Quando, em um dia normal do penúltimo ano do Ensino Médio, em uma escola de Rapallo (na Itália), aceitou o convite do professor de religião para participar de um encontro com estudantes, Marco Vignolo nunca teria pensado que aquele “sim” o levaria até aqui: em Roma, na Basílica de Santa Maria Maggiore, no dia 24 de junho será ordenado sacerdote da Fraternidade São Carlos Borromeo, pelas mãos do Cardeal Angelo Scola, junto a Mattia Zuliani. Durante esta mesma cerimônia, serão ordenados também cinco diáconos.
Marco Vignolo
Naquele dia do passado, quando Marco tinha quatorze anos, foi “o primeiro contato com uma companhia de amigos que, junto com padre Mimmo, me envolveu e me ajudou a trazer à tona as perguntas mais importantes que eu tinha no coração”, nos conta hoje. Depois de alguns meses, aconteceu o Tríduo Pascoal dos colegiais. “O único que basta é Cristo”, ouviu por diversas vezes naqueles dias. “Ali eu entendi que aquela beleza que tinha me tomado através dos meus novos amigos deveria ser Ele, Jesus”.
Foi durante os anos da Universidade, e em particular graças ao compromisso como representante dos estudantes, que “o Senhor me conquistou totalmente”. Marco falou com padre Mimmi: o pressentimento de ter sido chamado para o sacerdócio não era uma mentira. “Eu continuava a sorrir para as pessoas na rua, e elas me olhavam como se eu fosse louco”, lembra ele. Durante o último ano da Faculdade de Direito, entrou no Seminário da Arquidiocese de Chiavari, e ali entendeu que queria viver em uma comunidade de sacerdotes missionários: chegou à São Carlos em setembro de 2013.
“Estou ciente de que o sacerdócio não é um presente para se preservar egoistamente só para mim, mas para gastar com as pessoas que eu encontrarei”, diz Marco, que como primeiro destino irá a Reggio Emilia, na Itália, a serviço do Bispo, Dom Massimo Camisasca, na casa da Fraternidade São Carlos.
Mattia Zuliani, ao contrário, depois da ordenação, irá viver no Quênia, em Nairóbi, na paróquia de Saint Joseph, no subúrbio de Kahawa Sukari. A sua é uma história diferente: originário de Como, no norte da Itália, Mattia cresceu em uma família do Movimento. Com 11 anos, durante um retiro de Quaresma, o sacerdote pergunta: “O que vocês gostariam de oferecer a Jesus?”, e a Mattia lhe vem a resposta: “Se me quiser, eu estou disponível”. Nos últimos anos do ensino fundamental, conheceu dois sacerdotes: “Eram felizes e transmitiam amor às nossas vidas de adolescentes”, conta. Mas na mudança do Ensino Médio para a Universidade, a fé de Mattia entra em crise: se distancia da Igreja e daquela resposta dada sem tanta consciência alguns anos antes. Depois, em um inverno, decidiu retomar um pouco a direção e se inscreveu nos Exercícios Espirituais dos universitários de CL: “Não encontrei respostas místicas, mas o convite a prosseguir um caminho, dessa vez com novos amigos”. Para a graduação em Psicologia, vai a Uganda por um período de estágio. Na amizade com a comunidade africana de CL e com os Memores Domini redescobre e consolida a intuição da vida sacerdotal. “Numa noite eu percebi: ‘Tu me amou sempre, também quando eu desviei o olhar. E agora me segue até aqui em Uganda. O que mais eu posso fazer, se não me doar a Ti?”.
Mattia Zuliani
Em Santa Maria Maggiore, no dia 24 de junho, junto a Marco e Mattia, serão ordenados outros cincos diáconos: o paraguaio Antonio Acevedo, destinado à casa de Taipé; Michele Baggi e Patrick Valena, que irão em missão à Budapeste; Emanuele Fadini, que chegará à casa de Broomfield, um subúrbio de Denver (EUA), e Luca Montini, que irá viver em Nairóbi.
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