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OS FATOS

“Por que vale a pena viver?”

15/07/2016 - “Diante dos nossos olhos, encontra-se uma evidência: a vida de cada um está presa por um fio”. Olhando para a carnificina na Promenade des Anglais, vêm à mente as palavras de Julián Carrón, no dia seguinte aos ataques de Paris, em novembro 2015
Nice, a Promenade des Anglais após o ataque.
Nice, a Promenade des Anglais após o ataque.

Mais de oitenta mortes e dezenas de feridos em Nice, na França. Outro ato de terrorismo, depois de Paris, Bruxelas, Dhaka... Aqui, o comentário de padre Julián Carrón após Paris ter sido atacada em novembro passado. Palavras dramaticamente atuais hoje.

“Diante dos nossos olhos, encontra-se uma evidência: a vida de cada um está presa por um fio, podendo ser morto a qualquer momento e em qualquer lugar, no restaurante, no estádio ou durante um concerto. A possibilidade de uma morte violenta e feroz tornou-se uma realidade também nas nossas cidades. Por isso, os acontecimentos de Paris colocam-nos diante da pergunta decisiva: por que vale a pena viver? É uma provocação que nenhum de nós pode evitar. Procurar uma resposta adequada à pergunta sobre o significado da nossa vida é o único antídoto para o medo que nos assalta ao olharmos para a televisão nestas horas, é o fundamento que nenhum terror pode destruir”.

“Peçamos ao Senhor para conseguirmos enfrentar este terrível desafio com os mesmos sentimentos de Cristo, que não se deixou vencer pelo medo: ‘Sendo injuriado, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se Àquele que julga justamente’; (1 Pedro 2,23). Com esta Presença no olhar, poderemos encarar até a morte, a começar pela morte daqueles que perderam a vida em Paris, oferecer aos nossos filhos uma hipótese de significado para encararem estes massacres e, a cada um de nós, uma razão para voltar ao trabalho na segunda-feira de manhã, continuando a construir um mundo à altura da nossa humanidade, com a certeza da esperança que existe em nós”.

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© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

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