Presente inesperado
Quando comecei a trabalhar em Novosibirsk encontrei muitas crianças de rua, crianças com histórias de abandono, histórias tristes, crianças que tinham como casa o orfanato. Todas as vezes que as via, algumas faziam um único pedido: me dá um carrinho, me dá um presente. Nem sempre eu tinha presentes comigo e, no entanto, sabia que se eu levasse os “presentinhos” elas ficariam mais contentes. Quando estive na Itália comentei isso com padre Giussani e disse que entendia aquela necessidade, pois quando eu podia comprar uma camisa ou um par de sapatos que tinha visto em uma vitrine eu, depois, ficava mais contente. Poucos meses depois, quando eu já tinha voltado, um amigo veio nos visitar e me trouxe um pequeno pacote da parte de padre Giussani: um envelope e um livro. Abri o envelope e, dentro, havia dinheiro com um bilhete: “...para que você possa comprar as coisas bonitas que deseja” e o livro É possível viver Assim? com uma dedicatória: “...com o desejo de um bonito caminho no amor a Cristo e aos homens, padre Giussani”. Este presente, pensado e oferecido a mim, ao meu desejo de beleza e de felicidade, completamente e só meu, inseriu no meu trabalho um elemento novo: acrescentou a idéia, a dimensão, a cor da beleza! Algum tempo depois comecei a trabalhar na construção de uma casa para jovens mães e desejei que ela fosse bonita, não porque tínhamos o dinheiro doado por fundos americanos; eu simplesmente tinha certeza de que uma coisa bonita de olhar, de viver e de contar seria capaz de “despertar” o desejo daquelas mulheres e quando uma delas saísse do centro poderia pensar em construir um “lugar” para si, mais aberto, mais limpo e com uma atenção aos particulares e às cores que correspondessem à própria necessidade. Agora, já são duas as casas de acolhida em Novosibirsk: “Golubka” e “Santa Sofia”, situadas em bairros populares e periféricos da cidade. Elas respondem ao desejo da mulher de poder ter seu filho e de poder tomar conta dele, criando-se um espaço, dentro do possível, solar, capaz de responder ao seu desejo de beleza, de felicidade e de expectativa.
Rosalba,
Novosibirsk – Rússia
Os jovens da Fonte Nova
No dia 04 de junho aconteceu em Salvador um jogo muito importante para os baianos: o BA-VI, ou seja, o confronto entre os dois maiores times da cidade (Bahia e Vitória), que neste ano estão jogando na 2a divisão do campeonato brasileiro. A partir da idéia do Otoney de irmos com os jovens trabalhadores assistir a este jogo, assim o fizemos, Paola, Fernando e eu. Convidei os jovens de Novos Alagados e foram o Adriano, o Jailson Souza, o Jailson Silva, o Jésun, a Taiane, o Anderson, o Williames Galdino e o Antonio Edson, todos jovens que conheci no meu trabalho no Centro Educativo João Paulo II, que hoje, pela idade e escolaridade, não freqüentam mais o espaço. A tarde estava chuvosa e o jogo foi muito bom, apesar do resultado ter sido 0 x 0. Os jovens chegaram cedo na casa do Otoney e quando cheguei todos estavam lá, muito contentes. Eles conversavam e comiam pipocas. Antes de sairmos a Paola falou o motivo que nos unia naquela amizade e contou a proposta dos Jovens Trabalhadores (JT). Fernando contou um pouco da sua experiência de encontro com o Movimento e disse que o fato de encontrar pessoas maduras, mais adultas, que o acolheram significou o passo mais importante de sua vida. Otoney perguntou se os meninos queriam falar e Antonio Edson contou o que estava significando aquele momento para ele e disse que ficou impressionado com um fato que eu havia contato pra eles. O caso foi que três adolescentes estavam prestes a ser enganados com um curso que prometia o ingresso deles nas forças armadas vieram me procurar e pedir para ler com eles a carta da proposta. Quando lemos juntos descobrimos que se tratava