No mundo globalizado de hoje em dia, situações e contextos aparentemente muito diversos acabam por mostrar uma surpreendente similaridade. Por ocasião da divulgação dos resultados das eleições na Itália, apesar de todas as diferenças entre os dois países, algumas considerações valem também para nós brasileiros, que nos encaminhamos para nossas eleições.
Em abril deste ano, no final da contagem de votos da eleições italianas aconteceu um empate técnico entre os candidatos, com uma pequena vantagem no Senado para a aliança de centro-direita Casa das Liberdades, de Silvio Berlusconi, e uma outra vantagem na Câmara para a União, coligação de centro-esquerda liderada por Romano Prodi. Pelo sistema eleitoral italiano isso garantiu a maioria parlamentar para este último candidato. Houve recontagem de votos e troca de acusações entre os concorrentes, mas a vitória final foi mesmo garantida a Prodi.
Neste cenário de desavenças faz-se necessário alguém que agregue as partes mais responsáveis da maioria e da oposição, que reunifique o país e, partindo daquilo que é mais urgente, saiba enfrentar a crise econômica, política e, sobretudo, ideal por que passa a Itália.
Precisamos ter em mente o recurso mais valioso que resta à Itália: um povo que demonstrou, mais uma vez, estar vivo.
Essa é a verdadeira esperança: a experiência da novidade que se coloca na vida cotidiana, nas obras que estão sendo construídas, nas propostas políticas que são apresentadas. O resto, cedo ou tarde, desaparece sem deixar rasto.
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Eleições 2006. Nota de Comunhão e Libertação à imprensa
“Rezemos a Nossa Senhora de Loreto pelo povo e pelos novos governantes”
No dia seguinte às eleições políticas na Itália, padre Julián Carrón, presidente da Fraternidade de Comunhão e Libertação, enviou uma breve mensagem a todos os membros do Movimento. Eis o texto:
“Caros amigos, nestes dias que precedem a Páscoa, lembremos de rezar a Nossa Senhora de Loreto para que sustente o povo italiano, chamado a uma mais intensa fidelidade à própria tradição, tendo em vista a construção do futuro.
Os três princípios não-negociáveis de que falou o Papa – vida, família, liberdade de educação – são cada vez mais urgentes. Esperemos que os novos governantes do país saibam mantê-los. Também por eles rezemos neste momento”.
Milão, 12 de abril de 2006
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© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón