MOVIMENTO - BRASIL
O desafio do presente
De 18 a 20 de março, cento e cinquenta pessoas, reunindo grupos de universitários e jovens trabalhadores de todo o país, se encontraram em São Pedro, interior de São Paulo, para três dias de Exercícios Espirituais. O encontro foi guiado por padre Paulo Romão, do Rio de Janeiro, e teve como tema “O desafio do presente”. Os dias foram iluminados pela provocação que, logo na abertura dos Exercícios, padre Paulo fez: “Precisamos aprender as coisas que pensamos já saber... por isso, precisamos nos perguntar: seguir a essa companhia me faz viver o cêntuplo?”. Na primeira manhã, tendo como base o texto dos Exercícios do CLU da Itália (dezembro de 2008), padre Paulo perguntava: “Cristo é uma crença ou é uma evidência?”, solicitando a cada um dos presentes que levasse a sério essa provocação, até o ponto de reconhecer na própria experiência “uma presença afetivamente atraente, uma diversidade humana que nos atraia, até o ponto de vivermos um vínculo com Cristo que vença qualquer objeção”. O restante desse dia foi marcado pelo silêncio e pela oração. No fim da tarde, uma assembleia na qual emergiram perguntas e testemunhos do trabalho pessoal. Cláudio, do CLU de São Paulo, contou da experiência de certeza a que chegou com a morte de sua avó – “é a vitória de Cristo sobre a dor”. Isabela, do CLU da Bahia, falou da experiência que vive no curso de medicina: “o desafio do presente é a luta pela vida, que enfrento todos os dias na universidade... eu não quero ser cínica como todos”. À noite, ouvimos os testemunhos de Luiz Gustavo, do CLU de Campinas, de Marco Aurélio, educador da comunidade de Belo Horizonte e de Bracco, responsável nacional pelo Movimento de Comunhão e Libertação: vidas comovidas e mudadas por um encontro que deixou marcas na forma como estudar, como trabalhar, como viver a vocação. O domingo foi dedicado à síntese de padre Paulo: “O cristianismo é um acontecimento, é um encontro com uma pessoa mudada, com uma diversidade humana... Cristo é conveniente para quem quer uma vida mudada. Por isso, é importante obedecer: a obediência serve para que não percamos nada do que nos aconteceu e para que façamos a experiência de um ‘vento do infinito’, como nos dizia Bracco, ontem à noite”. E concluiu dizendo: “está presente... não sentiríamos Sua falta, se Ele não fosse real”.
Por Paulo Pacheco
MOVIMENTO - SUDESTE ASIÁTICO
Três dias “milagrosos”
O mar da baía de Manila (Filipinas) foi o cenário que acolheu, de 13 a 15 de fevereiro deste ano, um grupo de cem pessoas provenientes da Índia, Birmânia, Tailândia, Malásia, Singapura, Taiwan, Coreia, Japão, China e Indonésia, juntos para compartilhar a experiência de ter encontrado o cristianismo por meio de Comunhão e Libertação. Três dias com orações, palestras de padre Ambrogio Pisoni – sacerdote italiano que acompanha as comunidades asiáticas –, assembleias, cantos e momentos de convivência. Sábado à noite, foi projetado o filme Greater, sobre a obra de Rose Busingye, em Kampala, Uganda, com os doentes de AIDS. “Fiquei impressionado por notar que, com relação aos anos anteriores, desta vez a maioria eram orientais, não os estrangeiros que, como eu, trabalham no Oriente. Isto significa que o Movimento começa a ser uma experiência para eles”, conta Francesco Berardi, italiano que mora na Coreia. Uma senhora filipina contou que havia sido convidada para estes dias pela amiga Malou. “Quando padre Ambrogio perguntou: ‘Por que estamos aqui?’, pensei que eu não sei bem o que é CL, mas posso dizer que vim para aprofundar o meu relacionamento com Cristo”. Bem, para nós ocidentais, o nome destes países evoca lugares mais ou menos iguais. Mas, basta pensar na diferença que existe entre as Filipinas de maioria cristã e a Coreia, cuja cultura é confuciana e budista, para entender que estes três dias foram um milagre. A assembleia foi comovente: muitos testemunhos do que estão vivendo, todos marcados pelo trabalho da Escola de Comunidade que, lentamente, perfura mentalidades tão diferentes.
Por Paola Ronconi
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