Uma missa ecumênica pelo sétimo dia em memória dos alunos mortos na Escola Municipal Tasso da Silveira teve início por volta das 9h numa rua próxima ao colégio, em Realengo, zona oeste da capital fluminense. A homenagem foi conduzida pelo arcebispo do Rio, don Orani Tempesta, e contou ainda com as presenças de representantes das comunidades islâmica, judaica, evangélica e do candomblé. O governador Ségio Cabral e o prefeito Eduardo Paes também participaram.
A decisão de transferir a missa - anteriormente programada para o pátio da escola - para um local público levou em consideração o grande número de pessoas que demonstraram vontade de participar "deste momento de solidariedade e fé", informou a arquidiocese. O palco utilizado para a realização da missa começou a ser montado ainda na tarde de terça-feira, um dia muito movimentado no colégio.
Às 10h45, chegou o sargento Márcio Alves, que imobilizou o atirador no dia do ataque, impedindo que ele continuasse o massacre. Ele foi recebido com aplausos, flores e homenagens. Muitas famílias de alunos foram até ele, agradecer o ato de bravura - pelo qual foi condecorado ontem pelo comando-geral da Polícia Militar. Entre elas, a de Milena dos Santos Nascimento, 14 anos, morta na tragédia.
Helena, 12 anos, e Tainá dos Santos Nascimento, 15 anos, que perderam a irmã, abraçaram o sargento e choraram, agradecendo por estarem vivas. Elas estavam na escola no dia do ataque, mas em outra sala de aulas. O pai, Valdir dos Santos Nascimento, disse que a dor é grande: "Mas tenho que me agarrar às minhas duas meninas que ficaram." Ele contou que as filhas estão indo para Ilhéus, a 210 km de Salvador, passar umas semanas com a tia. A família é baiana. Eles contaram que têm se apoiado no carinho dos amigos.
"Tenhamos força para superar as dificuldades. Aos pais e alunos, peço que continuem na escola, não a abandonem, é aqui que vão encontrar forças para superar a tragédia. Não percam a esperança na nossa polícia, Civil ou Militar. Estamos aqui para servi-los", pediu Alves. "A minha dor não chega aos pés das que você sentenm, mas também sinto, tenho filhos e me coloca no lugar de vocês."
O arcebispo disse que a comunidade deve "deixar a escola viver e ser símbolo de confiança e esperança". Um helicóptero da polícia fez rasantes sobre a tenda montada para a missa, jogando pétalas de rosa sobre as pessoas. A cerimônia encerraria com um abraço simbólico à escola.
Fonte: Notícias do Portal Terra
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