O cardeal dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo, completou ontem 90 anos com uma missa celebrada em sua casa, em Taboão da Serra (Grande São Paulo). Amigos íntimos e familiares estiveram presentes.
No dia 1º de outubro, a data será celebrada em público, com uma homenagem ao cardeal Arns na igreja de São Francisco de Assis.
O evento seria neste final de semana, mas foi remarcado para que o prefeito Gilberto Kassab pudesse estar presente na comemoração.
Aproveitando a proximidade de 4 de outubro, dia de São Francisco de Assis, patrono da ecologia, d. Paulo Evaristo Arns plantará uma árvore no largo São Francisco.
Ontem, o atual arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Scherer, foi quem celebrou a missa. Também esteve presente o cardeal d. Cláudio Hummes, que foi o sucessor de d. Evaristo Arns na arquidiocese.
No início deste ano, o arcebispo emérito esteve 14 dias internado para tratar uma infecção na vesícula biliar.
Pessoas que estiveram ontem em sua residência disseram que ele estava animado e com boa disposição.
"Tive três famílias na minha vida: a primeira foi aquela na qual nasci, a segunda foi a ordem franciscana e a outra é a arquidiocese", afirmou d. Evaristo Arns, ao agradecer a presença dos amigos em sua casa.
Depois da missa, eles comeram um bolo de aniversário, que estava decorado com um grande número 90, em referência à sua idade.
D. Paulo Evaristo Arns nasceu em Forquilhinha, no interior de Santa Catarina, e foi nomeado arcebispo de São Paulo em 1970. O religioso dirigiu a arquidiocese paulistana por quase três décadas, entre novembro de 1970 e maio de 1998.
Foi proclamado cardeal em 1973 pelo papa Paulo 6º.
Ele ficou conhecido por sua luta a favor dos direitos humanos durante a ditadura militar. Na época, criou a Comissão de Justiça e Paz, que denunciava casos de tortura e assassinatos cometidos pelo regime militar, dando apoio às vítimas.
(AGUIRRE TALENTO, 15.set.2011, Foco, p. A12)
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