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Bento XVI: “Fidelidade conjugal é testemunho do amor de Cristo”

por Benedetta Frigerio
09/06/2011 - Tempi.it

Na Audiência Geral do Papa Bento XVI, ele percorreu os principais temas enfrentados na sua viagem à Croácia: “Infelizmente, constata-se o multiplicar-se das separações e dos divórcios, a fidelidade conjugal se tornou, por si mesma, um testemunho significativo do amor de Cristo”

A Europa se funda sobre valores éticos radicados na natureza humana e iluminados pela abertura a Deus. Esta é a mensagem de Bento XVI que, na catequese do último dia 8 de junho, quis percorrer outra vez as etapas de sua viagem apostólica na Croácia, entre os dias 4 e 5 de junho passados.
“Juntos de Cristo – disse o Papa – foi o mote da minha vida”, um mote que “exprime a experiência de nos encontrarmos todos unidos no nome de Cristo, a experiência de ser Igreja”. Neste caso, porém, o mote fazia também uma “referência particular à família”. A intenção de Ratzinger era, de fato, seguir o Magistério de João Paulo II, que visitando três vezes a Croácia deu “grande atenção ao papel da família na Igreja”. Além do mais, o Papa quis esclarecer que “na Europa de hoje, as nações de sólida tradição cristã têm uma responsabilidade especial na defesa e na promoção do valor da família, fundada sobre o matrimônio, que permanece sendo decisiva seja no campo educativo, seja no campo social”.
O Papa também afirmou que, num mundo no qual “infelizmente se constata o multiplicar-se das separações e dos divórcios, a fidelidade conjugal se tornou, por si mesma, um testemunho significativo do amor de Cristo, que permite viver o matrimônio segundo aquilo que é, ou seja, a união de um homem e de uma mulher que, com a graça de Cristo, se amam e se ajudam por toda a vida, na alegria e na dor, na saúde e na doença”. Este testemunho é importantíssimo também para a educação das gerações da Europa. De fato, prosseguiu Bento XVI, “dela os filhos aprendem, sem palavras, que Deus é amor fiel, paciente, respeitoso, generoso”, num tipo de fidelidade impossível “sem a graça de Deus”. Tudo isso foi confirmado na Santa Missa do domingo. Enquanto que, no sábado à noite, durante a vigília com os jovens, o Santo Padre se dirigiu a eles para “repetir a pergunta que Jesus fez aos discípulos: ‘O que buscais?’, mas lhes disse que Deus os busca primeiro e muito mais do que eles mesmo O buscam”. “É esta – insistiu o Papa – a alegria da fé: descobrir que Deus nos ama por primeiro!”.
Muito significativo, recordou finalmente o Papa, “foi o encontro com expoentes da sociedade civil, do mundo político, acadêmico, cultural e empresarial, com o corpo diplomático e com os líderes religiosos”. Neste contexto, o Pontífice recordou a todos “a grande tradição cultural croata, inseparável da sua história de fé e de presença viva da Igreja”. E nesse ponto que “ainda uma vez ficou evidente a todos nós a mais profunda vocação da Europa, que é custodiar e renovar um humanismo que tem raízes cristãs e que se pode definir como católico, ou seja, universal e integrante. Um humanismo que coloca no centro a consciência do homem, a sua abertura transcendente e, ao mesmo tempo, a sua realidade histórica, capaz de inspirar projetos políticos diversificados, mas convergentes para a construção de uma democracia substancial”. Uma democracia que, como prosseguiu Bento XVI, sob este ponto de vista será “fundada sobre valores éticos radicados na mesma natureza humana”.

* Extraído de Tempi.it, do dia 8 de junho de 2011.

 
 

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© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

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