De 22 a 25 de julho foram realizadas as férias nacionais dos colegiais de Comunhão e Libertação. Em Capitólio, nos Lagos de Furnas (MG), se reuniram 130 pessoas de vários estados brasileiros. Os dias de férias tiveram como tema a frase: E vocês, o que dizem que eu sou? Foram dias marcados pela beleza do local e pela simplicidade de meninos de 13 a 17 anos que deram testemunho de seu cotidiano. A seguir, alguns relatos desses dias
Só tenho a agradecer aos amigos que estiveram comigo durante esses quatro dias em Capitólio. Essas não foram as minhas primeiras férias dos colegiais, mas pelo contrário, já fui em outras sete. Porém, dessa vez foi diferente, pois percebi que não estávamos sozinhos lá, que existia um Outro cuidando da nossa amizade. Antes de partir eu não estava nada animada para a viagem, pois muitos dos meus amigos de São Paulo não poderiam ir. Mas quando eu cheguei e encontrei meus amigos do Rio de Janeiro e Belo Horizonte que eu só encontro a cada seis meses, tudo foi diferente, a alegria nos olhos deles por estar ali me contagiou e foi isso que me sustentou durante essas férias. Não queria desgrudar deles, pois sabia que tinha muito o que aprender com essa companhia. O momento que mais me marcou nesses dias foi a assembleia que fizemos depois do pôr do sol. Fiquei muito tocada, principalmente com a simplicidade com que os amigos de Macapá e Belo Horizonte contaram como foi para eles estar ali em Furnas conosco. E fiquei um pouco incomodada, com um desejo de ser simples assim como eles ao olhar para o meu coração. O que quero pedir a Deus agora é que Ele faça com que tudo o que eu vivi em Furnas não termine ali, mesmo que eu não esteja com esses amigos o tempo todo, que a minha cidade não tenha a mesma vista maravilhosa daquele lugar, e mesmo que eu tenha que estudar muito para o vestibular esse semestre.
Isabela Barreto, São Paulo
Antes das férias eu me encontrava desanimada. Ao contrário das outras vezes, não tinha deixado de ir às Escolas de Comunidade, nem de ir às missas, mas me sentia longe de Cristo. Rezava pedindo ânimo para procurá-Lo, pedindo para que eu voltasse a viver com a mesma intensidade esse Encontro que fiz com Ele. Ficava inconformada porque me via totalmente acomodada com essa situação. Para completar, na semana das férias houve uma reunião que mais parecia uma briga entre o nosso grupo de colegiais, o que só contribuiu para aumentar o meu desânimo. Com tudo isso, comecei a me perguntar: “por que devo ir?”. Cheguei à conclusão de que alguma coisa me esperava lá, que eu iria para encontrar respostas. Ao chegar nas férias me surpreendi porque estava tudo diferente das outras viagens, o lugar era pequeno, e a essa altura eu já estava pedindo para ir embora, mas me lembrei que eu tinha que encontrar minhas respostas. No dia seguinte fui surpreendida com perguntas e perguntas. Eu me vi desesperada, mas ao ouvir os testemunhos no último dia percebi que não tinha que me martirizar por não ter encontrado ainda as respostas que eu queria, mas devia olhar para o bem que essas perguntas suscitadas em mim tinham feito. Elas me moveram até ali, me levaram a estar com pessoas maravilhosas, pessoas que me provocam só pelo olhar, me levaram a viver uma beleza imensa, e que outra vez me devolveu o ânimo de estar perto de Cristo e dos meus amigos que são amigos d’Ele.
Fabiana Aguiar, Rio de Janeiro
Estava vivendo uma rotina: da casa para a escola e da escola para casa. Eu sabia que sempre temos muitas perguntas e desejos, porém eu estava seguindo meu instinto, eu estava até parando de rezar... E, assim, na rotina, me convidaram para ir às férias dos colegiais. Eu já havia sido convidada outras vezes, mas dessa vez resolvi aceitar. Até o fim do ano passado eu frequentava o grupo dos ginasiais aqui de São Paulo e experimentei uma amizade bacana entre todos nós lá. Chegando em Minas, fiquei muito feliz com o lugar, mas no início eu não falava com muita gente além do pessoal que foi comigo, e no primeiro dia não fiquei muito animada. Até que na sexta pela manhã comecei a conhecer os colegiais de outros estados, e fiquei mais feliz. Mas ainda sentia falta de algo! Percebi que a maioria estava vivendo uma experiência de ser amado por Cristo através daquelas pessoas ali, e comecei a me dar conta que eu também estava fazendo aquela experiência. Mas ao mesmo tempo pensei: “Mas meu Deus, porque você colocou estas pessoas na minha vida, sendo que nós moramos tão distantes?” E foi aí que me dei conta de que o motivo era para que eu aprendesse a ser fiel aos amigos. Experimentei também uma certeza de que nunca eu estarei sozinha. Obrigada a todos que participaram! Vocês tornaram as férias dos colegiais muito importantes para mim.
Ana Luísa Ventura Soares, São Paulo
Estas foram as minhas primeiras férias. Entrei esse ano no grupo dos colegiais de Jacarepaguá e às vésperas da viagem apareceu a oportunidade de fazer um curso de teatro que era o que eu mais queria no momento. Eu nem ligava para as férias, pois nunca tinha ido e nem sabia como seriam. Estava tudo certo para o curso, mas tudo isso começou a dar errado: faltava dinheiro, tempo, roupa, etc. Então, decidi desistir da ideia do curso e ir às férias. No caminho para Furnas eu só imaginava: “Que fim de mundo! O que eu estou fazendo aqui?”. Chegando ao local pensei que seriam as piores férias da minha vida, mas logo percebi que não seria nada daquilo que eu tinha imaginado. Ainda pela manhã fui questionada com perguntas que tocaram o meu coração, me deixaram angustiada em busca de respostas. Fiquei contente ao perceber que muitas pessoas tinham as mesmas perguntas. Conheci pessoas novas que nunca esquecerei, pois foram muito importantes para mim. A melhor experiência que eu tive nestes dias foi a do companheirismo, ao lavar as louças, ao arrumar a casa, nas brincadeiras durante os dias. Isso fez com que eu começasse a dar mais valor às coisas pequenas da vida, a um simples pôr do sol, a dividir o quarto. Foi muito bom!
Rafaella Borges, Rio de Janeiro
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