NOVA YORK - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou nesta quarta-feira, 3, a violência do governo da Síria contra opositores e a violação de direitos humanos na repressão. O órgão chegou a um acordo para aprovar uma declaração presidencial, que tem o peso menor do que uma resolução, mas também precisa ser consensual.
O órgão havia iniciado as reuniões sobre a situação na Síria na segunda-feira, a pedido da Alemanha. antes estudava-se a imposição de uma resolução, mas a medida enfrentaria resistência de membros como Rússia, China e Líbano, aliados de Damasco. Outros países, como o Brasil também não estavam de acordo com a ação.
As discussões sobre uma ação da ONU em relação ao regime do presidente Bashar Assad se devem pela escalada da violência que teve início no domingo na cidade de Hama, no oeste sírio. A cidade está ocupada pelas Forças Armadas sírias há dias e ativistas afirmam que mais de cem pessoas morreram desde então.
Os membros do conselho expressaram sua condenação "ante as violações generalizadas dos direitos humanos e o uso da força contra os civis por parte das autoridades sírias" no texto, lido pelo embaixador indiano Hardeep Singh Puri, atual presidente do órgão. O decreto ainda pede que "a violência cesse imediatamente" e exorta "todas as partes a atuar com máxima moderação" e a "evitar represálias, inclusive contra o Estado sírio".
O único país que discordou do decreto foi o Líbano, onde a Síria exerce bastante influência. O enviado libanês explicou na ONU que Beirute se desvinculou da decisão "porque não quer abordar a atual situação da Síria". "O coração do povo libanês está com os sírios", disse o embaixador Nawaf Salam, que disse também "lamentar a morte de inocentes".
(Gustavo Chacra)
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