Esse desconhecido tem
a ver com o meu destino
Durante as férias escolares, vendendo a revista Tracce (edição italiana de Passos) junto com duas amigas, abordamos um pintor veneziano. Ele, de cara, recusou, dizendo-nos que era marxista convicto, grande estudioso de filosofia, ateu, e que não queria saber nada de cristãos como nós, que vivemos em êxtase. Então, Domi, uma das minhas amigas, tentou explicar-lhe que, para nós, Cristo é uma experiência tangível, é um homem de carne e osso e não uma visão, e que estávamos felizes por esse encontro. Ele respondeu que não estava absolutamente de acordo: “Sou um homem cheio de preconceitos e mesmo que vocês me dissessem que encontraram Algo muito grande para mim, eu não acreditaria e, sobretudo, não o reconheceria. Sou um homem triste”. A essa altura, fiquei tão comovida que comecei a chorar, frente à tristeza desse homem. Ele sorria. Então, Ceci lhe perguntou: “Mas você conseguiria se comover como ela?”. Ele respondeu que isso era uma questão de temperamento e que talvez eu estivesse num estado de êxtase, por causa da minha fé. Eu lhe disse que não estava chorando por causa de uma visão, mas por causa dele. Perguntei o seu nome e lhe disse: “Rezo por você sinceramente, Giuliano!”. Ele sorriu e nos deixou, dizendo: “Vocês são jovens, cheias de vida. Espero que cresçam”. Ficamos em silêncio. Feridas e, ao mesmo tempo, gratas. Carrón dizia que a novidade que carregamos não deixa ninguém indiferente. Giuliano nos dizia que não acreditava no diálogo, mas ficou ali conversando conosco por cerca de meia hora. Não sei se, depois, refletiu sobre aquele momento, talvez até já tenha se esquecido de nós, mas o que me comoveu, até às lágrimas, foi a intuição de que aquele homem, triste, talvez tivesse a ver com meu Destino. Eu o senti profundamente como amigo, porque estava claro que só Cristo, que está fazendo florir a minha vida, é a resposta à tristeza daquele velho pintor. Conversando com um amigo sobre o acontecido, ele me disse: “Isso é amor gratuito pelo outro. Garanto que Giuliano fez com que você descobrisse o coração da vida”.
Emanuela, Milão (Itália)
Um ponto de partida
No mês de fevereiro completei 10 anos de matrimônio; por isso, pensamos em tirar férias num lugar bonito, que poderia ser em qualquer lugar; inclusive no Brasil há lugares maravilhosos que poderíamos conhecer. Mas, nossa escolha foi, desde o princípio, ir às férias do Movimento – que neste ano foi em Bariloche, nesse lugar que também é lindo –, sobretudo porque o critério para nossa escolha partiu de um desejo grande de encontrar com pessoas vivas, e reaprender a olhar para Aquele que mais interessa ao nosso coração. Por isso, agradeço a todos que me fizeram entender que as férias não são um ponto de chegada, que a beleza que encontrei aqui não era nosso objetivo, nem os 10 anos de matrimônio, mas abriram meus olhos para entender que é apenas o ponto de partida e abriram meu coração para partir dessas férias repetindo o sim e iniciar 2011, assim como os próximos 10 anos de matrimônio, com a certeza de que o Senhor está presente no nosso caminho.
Kim, São Paulo (SP)
Algo que dure para sempre
Durante as Férias Regionais dos jovens trabalhadores, realizadas em Salvador entre os dias 4 e 6 de fevereiro, crescia, com o passar do tempo, o senso de surpresa entre os presentes e se revelava a vitória de um acontecimento superior a qualquer expectativa. Esse foi o clima dominante do gesto que teve como tema a frase: “De tudo que nos fascina, existe algo que dura realmente?”. O início das brincadeiras marcou o primeiro grande momento de interação entre os recém-chegados. Eram cerca de 75 pessoas e para todos foi impossível ignorar, durante as dinâmicas, o interesse apresentado pelas equipes competidoras; mas, afinal, por que levar as brincadeiras tão a sério? Sem dúvida, a participação nas férias trouxe, mais uma vez, a consciência de que nenhuma circunstância pode ser considerada insignificante à luz da pertença à Cristo, à luz da caminhada pessoal enquanto livres filhos de Deus. Nesse sentido, os depoimentos de Camilo (de Aracaju) e Marcelo (de São Paulo) esclareceram alguns aspectos dessa relação com Cristo: a invocação de Deus não pode ser apenas um recurso nos momentos de desespero, uma vez que o convite cristão é o da vida em plenitude, é a aposta contínua no “rosto bom” que é alicerce de todos os acontecimentos, mesmo daqueles que não coincidem com os nossos planos. O deixar-se conduzir, respondendo aos sinais, sempre com amor à razoabilidade, configura, portanto, o ponto-chave de uma experiência cristã efetiva, a que pode invadir todas as instâncias do cotidiano, de modo durável. Um momento foi reservado à observação das estrelas na praia. De fato, a admiração dos corpos celestes, assim como o fascínio daí decorrente, sempre foram representações da intuição humana ligada à transcendência e ao senso de eternidade. Igualmente curioso foi perceber as referências à mitologia grega – por muitas vezes uma fonte simbólica usada para comunicar as facetas de Deus e o sentido do cosmos – que acabam por dar sentido ao nome de constelações, como por exemplo, a constelação de Órion. Após discussão de texto realizada em pequenos grupos, seguiu-se o instante dos testemunhos gerais. Mesmo sem dominar o vocabulário presente nos escritos de Giussani e Carrón, rostos novos tomaram a palavra para relatar, de modo persuasivo, o encontro com uma “febre de vida”, tornada evidente pelo contato com uma amizade diferenciada, ou ainda para compartilhar a evidência do amor de Deus dentro do contexto de trabalho ou estudo. Todas as palavras se faziam Boa Nova, mesmo para quem já participou inúmeras vezes desse tipo de gesto. Inevitavelmente, cada anúncio vivo reforçou a concretude da fé. Após toda a vivência durante os três dias, a intenção é a de manter próxima a simpatia pelo olhar de Cristo que dá vigor para sermos guiados por Aquele que já nos alcançou.
Davi, Salvador (BA)
O pedal do desejo pisado até o fundo
Caríssimo padre Carrón, hoje chegou às minhas mãos Passos, com o título “À altura do desejo”. Há algum tempo venho sentindo que adquire importância a questão do desejo. Não me lembro em qual dos Exercícios o senhor disse: “A grandeza do homem é a grandeza do seu desejo”. Eu vivo essa intuição: é como se cada coisa, cada situação que tenho diante de mim tivesse ao lado o pedal da aceleração, que é a pergunta o que é que você deseja, o que deseja nessa situação? Fazendo essa pergunta, é como se eu pisasse fundo no acelerador, chegando ao sentido dos vários momentos e detalhes da vida. Não nego que a ausência do meu marido provoque em mim uma dor muito aguda, pior do que se eu batesse a cabeça todos os dias contra a parede, mas a pergunta o que você deseja, o que você deseja com essa ausência? me abre não para uma desilusão ou desespero, mas para a curiosidade de ver no rosto Aquele que eu desejo e que me revela as coisas nas quais eu O procuro. Não sei se me expressei bem, mas foi com meu marido vivo que compreendi que ele próprio não me bastava – não por causa dos seus defeitos, mas em virtude da Grandeza que me indicava e assim me introduzia e sustentava no Único desejo da vida. Foi uma relação com uma variada gama de limites pequenos e grandes, mas uma relação grande na ausência da ilusão de que aqueles limites podiam bastar. Permaneço na companhia desse Desejo e de todos os que O desejam junto comigo.
Carta assinada
Uma experiência de liberdade
Depois da Beleza vivida no Sarau de sábado senti vontade de escrever. “De onde vem esta felicidade que toma conta de mim mesmo em meio a tanta adversidade?” Eu me confronto com esta pergunta frequentemente, pois tenho, por vezes, a tendência a me fixar no negativo das coisas (acho que não vai dar, porque tal pessoa fez isso, porque eu estou fazendo aquilo, porque é um absurdo etc.). Acho que é a tal fragmentação do homem (entre o saber e o crer), então me dou conta de que quase sempre paro na análise das coisas, simplesmente paro e fico, não caminho, não me movo e como isso me incomoda! O ano passado foi especial, pois vivi diversas situações que poderiam me levar ao desespero, como por exemplo: ter descoberto um problema de saúde que, até então, não havia vestígios da sua existência; ficar sem trabalho fixo, sendo que minha família precisa da minha ajuda; minha mãe ficar doente e eu me encontrar na situação de ter que cuidar de quem sempre cuidou de mim; e assim por diante... Essas situações me colocaram diante dos meus limites de uma forma explícita, e, pensando no que fazer, a única coisa que me veio à mente foi gritar, mas não de desespero e sim pedindo ajuda Àquele que me conhece melhor do que eu mesma, que me amou e me ama desde o início. Ajoelhei e pedi e continuo pedindo, e a resposta está vindo através da companhia, da amizade com algumas pessoas que me ajudam a retomar o caminho quando tropeço e da decisão de descobrir se é mesmo possível que uma Roberta velha nasça de novo. Não posso negar o amor de Cristo por mim em toda a minha vida e em cada uma das situações vividas e citadas anteriormente. A certeza de que eu, em primeira pessoa, estava exatamente onde deveria estar – no consultório médico, cuidando da minha mãe, sem trabalho fixo – me deu e me dá uma paz e uma felicidade tão profundas que, ainda que não anulassem a dor e a fadiga, me dão a certeza de ser amada e de saber que não estou sozinha. E isso é impressionante! Pude experimentar uma Liberdade que, mesmo por tantas vezes ameaçada pelos meus limites, me provoca o desejo de querer sempre mais! Desejo o cêntuplo aqui! Agora, experimento que meus limites (que são muitos e gigantes) não me impedem mais, como antes, de caminhar, porque sei que eles me servem de alerta para saber que eu não estou sozinha e que não adianta me debater, que preciso pedir e estar aberta à realidade, pois tudo é sinal, tudo, cada coisa, cada pequeno fragmento de realidade é sinal d’Ele, e é dado a mim. Desde o lindo nascer do sol e a companhia das pessoas que amo, até à guerra contra os cristãos no Oriente Médio. Meu coração se enche de gratidão e de amor por Cristo e pelas pessoas que Ele colocou no meu caminho, e por esta história, por este encontro com Ele feito há 14 anos que mudou a minha vida, mas não ficou no passado, se renova a cada dia!
Roberta, Salvador (BA)
Um fato histórico
Caríssimos amigos, compartilho com vocês a graça do Acontecimento que presenciei no sábado, dia 19 de fevereiro: a criação da nova Diocese de Camaçari e a posse, como Bispo dela, de nosso amigo Dom João Carlos Petrini. A criação de uma nova diocese é um fato histórico importante e especial na Igreja, pois é a possibilidade de dar um molde, de imprimir uma marca indelével, uma experiência precisa de Igreja num certo lugar, de modo permanente, amplo, e cujas repercussões se manifestam ao longo do tempo, ao longo da história, pois como disse o prefeito de Camaçari durante a posse, ao relatar todos os esforços feitos pela população para ter a diocese: “O prefeito passa, mas a Igreja permanece”. O fato de que um nosso amigo do Movimento tenha sido escolhido para esta responsabilidade é um reconhecimento único por parte da Igreja: reconhecimento da importância e da fecundidade do carisma que o Espírito Santo deu a Giussani e aos seus filhos, para a Igreja e para o mundo. Estávamos lá alguns amigos do Brasil e da Itália que viajamos até a Bahia para poder presenciar o momento inicial deste caminho e de representar com nossa pessoa a presença do Movimento de Comunhão e Libertação, de expressar na nossa gratidão, a alegria que certamente vibra em Giussani (e em todos os amigos que desta história participaram e foram colaboradores, como padre Ricci, padre Virgilio, etc) no Céu. Foi realmente uma Celebração. Minha lembrança no sábado correu numa longínqua noite invernal de 1977, quando eu e uma amiga percorremos de trem com o entusiasmo e o ímpeto juvenil dos nossos 18-20 anos, 600 km entre Padova e Roma para chegar ao aeroporto e saudar João Carlos que estava voltando ao Brasil em companhia de padre Ricci. Na verdade o que nos movia era a curiosidade e o desejo de ver como seria a experiência, o rosto de um homem que através daquele gesto estava dando sua vida a Cristo, totalmente. Neste sábado, após quase 40 anos, revi o rosto daquele mesmo João Carlos que entrava na Catedral em procissão para ser consagrado como Bispo do povo de Camaçari, diocese dedicada a São Tomás de Cantuária. Ao ver entrar João Carlos com o rosto radiante, lembrei da luz semelhante a que se vê no rosto de uma esposa que vai ao altar. No rosto de João Carlos vi a felicidade: uma felicidade densa e cheia de realidade como pode ser a impressa no rosto de um homem maduro. Uma felicidade que não é mais apenas promessa, mas que atesta com toda a vida vivida (com suas dores e alegrias) a sua possibilidade real. E imediatamente dentro de mim veio a certeza: Sim, Deus é fiel à Sua Aliança!
Marina, Ribeirão Preto (SP)
O retorno de Florence
Caro Julián, gostaria de documentar com um fato aquilo que você escreveu no artigo de Natal, em especial na frase “... pessoas que despertam em você interesse e uma atração tais que o obrigam a refletir sobre o que aconteceu”. Quarta-feira, Florence veio à Escola de Comunidade. Seu rosto não me era desconhecido, mas não me recordava nada de especial. O guia da Escola de Comunidade, visto que ela era “nova”, pediu que se apresentasse. Florence disse: “Encontrei o Movimento há dez anos, na capelania da Sorbonne. Durante pouco tempo, fui à Escola de Comunidade de alguns jovens italianos, que participavam do programa de intercâmbio. Quando eles partiram, no final do ano, eu também parti. Aí, deixei de frequentar o Movimento. Neste verão, fui convidada para o casamento de Violaine e Michel. Foi quando revi alguns amigos do Movimento. Estando com eles, me veio a pergunta: ‘Mas, durante a minha vida, quando foi que eu fiquei feliz de viver a fé?’. Imediatamente pensei no período da Escola de Comunidade, naqueles jovens. E é por essa razão que retornei. Estou aqui para viver uma experiência de fé e ser feliz”. Eu me perguntei: mas como é possível que uma pessoa, depois de dez anos, decida retornar? O que ela encontrou ou viu de tão forte? Lembrei-me do seu rosto e, em especial, do grupo de universitários que havia encontrado. Quero deixar essas perguntas em aberto. Porque agora é a realidade o que mais me interessa da experiência do Movimento, em meio a muitas outras perguntas. A sua frase é o único comentário adequado, porque descreve esse Fato acontecido.
Silvio, Paris (França)
Maravilhado, do outro lado do oceano
Caro padre Julián, estudo Arqui-tetura em Turim e em janeiro viajei para os Estados Unidos para preparar a minha tese, na universidade de Troy, cerca de três horas de Nova York. Logo que cheguei, conversei com Pietro e Marta, dois amigos que trabalham em Nova York, perguntando se, na semana seguinte, não poderíamos nos encontrar. Eles me explicaram que justamente nesses dias se desenrolaria o “New York Encounter”. Pela internet descobri que, no domingo, haveria um encontro sobre O senso religioso, e assim parti. Logo que entrei no teatro, no centro de Manhattan, fiquei de boca aberta: eu havia atravessado o oceano para encontrar o que eu havia “deixado para trás”, na Itália. Logo me senti em casa. Eu havia partido com um pouco de incerteza, sem saber se a experiência e as amizades começadas em Turim teriam continuidade; no entanto, depois de alguns dias recebi uma resposta enorme. Aqui, encontro tudo o que eu havia “deixado para trás”, e acho que isso só é possível numa companhia como a nossa, na qual Cristo está presente. Enquanto estava no encontro, eu lembrava dos muitos amigos e não via a hora de contar para eles o que havia visto, e como estar em Turim ou Nova York era a mesma coisa. No domingo, eu me perguntei várias vezes por que havia decidido ir a este encontro, tendo que acordar às 5h30 depois de ter enfrentado uma longa viagem. No início, eu me dizia: porque gostaria de encontrar os amigos, o que era verdade, mas no fundo não era tudo. Quando, porém, ouvi você falar do desejo, percebi que o que estava me movendo era o desejo de felicidade e beleza, que está presente em todas as pessoas. E a companhia que procurei também aqui representa uma resposta a esse desejo. É o mesmo desejo que me leva a enfrentar cada dia e que me fez viajar milhares de quilômetros. Agora, eu não sei o que me acontecerá nos próximos meses, nem sei quantas vezes conseguirei me encontrar com Pietro e Marta ou outros do Movimento, mas tenho certeza de que tudo o que busco já tenho aqui, e o que me cabe é reconhecer a Presença de Cristo em tudo o que me acontece diariamente. É isso o que desejo.
Stefano, Troy (EUA)
O dom da vida de Leticia
Escolher um nome para um filho é sempre uma tarefa difícil para os pais. No nosso caso, acredito que o significado da palavra Leticia resume bem o que vivemos. Durante um ano e meio pedimos muito um filho. E Deus nos concedeu o dom da vida de Leticia. Ficamos muito felizes, agradecidos, e algumas vezes chegamos a acreditar que esse era o máximo da felicidade, desde o dia do nosso casamento. Mas Deus se fez presença em nossas vidas, como o Mistério que entra na humanidade, através de uma circunstância completamente inesperada. Era o próprio Acontecimento em nossas vidas. Com quatro meses, minha bolsa se rompeu e perdi completamente o líquido amniótico. Não sabíamos o que iria nos acontecer. Fiquei de repouso absoluto. Os médicos não me deram muito esperança. Mas como lembrou meu marido, a esperança que eu quero, que eu desejo realmente, é a Esperança de Cristo Ressuscitado. Eu e Marcus começamos a rezar a Santa Gianna, eu rezava o terço diariamente e com cinco meses, no dia 10 de janeiro de 2011, nasceu a pequena Leticia, que foi logo batizada no hospital. Com apenas 340 gramas, somente um milagre poderia salvá-la. Mas Deus quis levá-la. Ela era realmente um dom de Deus. Assim como Deus nos deu esta criança, ela foi levada para junto d’Ele. Foram dias de muita dor, mas principalmente, da certeza da Presença de Deus, que faz todas as coisas. Por isso, Leticia: a alegria de que Ele nos concede todas as graças e a certeza de que tudo o que acontece nas nossas vidas é para a Glória de Cristo. E graças ao grande dom que me foi dado da fé e da educação no Movimento foi possível viver com alegria cada circunstância. E, principalmente, com meu grupinho de Fraternidade, que foi o lugar onde o Acontecimento se fez presente na minha vida.
Elizabeth, Rio de Janeiro (RJ)
Credits /
© Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón