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OS PAPAS NA HISTÓRIA

Estevão IX, o último alemão antes de Ratzinger

por Eugenio Russomanno
26/06/2012 - Dando continuidade à série sobre alguns dos mais significativos Papas da história destaca um homem que continuou a obra de reforma da Igreja. Embora breve, seu pontificado lutou contra as heresias da época

Frederico de Lorena, abade de Monte Cassino, foi eleito para a sede pontifícia dia 2 de agosto de 1057, com o nome de Estêvão IX. O currículo de Estêvão indicava que continuaria a obra de reforma da Igreja: fora cônego e arcediago na cidade de Liège (Bélgica), sob a autoridade de bispos reformadores; o Papa reformador Leão IX levou-o consigo para Roma: fez dele um estreito colaborador e o nomeou chanceler e bibliotecário da Igreja romana; Frederico acompanhou o papa Leão na campanha militar contra os normandos presentes na Itália meridional e foi um dos embaixadores do Papa em Constantinopla, em 1054, na época do cisma entre a Igreja do Ocidente e a Igreja do Oriente.

Em 1055 tornou-se monge em Monte Cassino e em seguida o papa Vítor II o elevou a abade do célebre mosteiro (23 de maio de 1057).

Como o historiador John Kelly observa no Grande Dicionário dos Papas, durante o seu breve pontificado Estêvão trabalhou para favorecer a reforma. Por exemplo, como abade de Monte Cassino promoveu a observância correta da Regra de São Bento; deu espaço para são Pedro Damião, ótimo apoiador da reforma da Igreja, nomeando-o cardeal; cercou-se de pessoas que compartilhavam a ideia da reforma: Humberto de Silva Cândida, Hildebrando de Sovana, seu último conselheiro; interessou-se pela “pataria” de Milão, um movimento religioso e político que surgiu na cidade na segunda metade do século XI, contra a simonia (a indicação de pessoas para honras e cargos eclesiásticos em troca do pagamento em dinheiro ou terras) e contra o nicolaísmo (que defendia o casamento dos sacerdotes).
Morreu em Florença a 29 de março de 1058 e foi sepultado na igreja de Santa Reparata. Como já estava muito doente antes de deixar Roma, fez com que o clero e o povo prometessem que, na eventualidade da sua morte, não seria nomeado um sucessor até que Hildebrando retornasse de viagem: o cardeal Hildebrando havia sido enviado à Alemanha para tentar convencer Henrique IV a fazer cessar o negócio com as dignidades e os cargos eclesiásticos.

Foi o último Papa alemão até a eleição de Bento XVI.

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