de um engano, pois o documento apesar de parecer das forças armadas (cores, logotipo) era uma falsificação que oferecia um curso preparatório e não a vaga para as forças armadas. Quando lhes contei isso, para mim ficou a imagem da comparação, que é o método para viver a realidade e que aqueles meninos haviam aprendido este método e me ensinado muito com a sua postura. Quando o Antonio Edson falou, fiquei impressionado como é importante o fato de se comparar diante de alguém que viveu mais, que tem mais experiência, e, com isso, não somos enganados e vivemos mais intensamente. Williames também falou e contou que o JT era para ele uma oportunidade de continuar o caminho iniciado quando ele e outros jovens no Centro Educativo e havíamos começado juntos alguns encontros. Esse menino me impressiona muito porque no primeiro encontro que fizemos ele se deu conta de que não estava fazendo nada e se identificou com um samba do Noel Rosa, chamado “João Ninguém”, que era um cara que não fazia nada e vivia assim, sem responsabilidades no mundo. Depois desse dia o Williames voltou a estudar, começou um curso de informática e está aprendendo a tocar violão. Rezamos o Angelus e fomos ao Estádio da Fonte Nova, debaixo de uma chuva torrencial. Para todos aqueles jovens era a primeira vez que iam a um BA-VI e durante todo o jogo nem o frio conseguia impedir aqueles olhares atentos e admirados. Aprendi muito nestes dias; aprendi mais porque não estou sozinho e agora pode existir de fato, na simplicidade dos gestos e da companhia, uma ajuda concreta ao destino destes jovens e de tantos outros que encontro diariamente, quer seja tocando violão, conversando, estudando, entrevistando ou mesmo ouvindo músicas, coisas que fazemos constantemente.
Dinho,
Salvador – BA
Levanta-te e anda
Publicamos uma parte de um texto sobre “A redescoberta da necessidade de pensar”, escrito por um jovem americano que estudou durante seis meses na Itália, no V Liceu artístico do Instituto do Sagrado Coração de Milão.
Quando pensei em escrever, a primeira coisa que me perguntei era o que isto queria dizer para mim, na circunstância em que estou vivendo agora. Qual é a razão que me faz estar sentado num banco escolar na Itália escrevendo um texto em uma língua em que, normalmente, não consigo ser claro? Porém, é aqui que me encontro, e como não começar senão daqui, do presente? Esta é a minha última semana de um semestre de estudo no exterior. No início tive muita dificuldade com a língua e ficou claro que justamente este era o ponto de onde deveria partir. Mesmo em relação ao curso de artes, tudo era novo. Nunca imaginei ter em mãos um lápis para fazer outra coisa senão os exercícios de matemática. Porém, todas estas coisas já aconteceram e eu cheguei até aqui, no presente, de onde partirei em dez dias. Onde está a razão para continuar estudando italiano, para continuar indo a fundo com os amigos que encontrei na Itália e que, daqui a dez dias, deixarei de ver por alguns anos? “Penso que não poderia mais viver se não O ouvisse mais falar” (J. A Mohler). Cheguei ansioso para aprender e a primeira coisa que aprendi foi como é grande a minha dependência. Tudo aquilo que quero fazer de bonito, não consigo fazer. Existem coisas que quero dizer, mas não encontro as palavras. Cheguei sem saber a língua nem como me fazer entender, mas com a consciência de que estou procurando algo grande. E o encontrei. A partir de todos os meus limites e de toda a minha dependência nasceu a possibilidade de uma grande amizade. Nascida não das coisas que consigo fazer, mas do amor de um Outro. Como Deus é grande e como sou pequeno! Não fui eu que decidi existir, é um Outro que canta a minha existência! É por isso que agora escrevo sobe isto e, deste modo, também digo o meu “sim”. Pois bem, é o início.
