Luciano, acompanhado de dois amigos, sai à procura de emprego
“Desde pequeno, sempre ajudava meus pais. Eles tinham um terreno, onde cultivavam uma horta”. É por aí que Luciano começa seu relato, para entendermos que sabe o que é o trabalho. Hoje tem 46 anos. Em 2002, transferiu-se de Bolonha para Milão, com a mulher e os dois filhos. “Aí começaram os problemas. Eu trabalhava na gestão de projetos esportivos, e me confrontei com uma realidade na qual era difícil penetrar”.
Luciano começou a se virar com trabalhos temporários. Em 2009, surge uma oportunidade e começou a fazer a gestão de um projeto. “As coisas caminhavam bem”. Mas a empresa usava as entradas para cobrir outros débitos. E em março o dinheiro acabou. Alguns meses sem salário, depois vai para casa. “Comecei a procurar emprego, falar com amigos, fazer contatos”. Muitas promessas, solidariedade, mas nada de trabalho. “Procuro também um grupo de pessoas que ajuda os desempregados”. Dia 12 de outubro, dois deles, Ugo e um amigo, vão encontrá-lo para um café. E um novo mundo se abre. “Seus olhos eram vivos. Estavam ali gratuitamente, por mim, só para estar comigo”. Uma chama se acende novamente. A mesma que havia sido despertada na universidade, quando encontrara o Movimento de Dom Giussani. Só que nos últimos tempos aquela tensão se apagara. E agora, casualmente, reacendera. “Eu nem os conhecia, mas compreendi que eram pessoas livres”. Bastaram alguns minutos. “E logo captei que queria ser livre como eles”.
O emprego Luciano ainda não encontrou. “Procuro como antes, mas agora sou livre. Até para buscar um trabalho não remunerado. Eles me aconselharam a começar por aí, porque é útil para mim. E com duas pessoas assim acompanhando a gente, é outra coisa”. (P.P.)
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