Eminências, queridos Patriarcas e irmãos no Episcopado!
No dia seguinte ao encerramento da terceira Assembleia geral extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a família, quis dedicar este Consistório a algumas causas de canonização, e também a outra questão que me preocupa muito, ou seja, o Oriente Médio e, em particular, a situação dos cristãos na região. Estou-vos grato pela vossa presença.
É-nos comum o desejo de paz e de estabilidade no Oriente Médio e a vontade de favorecer a resolução dos conflitos através do diálogo, da reconciliação e do compromisso político. Ao mesmo tempo, desejaríamos dar a maior ajuda possível às comunidades cristãs para apoiar a sua permanência na região.
Como tive a oportunidade de afirmar várias vezes, não podemos resignar a pensar num Oriente Médio sem cristãos, que desde há dois mil anos ali professam o nome de Jesus. Os últimos acontecimentos, sobretudo no Iraque e na Síria, são muito preocupantes. Assistimos a um fenômeno terrorista de dimensões inimagináveis. Muitos irmãos nossos são perseguidos e tiveram que deixar as suas casas até de modo brutal. Parece que se perdeu a consciência do valor da vida humana, parece que a pessoa não conta e que pode ser sacrificada a outros interesses. E tudo isto, infelizmente, na indiferença de muitos.
Esta situação injusta exige, além da nossa oração constante, uma resposta adequada também da parte da Comunidade internacional. Estou certo de que, com a ajuda do Senhor, o encontro de hoje suscitará reflexões e sugestões válidas para poder ajudar os nossos irmãos que sofrem e para ir ao encontro do drama da redução da presença cristã na terra onde o cristianismo nasceu e a partir da qual se difundiu.
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