Jim,
Crusby – EUA
Gesto antigo
Caríssimo padre Carrón, na madrugada de 24 para 25 de abril fizemos, pela 19ª vez, o caminho a pé do Sinnai, uma cidade a 20 km de Cagliari, ao Santuário de Nossa Senhora de Bonaria. Dez mil pessoas acompanharam a caminhada até o Santuário. Pertenço à Fraternidade desde 1983 e, em 1987, com minha mulher e alguns amigos do Movimento propusemos ao pároco um gesto antigo: a peregrinação à pé a Bonaria, gesto que, até 1946, era sempre realizado, como devoção a Nossa Senhora vinda do mar. No primeiro ano éramos em 220 pessoas. Descobrimos que esse caminho já existia no coração das pessoas como tradição e memória de um gesto de povo que os nossos velhos ainda conheciam e, por isso, bastou propô-lo novamente para fazer renascer o desejo de aderir a ele. É uma fé simples: fé de quem dá o nome de Maria Bonaria aos próprios filhos, de quem, com o simples gesto de caminhar, testemunha aquilo que tem significado para a própria vida. Fizemos a mesma experiência da peregrinação de Macerata a Loreto. Olhamos e aprendemos a olhar quem estava na nossa frente. Coube a nós repropor um gesto assim, que imediatamente encontrou seguidores. A festa no decorrer do caminho, a oração, os rostos banhados em lágrimas são apenas o reflexo de algo importante para as pessoas simples e para a nossa Igreja. É o nosso modo de contribuir para a difusão da fé. E este milagre realizou-se porque encontramos padre Giussani e aquilo que nasceu dele. Ele nos ensinou a viver a fé, nos fez amar e olhar o sucessor de Pedro a ponto de repropor as suas meditações e os seus ensinamentos, como as Jornadas Mundiais da Juventude que se tornaram, ano após ano, tema de meditação das nossas peregrinações. Amamos as pessoas, que nos agradeciam, fazendo-as olhar para quem tinha originado tudo: padre Giussani pelo seu olhar a Cristo.
Pierangelo,
Cagliari – Itália
O rosto de CL na Ásia
Mario estava preocupado quando tomou o vôo para a Tailândia. Sua mulher não se sentia bem e tinha que cuidar de seu primeiro filho de dois meses. Com o coração pesado de tristeza sentou-se no avião e, em seguida, olhou quem estava sentado ao seu lado. Olhou para a pessoa com curiosidade e ficou surpreso quando viu um deles lendo Redescobrir-se Homem, de Massimo Caprara... “O senhor é de Comunhão e Libertação?”. O “sim” ouvido mudou as coisas dali em diante. Marcelo e o seu companheiro de viagem, Paolo, não perderam tempo e convidaram Mario para participar das férias/retiro de CL na Ásia, em Pattaya. Foi realmente uma surpresa inesperada para todos nós de CL que vivemos na Ásia podermos nos reunir uma segunda vez para umas férias simples unidas a um retiro. No início, não foi fácil escolher Pattaya, na Tailândia, por causa da recente tragédia do tsunami acontecida em Phuket. No fim, a escolha não podia ter sido melhor, sobretudo porque padre Ambrosio, o nosso hóspede, nos exortou a “olharmos para os nossos tsunamis pessoais e para como os suportamos, como um farol que se ergue corajosamente no fragor das ondas, firmemente radicado no alicerce da nossa fé”. Simples, mas não fácil. Para Marco e Emanuela, que esperam seu primeiro filho, viver na Indonésia, longe da família, pode ser difícil. Mas tendo descoberto como os pequenos detalhes da sua vida cotidiana “lembrava-os que cada coisa é um sinal da Preferência que os toca”, a realidade torna-se um testamento vivente que eles abraçam. Por exemplo, Alessandro, que falava em nome de seus amigos, estava de acordo conosco ao considerar “esta segunda possibilidade de estar com os amigos asiáticos um sinal da fidelidade de Jesus e uma confirmação de que nunca estamos sós no nosso destino”. O retiro tornou-se ainda mais especial pela presença da nossa amiga budista vinda do Japão, Wakako Saito. Até o reverendo Mettanano Bikku, da Tailândia, estimado monge budista e estudioso, visitou-nos por algumas horas fazendo todos refletirem como eram familiares aos nossos ouvidos cristãos aquelas palavras. Já no segundo dia era evidente como cada um estava ligado ao resto do grupo. Até Thomas, um rapaz do Quênia que trabalha com uma organização não-governamental no norte da Tailândia, conseguiu abrir-se unindo-se às animadas conversas durante as refeições. O seu tímido sorriso se reavivava quando contava como havia conhecido CL no ano anterior, no Quênia. Não o incomodava o fato de, para estar conosco neste retiro, ter enfrentado uma viagem de ônibus de dez horas, sem parar, até Bangkok. Sem contar a viagem de duas horas entre Pattaya e Bangkok! As jovens mães do grupo que dividiam seu tempo cuidando das crianças e escutando as discussões em grupo, maravilharam a todos com sua energia e determinação em não querer perder nada. No momento da despedida percebemos que o nosso breve retiro de um fim de semana nos deu algumas percepções reanimadoras: embora venhamos de lugares e culturas diferentes compartilhamos a mesma experiência: Jesus é fiel e igual para todos. O rosto de CL na Ásia muda constantemente, abraçando a multiplicidade dos nossos ambientes, das nossas experiências e das diferentes dificuldades. Por meio de todas estas diversidades há uma só unidade em “Cristo que apresenta a Si mesmo como o Tu ao qual o homem pode agarrar-se, a resposta de um Deus que é mais que um filósofo, que não define a condição humana, a sua contradição e a sua dor, mas olha para ela com compaixão e a compartilha vencendo a morte por um ato incomensuravelmente maior que ela”.
