A idéia da edificação de uma nova e imponente catedral
para a cidade de Milão se arrasta desde a metade do século XIV graças a algumas circunstâncias: o desabamento do sino da basílica de Santa Maria Maior em 1353, que destrói parcialmente suas antigas muralhas; enriquecimento progressivo da população milanesa em um tempo no qual os italianos comuns lutavam pela construção de imponentes catedrais e, por fim, o surgimento em cena de um importante personagem, Gian Galeazzo Visconti. Em 1385 Gian Galeazzo herda por meio de engodos a senhoria de Milão, mantida até aquele momento por seu tio Bernabò, e dez anos depois obtém a investidura imperial com o título de duque. Por uma inescrupulosa estratégia de ataque, em poucos anos e com rápidas conquistas, expande e consolida os territórios da Senhoria Viscontesa, com prejuízo especialmente para os Papas e para a cidade de Florença, atraindo para si os violentos ataques dos italianos comuns (liga anti-viscontesa) e das monarquias européias. A construção de um monumento imponente como o Duomo, digno mausoléu dinástico para a sua estirpe, era, portanto, o melhor caminho para a celebração da força dominante adquirida pela Senhoria Viscontesa consolidada em ducado.
A variedade e o conjunto dessas motivações permitiram acrescentar, em 1386, o nascimento de um empreendimento, o da construção do Duomo de Milão, que durará seis séculos e será acabada somente alguns decênios atrás. As cinco portas de bronze da fachada foram elaboradas, de fato, entre 1906 e 1965. Essa contribuição foi a última fase da construção. Com a conclusão da obra, na metade do século XX, se iniciou o metódico trabalho de restauração para a conservação da igreja.
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