que estão emburrecendo a juventude.
O problema, alerta Bauerlein, não é a tecnologia, mas o uso que se faz dela. “Os adolescentes de 15 anos só se importam com o que outros adolescentes pensam. Isso sempre foi assim. Mas hoje a tecnologia permite que os adolescentes estejam em contato entre eles, excluindo os adultos, 24 horas por dia.” Os jovens ficam em contato o dia inteiro, por meio do celular, páginas da internet, mensagens instantâneas. “A tecnologia ligou os jovens de uma forma tão intensa que os relacionamentos com adultos estão diminuindo. Eles estão cada vez menos maduros, prolongando a adolescência até os 30 anos.”
E como lidar com essa onipresença de distrações digitais? “Não se trata de eliminar esses instrumentos da vida dos jovens, não se pode fazer isso; mas é preciso chegar a um equilíbrio”, diz. “Os pais deveriam estabelecer um determinado período, por exemplo, uma hora por dia, em que jovens e adultos precisam estar totalmente desconectados de qualquer coisa, e se dedicam a ler.”
(Patrícia Campos Mello, Educação, 02.jun.2008)
SITE CNBB
CNBB lamenta decisão do STF
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que julgou a validade constitucional do artigo 5º e seus parágrafos da Lei de Biossegurança, n. 11.105/2005, que permite aos pesquisadores usarem, em pesquisas científicas e terapêuticas, os embriões criados a partir da fecundação in vitro e que estão congelados há mais de três anos em clínicas de fertilização.
A decisão do STF revelou uma grande divergência sobre a questão em julgamento, o que mostra que há ministros do Supremo que, nesse caso, têm posições éticas semelhantes à da CNBB. Portanto, não se trata de uma questão religiosa, mas de promoção e defesa da vida humana, desde a fecundação, em qualquer circunstância em que esta se encontra. Reconhecer que o embrião é um ser humano desde o início do seu ciclo vital significa também constatar a sua extrema vulnerabilidade que exige o empenho nos confrontos de quem é fraco, uma atenção que deve ser garantida pela conduta ética dos cientistas e dos médicos, e de uma oportuna legislação nacional e internacional. Sendo uma vida humana, segundo asseguram a embriologia e a biologia, o embrião humano tem direito à proteção do Estado. A circunstância de estar in vitro ou no útero materno não diminui e nem aumenta esse direito. É lamentável que o STF não tenha confirmado esse direito cristalino, permitindo que vidas humanas em estado embrionário sejam ceifadas.
No mundo inteiro, não há até hoje nenhum protocolo médico que autorize pesquisas científicas com células-tronco obtidas de embriões humanos em pessoas, por causa do alto risco de rejeição e de geração de teratomas. Ao contrário do que tem sido veiculado e aceito pela opinião pública, as células-tronco embrionárias não são o remédio para a cura de todos os males. A alternativa mais viável para essas pesquisas científicas é a utilização de células-tronco adultas, retiradas do próprio paciente, que já beneficiam mais de 20 mil pessoas com diversos tipos de tratamento de doenças degenerativas.
Reafirmamos que o simples fato de estar na presença de um ser humano exige o pleno respeito à sua integridade e dignidade: todo comportamento que possa constituir uma ameaça ou uma ofensa aos direitos fundamentais da pessoa humana, primeiro de todos o direito à vida, é considerado gravemente imoral. A CNBB continuará seu trabalho em favor da vida, desde a concepção até o seu declínio natural.
(Comunicado oficial, 29.mai.2008)
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