Malou,
Manila – Filipinas
Estudando psiquiatria
Estou fazendo um estágio em psiquiatria. Durante grande parte do período no qual realizamos o nosso serviço houve uma manifestação de médicos, e assim, fora as aulas que nos davam os docentes externos (que não estavam em greve), não havia muita coisa para fazer. Apesar disso, os docentes externos nos encorajaram a ir ao hospital e trabalhar com os pacientes para adquirirmos experiência. Fiquei impressionado com o fato de muitos colegas meus reclamarem de podermos assistir a aulas e trabalhar na psiquiatria enquanto outros estudantes não faziam nada. Eles preferiram esta solução! É trágico este amor pelo nada. Durante as aulas de psiquiatria, conheci muitas teorias e explicações em relação à mente e aos comportamentos do homem. Aprendi a reconhecer muitos sintomas psiquiátricos. Lembro-me, em particular, de um sintoma que sempre tenho: a urgência de algo de grande, de algo absoluto, algo que não posso explicar, uma urgência não ligada necessariamente à falta de algo. Este sintoma poderia ser facilmente interpretado como um senso de desilusão, ou como sinal de um desânimo diante da minha atividade ou poderia, ainda, ser sinal de um baixo nível de dopamina/serotonina em certas partes do meu cérebro. Diante destas explicações, fiquei chocado. Como é possível banalizar desta forma experiências tão importantes? Obviamente, estas explicações têm fundamento, mas não podem exaurir a questão porque algo muito maior está em jogo! Agora, comecei a trabalhar com os pacientes de psiquiatria. Eles são realmente um gênero único porque muitos entre eles apresentam sintomas de uma inadequada percepção da realidade ou de psicose (distorção da realidade). A primeira coisa que descobri é que qualquer um pode ter uma inadequada percepção da realidade. Além disso, é fácil encontrar pessoas profundamente deprimidas que perderam a esperança na vida e a vontade de viver. Diante destes pacientes senti-me provocado a me perguntar: “Qual é a minha esperança? O que dá razão a ela?”. O que desejo é que, por mim, essas pessoas possam experimentar a esperança e ver que a vida é realmente bela.
Victor,
Lagos – Nigéria
A idéia de movimento
Publicamos o texto do panfleto distribuído no final de um dos retiros de quaresma do MEC pregado por padre Sicari, em Brescia, no dia 22 de fevereiro de 2005, dia da morte de padre Giussani
O dom maior que padre Luigi Giussani deixou a nós “carmelitas” – àqueles que tiveram a sorte e conhecê-lo e amá-lo – foi a “idéia de Movimento”. Eu uso esta expressão porque era muito cara a ele, e tenho consciência de que, neste caso, a palavra “idéia” significa “pensamento dominante”, cheio de fé (até os limites da visão), de caridade (até os limites da paixão ciumenta) e de esperança (até os limites da profecia). “Idéia de movimento” foi, nos anos 70, a fórmula genial que lembrava a todos os cristãos aquela “co-essencialidade da dimensão carismática, na Igreja”, sobre a qual João Paulo II falou alguns anos depois. “Idéia de movimento” significava conceber todo o cristianismo como o mover-se do Amor Trinitário pelo mundo e o mover-se do mundo para voltar-se a Deus. “Idéia de movimento” significava que Jesus “acontecia” na nossa existência e que devíamos aprender a ser vivos e apaixonados pelo seu Advento e pela sua companhia cotidiana. “Idéia de movimento” significava que os cristãos deveriam se mover para ajudar o Espírito Santo na edificação da Igreja a ponto de tornar cada comunidade cristã pedagogicamente persuasiva. “Idéia de movimento” significava, enfim, que a Igreja era toda feita para caminhar salvificamente de encontro ao mundo em todos os seus ambientes vitais. Este é o dom e a herança de padre Giussani, de quem nunca nos esqueceremos. E é nestas raízes que nós, carmelitas (religiosos e leigos), constantemente colocamos – livre e conscientemente, seguros de uma sintonia que vai além das formas – o nosso “mover-se”, segundo o nosso próprio e específico carisma. Hoje, nós vivemos, contentes, em um movimento eclesial carmelita mas a “idéia de movimento” (e as primeiras batidas do coração daqueles anos nos quais aprendíamos a “nos mover” na Igreja) nós a devemos a padre Luigi Giussani.
Padre Antonio
Maria Sicari
A verdadeira companhia
Eu sempre ouvia nos encontros que não somos capazes de nada sozinhos, que precisamos ficar perto dos amigos, compartilhar as coisas, pedir ajuda. Eu achava que era suficiente ficar perto e fazer alguns gestos: os eventos, a Escola de Comunidade, a Fraternidade, a oração, as convivências (churrasco, joguinho de baralho), etc. Claro que isso tudo me ajudou, pois nestes momentos ouvi coisas que correspondiam direto ao meu coração, e por isso suportei tantas coisas. Felizmente ao viver um fato mais recente que tem me causado muita dor, me dei conta que não basta ficar perto fisicamente das pessoas, mas é preciso escolher alguém, uma pessoa para compartilhar a vida, confrontar os acontecimentos; alguém que te ajude a viver aquele fato com mais sentido, que te ajude a dar um juízo. O seu problema não desaparece em um passo de mágica, mas você tem a possibilidade de vivê-lo de uma forma que vai te remeter para um crescimento. É o reconhecimento do rosto de Cristo nessas pessoas que me dá forças para não desistir de lutar. É dentro desse tempo difícil que vejo pequenos milagres acontecerem em minha vida, quando reconheço o valor da companhia e quando a oração cada vez mais entra no meu cotidiano.
Regina,
Brasília – DF
Fraternidade
Reverendíssimo padre Julián Carrón,
quero agradecer de coração e pessoalmente ao senhor e a todos os membros da Fraternidade de Comunhão de Libertação pelos sentimentos de gratidão alegre e de ardente e filial afeto expressos pela eleição do Santo Padre Bento XVI. Elevamos graças a Nosso Senhor Jesus Cristo porque, após a morte do grande Papa João Paulo II, não nos deixou por longo tempo órfãos do Seu Vigário, doando-nos um Pastor segundo o seu coração que “nos guia à consciência de Cristo, ao seu amor e à verdadeira alegria”. Neste início do Ministério Petrino pedimos ao Espírito Santo para que dê força e consolação ao nosso Santo Padre no Seu serviço à Igreja universal e à unidade da fé. À Virgem Santíssima, Mãe da Igreja, confio o empenho e o caminho da vossa Fraternidade para que sejam realmente adultos na fé e na fidelidade ao carisma originário de padre Giussani, radicado na amizade com Cristo para que os homens do nosso tempo conheçam que “só nesta amizade abrem-se as portas da vida... manifestam-se realmente as grandes potencialidades da condição humana... experimentamos o que é belo e o que liberta”. (Bento XVI, 24 de abril de 2005)
Abençôo-vos de coração,
Dom Josef Clemens,
secretário do Pontifício Conselho pelos Leigos
Credits /
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© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón