Jovem padre
Eu não quero viver inutilmente: é a minha obsessão. Além do mais, o que é que se deseja entre dois amigos profundos? A aspiração da amizade é a união, é identificar-se, amalgamar-se, tornar-se a mesma pessoa, a mesma fisionomia do Amigo: ...mas Jesus está na Cruz... a maior alegria da nossa vida é aquela que, diante de cada pequeno ou grande sofrimento, nos faz descobrir: “Aí está, agora você é mais semelhante”, mais “amalgamado com Ele”. Viver a vida pela felicidade dos homens, pela amizade com Jesus. Caro amigo, uma bênção? Pois bem, eu abro os braços e mando-a a você com toda a paixão do coração; só para que ela também sirva para que você obtenha um único estímulo na vida: a amizade de Jesus Cristo – a felicidade dos homens. E o resto... vanitas vanitatum. (fim de agosto de 1945)
Eu, na minha primeira Missa, pedi a Ele uma única coisa para mim: que me mantivesse na Cruz com Ele. Pois a amizade é uma coisa tal que nos deixa irrequietos quando pensamos que somos diferentes do amigo: é preciso que sejamos o máximo possível iguais, idênticos, unidos e amalgamados numa coisa só, aderindo um ao outro da mesma forma como a luz adere aos contornos das coisas; e se Ele está na Cruz, todo o meu orgulho deve consistir em sentir-me como Ele. (3 de janeiro de 1946)
(Lettere di fede e di amicizia ad Angelo Majo, pp. 26, 33)
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