O atentado
O que o senhor experimentou, padre Giussani?
Depois de um inesperado sentimento de vazio, como o de quem se vê diante de algo impossível, foi como se eu enxergasse a inevitabilidade do que havia acontecido. Quem defende o homem – nós o sabemos por Jesus Cristo – é obrigado a passar por todo o risco da vida, até o risco extremo.
Quem armou aquela mão? E por quê?
Qualquer que tenha sido o sistema de alavancas que moveu aquele braço, foi o poder. Foi o poder instrumentalizador e alienante que domina a chamada civilização de hoje, essencialmente atéia. Ele vê no Papa o único verdadeiro adversário, o único inimigo.
E o vê assim porque só afirmando no homem a relação com Deus é que se liberta esse homem das malhas do poder.
O que esse fato pediu ao senhor, padre Giussani, e a seus filhos?
Ficou mais transparente, mais lucidamente racional o quanto o sentido da vida está somente no empenho do testemunho desse verdadeiro valor do homem pelo qual o Papa arrisca a vida.
(L. Giussani – R. Farina, Un caffè in compagnia, pp. 41-43)
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