Os Exercícios deste ano chamaram muito a atenção pela postura diante da qual todos estavam, uma postura de simplicidade e de aceitar o que Deus mostrava ali! A postura de buscar uma resposta que é cada vez mais urgente para as próprias exigências!
Foi impressionante ver que, mesmo com o mundo nos colocando contra o nosso coração, aqueles universitários estavam cada vez mais dispostos a lutar contra essa mentalidade!
Isso ficou claro inicialmente com o padre Ignazio que foi convidado a guiar esses dias e, mesmo tendo preparado o que iria falar, mudou tudo o que pensava dizer pois entendeu que precisava responder ao que ouviu de uma das comunidades durante o primeiro jantar! No dia seguinte, mais uma vez isso ficou evidente onde, após a assembleia foi proposto fazer silêncio e todos de fato se lançaram nessa experiência para ter como seu o que foi dito antes! Tanto é verdade que a assembleia foi o ápice, onde todos colocaram desde testemunhos simples até experiências intensas, tudo com o desejo de tirar um juízo do que estavam vivendo, de irem até o fundo para entender o que está acontecendo em suas vidas.
Na assembleia, mais uma vez todos foram surpreendidos, quando diante de uma objeção de um menino de Belo Horizonte, foi iniciado um intenso confronto e juízo sobre como deixar de viver um dualismo em nossas vidas, um dualismo que muitos dos presentes reconheceram no modo como viviam a faculdade, trabalho, casa e relacionamentos. Este reconhecimento foi o primeiro fato para uma mudança, um fim desta divisão, o início de uma única vida.
No dia seguinte, Alexandre termina o gesto fazendo a proposta de que todos anunciem, mostrem no seu ambiente aquilo que encontraram. Mas não para aumentar o número de pessoas no Movimento, pois ele dizia que “disso Cristo cuida”, mas sim para afirmar algo que se ama. Porque quando afirmamos publicamente algo que amamos, começamos a amar cada vez mais essa coisa, e que é dessa forma que é possível viver fora desse dualismo, quando afirmamos aquilo que amamos e que dá um sentido pra nossa vida.
Foi dessa forma que todos saíram de lá, carregando esse desejo. O desejo de viver A vida, e não somente fragmentos dela. Carregando no canto dos olhos essa provocação de como viver a vida com mais sentido dentro desse mundo que faz de tudo para esmagar os nossos desejos.
(Marcelo, São Paulo-SP)
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